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Curto&Grosso O que ainda será manchete

TEMA LIVRE : Valéria Del Cueto

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Pluct, plact... corta na edição!
19/10/2014

Lá vinha ele, de toín em póin, ainda preso na nossa atmosfera. Com energia para se locomover. Mas não suficientemente forte para cruzar a barreira da gravidade e picar sua mula intergaláctica.

Por um lado foi bom. Tivera a oportunidade de testemunhar fatos incríveis. Históricos, diria ele, mas que dependem do efeito borracha, a nova onda de uma galera terráquea que apaga o passado e muda a história a seu bel poderoso prazer.

Por essas e por outras já havia mandado um aviso para seu sistema de origem informando que aqui na Terra, alô, alô marciano, nas guerras tudo pode ser alterado. Incluindo o passado. Reforçou a recomendação para que qualquer fato a ser inserido no banco de dados do universo fosse checado na origem e não nas interpretações ou citações oficiais.

Alertou veementemente para que evitassem a utilização da Wikipédia, citando como exemplo o verbete PROGRAMA COMUNIDADE SOLIDÁRIA com suas esclarecedoras quatro linhas alteradas no dia 27 de junho de 2014: “Comunidade Solidária é um programa do governo federal brasileiro que foi criado em 1995 pelo então presidente Fernando Henrique Cardoso, que assinou o Decreto n. 1.366, de 12 de janeiro de 1995. Foi encerrado em dezembro de 2002, sendo substituído pelo Programa Fome Zero.

O Programa Comunidade Solidária esteve vinculado diretamente à Casa Civil da Presidência da República, e foi presidido pela então primeira-dama do país, Ruth Cardoso. Fazia parte da Rede de Proteção Social.”

Muito então e pouca informação, ia avaliando o extraterreste pela vida procurando vivências para relatar à cronista ensandecida, ainda exilada do outro lado do túnel em sua cela. Via do alto os efeitos do excelente sistema de mobilidade urbana no horário do rush das maiores cidades brasileiras quando se sentiu sugado num impulso involuntário para o alto, como se um tipo de energia o intimasse a se fazer um zóin, em direção ao desconhecido. E tóin!

Foi parar em São Paulo, no estúdio de uma emissora da TV. A gritaria era tanta que ninguém ouviu sua aterrissagem. Sorte ter tido a prudência de aceitar o empréstimo de Harry Potter. Ele oferecera seu manto da invisibilidade depois de saber de suas peripécias, preocupado com sua segurança nas aparições de Pluct, plact.

Caiu no meio de duas bancadas com outra mais ao fundo e, no lado oposto, uma plateia. Origem da algazarra que reinava no recinto. Ficou ali. Parado, pasmo e imóvel. Ouvia e via de um ângulo único o desenrolar do bate boca. Um toma lá dá cá inacreditável!

Acionou o digitalizador de imagens para registrar o que assistia. Apreciou o ângulo involuntário e inédito dos planos, agradecendo o que havia aprendido com Helinho Lopes, grande cinegrafista de quem “chupara” umas dicas quando passou por sua programação terráquea. Isso, ainda na outra dimensão. Como aprendera, seguiu gravando as entrevistas depois do fim do embate.

E estava lá. Grudado com a repórter quando a candidata empacou no “in... in... corta na edição” Nós estamos ao vivo, presidentA”. ”Ah, estamos ao vivo? Então desculpem. É inquestionável...”

O que se viu daí em diante foram “imprevisibilidades de campanha”, como diria a cronista aluada. Gravadas pelas câmeras da emissora de TV e por ele mesmo depois do “SAMU repórter” ao mal estar da entrevistada quando esta pediu, pela segunda vez, para “cortar na edição” o que estava ao vivo.
Tudo que ele havia documentado foi parar nas redes sociais na versão da emissora. Mas lá não ficou. Nos espaços aparece a mensagem: “Este vídeo não está mais disponível devido à reivindicação dos direitos autorais Sistema Brasileiro de Televisão”

Conclusão interplanetária: manda quem pode, obedece quem tem juízo e... corta na edição.


...

*Valéria del Cueto é jornalista, fotógrafa, gestora de carnaval e porta-estandarte do Saite Bão. Essa crônica faz parte da série “Fábulas fabulosas”, do SEM FIM... delcueto.wordpress.com


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