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TEMA LIVRE : Coluna do Arquimedes
2016
31/12/2015
Vem chegando um Novo Ano e o Brasil da Esperança continua apoiando o queixo nas mãos sujas de imundos seres que se acotovelam nos corredores palacianos e conspurcam a Justiça, o bom caráter, o bom exemplo, os bons princípios de moral e ética e o dever de servir com competência, lisura, verdade e limpeza, ao povo a que juraram servir.
Não que sejam obrigados à lisura, à moralidade, à ética e à decência no exercício de cargos e mandatos; são livres pra escancarar ao mundo o seu caráter. Mas juraram lealdade ao povo e fidelidade à Lei, quando se dispuseram a assumir os postos que hoje ocupam em cada instância do Poder.
Como cidadão de sete décadas e zeloso da condição de brasileiro, me permito a obrigação de gritar ao mundo que não posso me dar à leviandade de achar que está tudo bem, como bradam os acólitos do bando que comanda o grande pelotão de bárbaros devoradores de sonhos, que por aí se move livremente.
Não faço parte da porção rasteira que se presta à tristeza de aplaudir barbaridades praticadas contra a Pátria e contra a gente. Não faço parte do time que só tem levado vantagem porque joga com bola viciada e em campo virtual. Porque não é verdadeiro o jogo que joga e nem é real o campo em que o faz.
Não faço parte do ideal bolivariano de engolir a América Latina e erigir monumentos à memória de ídolos de uma ideologia obsoleta, derrotada pela história e suficientemente tirana para ser rechaçada pelas pessoas de bem.
Sou brasileiro do tempo antigo. De quando a honradez era cultura e tradição, os bons costumes eram norma de vida comum e a decência morava no casebre e no palácio, sem sentir qualquer diferença em ser assim.
Os dignos, limpos, justos, admiráveis e honrados que ainda frequentam – por dever de ofício – a vida pública, estão submersos, infelizmente, no caldo sórdido da superfluidade que se faz presente em todos os lugares onde a política partidária se mostra e diz que está. Porque são a exceção, lamentavelmente, quando deveriam ser a regra.
Mas felizmente ainda há pessoas assim, de bem, que se esforçam e gritam não, que se mostram e contrapõem, que conflitam com a imoralidade e a antiética, porque são limpos e dignos.
Quisera que fossem a maioria e então o Brasil não estaria submerso nesse nefando mar de desdouro que parece aprazer a tantos líderes, a tantos ícones e a tantos vultos da história atual.
Já vem vindo um Novo Ano. Que venha cheio de esperança e vibre na frequência da Luz, porque o amanhã que se insinua precisa ser capaz de nos devolver o sonho. Ao perverso pode satisfazer a corrupção e a treva, mas ao benévolo só a decência e a luz, satisfaz.
A indignação invade a minha alma bugra, capitalista, nacionalista e brasileira. Não é mais possível resistir calado à imoralidade política e à flagelação do sentimento pátrio a que acabrunhados temos assistido a contra gosto.
Bravos e admiráveis brasileiros há, que em favor de toda a gente ousam brandir a força que emana dos cargos que ainda ocupam; mas são poucos e muito pouco podem. Onde estão os justos da Justiça?
Será mesmo que tudo é ilusão e os bandoleiros guardados sob as chaves da lei são mesmo “supostos” culpados de tanta desonra ao povo e à Pátria?
Que em defesa do Brasil que legaremos às futuras gerações e queremos digno, se levantem mais Sérgios Moros, com força de poder, e gritem... chega!
Que o bebê 2016 venha saudável e mais esperançoso.
...
Arquimedes Estrázulas Pires é só um cidadão brasileiro.
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