TEMA LIVRE : João Vieira

Professor Edson Miranda
25/09/2013

A demografia tem uma estimativa sobre a quantidade de gente que já teria passado pela Terra: 130 (cento e trinta) bilhões – pouco mais, pouco menos – incluindo-se, entre os já extintos, todos os nossos ascendentes que também se foram. Claro que entre esses bilhões figura, agora, nosso pranteado Edson de Souza Miranda. Cardíaco, não resistira ele a uma cirurgia do coração – é o que chegou de informe s/ seus últimos momentos.

Transeunte ilustre ou nobre passageiro do Orbe Terráqueo, de vida despojada, às vezes mui descontraída – sobremodo relativamente às guarnições ou complementos do lazer Alcool e Fumo, isto em sua fase mais vigorosa do viver ou de plenitude existencial, ficou o sentimento de que foi um lapso, uma falha da segurança fármaco-medicinal este seu colapso ou “falência múltipla dos órgãos vitais” quando ainda no transcurso dos míseros 75 anos! Exato quando é quase moda atingir a cota centenária de vida participativa, pra não dizer ainda em marcada utilidade...

Foi cedo! Cedo demais para o vigor psíquico de sua festejada presença entre nós. Mas, particularmente para mim que ainda tinha para mostrar-lhe meu “Por uma Sociologia da Selva” de redação (em primeiro achego) agora concluída. E sei de antemão que pelo seu proverbial entusiasmo por realizações – toda e qualquer que seja ela – e também alegria-contagiante-de-vida, só receberia aplausos, incentivo (elogioso) e apoio moral...

É, pois, uma perda irreparável pra mim e todos – sem exceção!

Em tempo: nosso Edson do fraterníssimo convívio confessara, certa feita, haver “visto a pedra”... É que o nobelérrimo diamante, de seu ambiente matricial garimpeirista, em verdade, aprisiona a luz! Basta reparar que o diamante brilha mesmo apenas com a luz das estrelas...

De resto, é como a natureza essencial do próprio professor Edson S. Miranda, isto é: absoluto! Único. Carbono (puro) sem ser propriamente carbonário, mas um vocacionado invariavelmente à cooperação, ao congraçamento. Autêntico e generoso solidarista!

Deus o tenha na glória, em conta e na SUA paz!

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*João Vieira, é professor do Departamento de Sociologia da Universidade Federal de Mato Grosso/UFMT (inativo) e dirigiu o Museu Rondon. E-mail: joaovieira01@yahoo.com.br

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