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TEMA LIVRE : Coluna do Arquimedes
Li... o quê?
07/04/2014
Li... berdade! Este é o tema. Liberdade de imprensa no Brasil. É sobre ele, a minha opinião.
As opiniões devem ser livres como livre deve ser o exercício de todos os direitos do cidadão em qualquer pedaço de chão deste Planeta Azul e livre, que orbita do seu jeito em torno do Astro Rei, sem peias, sem interferências, sem bloqueios, sem obstáculos e sem segundas intenções. Orbita livre e seguro porque orbitar livre e seguro é a sua missão no contexto do Universo. E o faz mediante leis da Mãe Natureza que mantém cada átomo, cada partícula, cada planeta e cada galáxia, girando, pulsando e existindo harmoniosamente, em segurança e em movimentos perfeitos em todo o cosmo.
Falar de liberdade de imprensa - no Brasil ou em qualquer lugar do mundo - só é possível se considerarmos a necessidade imperiosa de que ela se dê também rigorosamente ao amparo das leis que regem a vida humana em sociedade. De um lado as pessoas, de outro as instituições, cada qual cumprindo seus papéis individualmente, responsável e livremente. Não podemos nos dizer livres se não soubermos usar a própria liberdade. A liberdade de ir e vir, a liberdade de pensar, de sentir, de ser, de dizer e de existir sem que qualquer desses atributos interfira na liberdade de outrem.
O Artigo XIX da Declaração Universal dos Direitos do Homem, promulgado pelas Nações Unidas, expressa que "toda pessoa tem direito à liberdade de opinião e expressão; este direito inclui a liberdade de, sem interferência, ter opiniões e de procurar, receber e transmitir informações e ideias por quaisquer meios e independentemente de fronteiras".
É como deveríamos esperar o comportamento da autoridade constituída, dos meios de comunicação e dos comunicadores, dos jornalistas e dos escritores, dos dirigentes e dos editores, em todos os recantos globais.
Porém, chega mais um “dia do jornalista” e não é isso o que rotineiramente temos visto. De um lado há o cerceamento do direito de informar e de outro há o desvio da verdade forçado pelo poder do vil metal que, a serviço de partidos e governantes, por todos os lados esparramam inverdades como se verdades fossem. Sem contar o interesse de próceres midiáticos que usam a profissão como escada para alcançar o poder de um jeito escuso.
Todos sabemos, entretanto, que sem meios de comunicação investidos do dever da verdade com liberdade e independência, nem escolhas eleitorais adequadas, nem avaliações de produtos e situações, nem análise dos feitos da classe política, da tomada de decisões de governos e governantes ou, o conhecimento de problemas sociais, são possíveis. Menos ainda, opinar abalizadamente sobre assuntos de interesse comum.
No entanto, reconheça-se, o papel que o jornalista ou o profissional do jornalismo desempenha – ou deve desempenhar – é de vital importância para a democracia. Não pode haver democracia plena sem liberdade, sem responsabilidade e sem independência dos meios e dos profissionais da comunicação de massa. Ou a verdade chega inteira e plena na formação da opinião pública, ou nem vale a pena chegar. Não existem meias verdades!
Por reconhecê-lo como um mastro de sua sustentação, a democracia não pode prescindir do jornalismo verdade. Na investigação, na pesquisa e na informação.
Aos profissionais sérios do jornalismo brasileiro, independentes e compromissados com a verdade, os meus cumprimentos neste dia.
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Arquimedes Estrázulas Pires é só um cidadão brasileiro.
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