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Curto&Grosso O que ainda será manchete

TEMA LIVRE : Gabriel Novis Neves

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Conquista médica!
03/12/2013

O governo de doze anos, ora findante, garante que, finalmente, será reiniciada a realização da cirurgia de transplante de rim em Cuiabá!

Segundo o governo, depois das obras da Copa, será o maior acontecimento desta década. Vamos fazer o que fazíamos há vinte anos no antigo Hospital Geral de Cuiabá.

Naquela ocasião, as condições tecnológicas eram bem diferentes das disponíveis atualmente, mas a dedicação e compromisso com o próximo eram maiores que as obras faraônicas, tão necessárias à sustentação do poder político dominante.

Posteriormente, o Hospital Santa Helena, com uma boa retaguarda de um sistema de diálise renal, modelo na época, também realizou transplante renal.

Depois, o moderno Hospital Santa Rosa, com tecnologia de ponta, centro cirúrgico adequado, Unidade de Tratamento Intensivo (UTI), equipe multidisciplinar qualificada e bastante motivada, passou a ser referência em transplante de rim no Estado de Mato Grosso e região. Seu médico-chefe foi autorizado pelo Ministério da Saúde a realizar esse tipo de cirurgia.

A Vigilância Sanitária, órgão do Ministério da Saúde, aprovou a unidade hospitalar.

Tudo foi muito bem até meados de 2003, quando, humilhado pela polícia do Estado, o cirurgião-chefe do setor pediu a sua exclusão dos cirurgiões brasileiros habilitados a realizar essa cirurgia.

Hoje, como médico do Estado, atende na perícia médica.

Nos últimos cinco ou seis anos nenhuma cirurgia desse porte foi aqui realizada, e os pacientes necessitados de tratamento cirúrgico foram obrigados a fugir de Cuiabá.

Os que voltaram após a cirurgia sofreram com a falta quase permanente do remédio de uso contínuo para evitar a rejeição do rim transplantado.

Nada foi feito neste período do desmonte desse serviço de grande alcance social, a não ser, esconder o crime cometido contra a população pobre.

Agora, o surpreendente anúncio de que em junho do próximo ano Cuiabá voltará a realizar os transplantes, e só. Os orçamentos federais e estaduais para o próximo ano já estão comprometidos.

Nenhuma palavra foi dita pelo governo com relação aos recursos. Tampouco a Unidade Hospitalar escolhida para receber a auditoria rigorosa da Vigilância Sanitária Federal e o seu aval de funcionamento.

As competentes enfermeiras responsáveis pelo projeto apenas disseram que estão estudando, e que o trabalho é de extrema complexidade, envolvendo equipe multidisciplinar e local adequado para a realização do procedimento cirúrgico.

O mais simples será preparar um cirurgião especialista em nefrologia ou importá-lo.

Hoje não temos nem condições de retirar órgãos para transplantes por absoluta falta de prioridade do governo.

Essa notícia é um triste e melancólico fechamento de mais um final de ano inútil para a nossa saúde pública.


...

*Gabriel Novis Neves é médico obstetra, professor-fundador, primeiro reitor da Universidade Federal de Mato Grosso - UFMT, ¨ginecologista¨ estatutário e compulsório do Grupo Fazendas Reunidas Perereca Enterprise, Broadcasting & Corporation e nas -- poucas -- horas vagas, compositor.


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