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TEMA LIVRE : Coluna do Arquimedes
Tal e qual
15/08/2014
Leonel Brizola dizia que “somos um país sem líderes”. Por mais que isso nos contrarie, precisamos concordar com ele: Continuamos sendo!
Quando apenas se esboçava uma liderança nova para o amanhã do Brasil, perdemo-la para o trágico. Seria lícito inferir que Eduardo Campos poderia não ser o Presidente da República eleito em 2014, porque a viagem apenas se iniciava.
Mas seria ingênuo afirmar que não o seria em mais quatro ou quem sabe em mais oito anos. Estava desenhado assim e a sua ancestralidade, a sua envergadura política, os seus dotes morais, o seu dinamismo jovem e a esperança que principiava a incutir na juventude atestavam isso.
Pernambuco perde a importante oportunidade de oferecer ao povo do Brasil um jovem Presidente, e todos perdemos a importante oportunidade de contar com ele em futuro próximo. Um aceno de esperança que se esfuma na tragédia, na tristeza e no insólito.
Consequências da perda, do ponto de vista familiar e de amigos, evidentemente desoladoras. Do ponto de vista político, inconsoláveis, desanimadoras e extremamente lamentáveis.
Mas a vida continua e é imperativo não desanimar. A história precisa continuar sendo escrita. Que o seja com tintas que o tempo não desbote e não desdoure.
Venha quem vier em substituição ao finado, a grande disputa presidencial agora continuará sendo travada entre Aécio e Dilma.
O primeiro, representando a necessidade de mudar pela transfusão de ideais de progresso e de prosperidade amplamente igualitários.
Porque o Brasil não pode seguir desatencioso à sua infraestrutura de transporte, à armazenagem de produtos da agricultura, à produção e transmissão de energia elétrica, à geração de emprego e renda, ao desenvolvimento sustentável da economia, da ciência e da tecnologia, à readequação dos equipamentos públicos de tratos à saúde, à educação, à segurança, ao combate sistemático e determinado ao crime organizado, à corrupção e à impunidade. Coisas a que em 12 anos de governo PTista, e um pouco mais, nenhuma atenção efetiva tem sido percebida.
A segunda mantém a expectativa de um futuro sombrio, incerto, funesto e indesejado, considerados os exemplos que têm sido dados ao Brasil e ao mundo.
Brizola dizia que “O PT é como uma galinha que cacareja para a esquerda, mas põe os ovos para a direita”.
A Nação está cansada dessa postura que, por conveniência ou esperteza, diz de um jeito e faz de outro.
Carecemos de sinalizadores capazes de nos mostrar – com exatidão - pra onde estamos indo; e que a ida seja sem medo de mais desacertos. O que, aliás, é fundamental.
Mas o eleitor é soberano, a democracia deve ser observada e a esperança deve continuar sendo a de que não nos desviemos desse caminho. Venha quem vier, na sequência dos fatos.
...
*Arquimedes Estrázulas Pires é só um cidadão brasileiro.
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Comentários dos Leitores
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Comentário de ceneka (ceneka@ig.com.br) Em 15/08/2014, 13h46 |
Estranho, estranhíssimo. |
Técnicos analisam Caixa Preta e constatam a ausência de gravações do dia do acidente que tirou a vida do candidato e membros de sua equipe. |
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