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Curto&Grosso O que ainda será manchete

TEMA LIVRE : Coluna do Arquimedes

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Feromônios do Poder
23/12/2015

O juiz que julga em razão de interesses divorciados da Justiça, condena a própria alma e borra as marcas que de outro modo poderiam destacá-lo, com honra, na história.

É lamentável a conduta de juízes – sem juízo - que diante da perigosa e difícil encruzilhada em que se encontra o País, decidem de forma esconsa e ao arrepio da Carta Magna brasileira, sobre matéria de tamanha importância social e política, colocando nas mãos de Renan Calheiros, neste momento um dos menos credíveis personagens da história política recente, do Brasil, poderes que em nada combinam com sua conduta tantas vezes denunciada, reprovada e mal vista pelo povo.

A CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL, em seu TÍTULO IV, que trata da Organização dos Poderes, CAPÍTULO II - DO PODER EXECUTIVO, Seção III - Da Responsabilidade do Presidente da República, Artigo 85, reza que “são crimes de responsabilidade os atos do Presidente da República que atentem contra a Constituição Federal e, especialmente, contra:

IV – a segurança interna do País;
V – a probidade na administração;
VI – a lei orçamentária.

Quer me parecer – como leigo, mas também como cidadão - que pelo menos nessas três alíneas a atual Presidente da República está incursa. Se não for porque o País já se vê desgraçadamente desgovernado, então seja porque os fatos pertinentes são incontestes.

Não se pode questionar a insegurança interna do País, considerado o galope do crime organizado, notório nos últimos treze anos; não se pode questionar a improbidade da administração nacional que, entre tantas coisas esdrúxulas que tem promovido, manda ao Congresso Nacional a Lei Orçamentária para o ano de 2016, manchada pela presença de um déficit de mais de 50 bilhões de Reais. Ou isso é improbidade administrativa ou então estamos vivendo, verdadeiramente, um tempo de hipocrisia plena.

O Poder Legislativo tem existido sob a nuvem cinzenta do descrédito popular, da corrupção desmedida e da imoralidade política e pública, com uma lista bizarra de deputados e senadores estrelando processos que tramitam na Justiça. Os feitores da lei, corrompendo-a e defraudando-a!

O Poder Judiciário, guardião da Constituição Federal e última morada das esperanças de toda a gente, tem sido perseguido grosseira e rotineiramente pelo fantasma do interesse pessoal, com julgadores que se esquecem de que não estão aos serviços particulares de quem ocupa o grau maior do Poder Executivo, passageiro e substituível, mas a serviço da Nação Brasileira, definitiva e atemporal, que neste momento pede socorro e não encontra eco em suas instituições que agonizam sob as mordeduras insaciáveis de corruptos de todos os matizes e níveis.

Felizmente não são todos os julgadores e às exceções é imperativo que se preste homenagens, porque são bravos brasileiros merecedores da admiração de todos. Mas esses estão impedidos em sua honra, pela impudicícia de juízes outros, que julgam com interesses grupais e não com respeito à lei que deveriam defender com a própria vida.

Rui Barbosa diz que “a justiça, cega para um dos dois lados, já não é justiça. Cumpre que ela enxergue por igual à direita e à esquerda”.

Não é o que estamos vendo. O que estamos vendo é um pelotão de julgadores cegos, sendo atraídos para os caminhos da infâmia, pelos feromônios de um poder utópico e de uma hipócrita proteção política e nada mais.

Os corredores palacianos de todas as instâncias do Poder, em que pese aí a presença honrosa de servidores probos e merecedores da confiança e do respeito do povo, estão abarrotados de usurpadores do erário.

Vejam-se as manchetes, no Brasil e em todos os recantos do mundo, e perceba-se que o momento é de uma tragicidade ímpar e jamais imaginada possível.

Se por exemplo a autoridade policial cumpre um mandado de prisão em dados lugar e hora, e ainda que de mãos desarmadas, mas armada de desfaçatez e ganância, alguma figura pública assalta a confiança e o erário, sem cerimônia, vergonha ou medo. É a falência do bom senso e do espírito cidadão.

“O impeachment é ilegal”, gritam aqui e ali, os esquerdistas bolivarianos – ou fantasiados de - já viciados no dinheiro público que lhes escorre ilegalmente às mãos obscenas, sem economia ou inibição, por vias as mais diversas, do poder a qualquer custo.

Pessoas públicas que se esquecem de que o poder material é efêmero e um dia terá fim, queiram ou não. E quando o dia chegar poderão sentir o gosto amargo do próprio veneno, como tantos já o sentem, em presídios esparramados por aí.

A glória de ontem, suas, de familiares e amigos seus, transformada em vergonha e nudez de tudo, se é que esse sentimento ainda os habita.

Quem os imaginaria atrás das grades?

Muitos milhões de brasileiros, certamente! Mas certamente, não eles mesmos. Porque os do poder se imaginam imortais e perpetuamente poderosos, é o que dão a entender.

Fosse ilegal o impeachment e a Constituição da República não o contemplaria como instrumento de correção de rumos e de salvaguarda da democracia, no Brasil.

E não teriam ensaiado, insistentemente, por mais de uma vez, usá-lo contra outros governantes.

Como então não seria legal, se agora mesmo berram que não é?

É o poder dos dois pesos e duas medidas, o poder do privilégio, o poder das barbaridades, o poder que não pode mas não larga, o poder do “a bola é minha e se eu não quero ninguém joga”, é o poder que, definitivamente, não emana do povo.

Não podemos nos permitir o deslustrar de que padece quem perdeu a capacidade de se indignar.

Ou nos comportamos assim ou não mereceremos jamais, sequer, o almejo de dias de glória para a Pátria Brasileira.


...

Arquimedes Estrázulas Pires é só um cidadão brasileiro.


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