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De Última! Só lendo para acreditar

TEMA LIVRE : Coluna do Arquimedes

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Sem meias palavras
25/02/2015

Estou impressionado com o rumo que as coisas tomaram na política brasileira, nos hábitos dos meus conterrâneos que ocupam cargos públicos, nos conceitos que se institucionalizam, diuturnamente, sobre o que seja certo ou errado, sobre o que seja um bom ou um mau exemplo, e sobre - especialmente sobre! – o que a esmagadora maioria dos agentes políticos têm feito com a confiança que motivou alguém a lhes disponibilizar funções e responsabilidades.

Porque amiúde muitos deles têm sido venais, irresponsáveis, desatentos com a função exercida, com as obrigações daí decorrentes, com a própria imagem e com os exemplos que esparramam por aí.

Legislam em causa própria, se lhes é dado legislar, executam em causa própria e de seus apaniguados, se lhes é dado chefiar funções executivas e, pior de tudo, enlameiam a história que poderiam fazer linda, digna e admirável, se tivessem zelo por si mesmos e pela res pública.

O noticiário internacional tem se arrojado – com razão, força e sem meias palavras - sobre todas as manchas que mulheres e homens públicos têm causado à reputação da Pátria Brasileira e sua gente; o que nos entristece sobremaneira.

Tudo se passa como se não nos importássemos com a falta de ética, com a corrupção, com a mentira deslavada, com a canalhice, com os desmandos, com o desrespeito, com a incúria e com os maus exemplos.

E isso não é verdade. Quando nada, a metade da gente brasileira têm andado pela vida com as faces rubras de vergonha, indignação e nojo.

Lamento que seja apenas a metade. A outra tem andado de arrasto pelo paternalismo maroto e pela ilusão de que “já mentiram no passado, mas agora dizem que vão cumprir o que prometeram”.

E o tempo passa, as mentiras se sucedem e as promessas são jogadas nos porões do esquecimento porque já não são mais indispensáveis.

Bilhões de reais estão sendo jogados pelas janelas, portas, frestas e bolsos de inúmeros, dentre os que mandam, enquanto a Nação agoniza ante a ausência de governo em suas necessidades mais básicas e mais fundamentais: Saúde, educação, transporte e segurança pública.

Brasileiros bem e mal sucedidos na iniciativa privada têm se utilizado de veredas políticas e, através de parcerias escabrosas que precisam ter um fim, lesam o erário e a Pátria, sujam a história e nos tornam carentes de quase tudo; inclusive de líderes dignos e com voz suficientemente forte e capaz de nos tirar da inércia patriótica e cidadã que insiste em fazer parte de nós.

E o noticiário persiste na má notícia, porque precisa existir e não há nenhuma que possa mudar o tom, recompor a esperança e mostrar que há uma saída logo adiante. Anunciam-se falcatruas e golpes novos todos os dias, investigam-se e indiciam-se, mas algum entrave há que tem impedido a Justiça de comparecer plenamente e de se efetivar como esperança última do povo; o que continua sendo.

O despudor com que muitos políticos – novos e antigos - têm tratado os bons princípios a que a sociedade brasileira já se acostumara durante os vinte e tantos anos de governo militar, preocupa. Senão porque motivam a produção do mau exemplo, porque induzem a juventude a conceitos equivocados sobre como deve ser o comportamento de cada um, na sociedade.

Meninos saídos da quase miséria e que há muito pouco tempo tomavam meio copo de café preto, como único desjejum possível todos os dias, hoje encorpam a lista dos financeiramente bem aquinhoados, que a má política partidária cria e alimenta para satisfazer sua sanha de poder a qualquer preço.

Líderes de renome, que não raro ascenderam ao relevo social e político através da vida pública, envergonham família, amigos, eleitores e povo, ao serem flagrados com a mão na massa e o nome nas manchetes policiais.

Isso tudo decorre do mau exemplo que a impunidade dá, e da ideia esconsa de que tudo é autorizado quando se tem poder.

Equívoco absoluto que precisa ser informado sem hesitação, pra que a juventude e as gerações que se sucedem tenham referências verdadeiras sobre como se conduzir vida afora.

Erro de conduta que precisa ser corrigido antes que todos os políticos degenerem e se arvorem de direitos que não têm sobre o que é de todos os brasileiros.

Rodovias sem condição de tráfego, que assassinam gente todos os dias às centenas; hospitais públicos sem condição de funcionamento e, sequer, de existir; escolas que formam até profissionalmente, mas não informam cidadã e adequadamente; criminalidade exacerbada que ocorre sem peias e sem quaisquer limites impostos pela lei, porque até esta tem sido confundida em seu nascedouro; autoridades que se perdem na vaidade e no ganho descabido e fácil, que se esquecem da obrigação assumida, do juramento sacramentado e dos deveres que assumem para com o cidadão e o Estado; princípios de moralidade e ética que se perdem nos descaminhos do “nada acontece se eu fizer mal feito”, são consequências desastrosas para a juventude, para a Pátria e para história que se escreve em cada tempo.

É inadiável que tudo isso tenha um fim, pra que haja lugar para o bom exemplo e de novo para o progresso e a prosperidade, com respeito ao direito de todos.

Ou nenhum brasileiro aliado ao bem, ao justo, ao necessário e ao indispensável se encorajará a melhorar o Brasil através da política partidária, tão desmerecida, tão desqualificada, tão desequipada e tão sem moral.

Não obstante as suas tão grandes importância e necessidade.


...

*Arquimedes Estrázulas Pires é só um cidadão brasileiro.


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