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TEMA LIVRE : Coluna do Arquimedes

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Canto, Encanto e Desencanto
22/04/2016

Como nos idos tempos, a mitologia ainda insiste em marcar mentes que, como os velhos marinheiros do Mar Tirreno, se deixam levar descuidadamente pelo canto das sereias do sonho inútil e da ilusão de um poder interminável, apesar das evidências de que nada é eterno, exceto Deus.

As sereias do mítico canto que ainda acarinha ouvidos e sonhos do PT e áulicos levaram menos tempo do que o imaginado, para arrebentar a velha embarcação da estúpida pretensão de imorredouro poder, contra os costões da vontade do povo, desde há muito revelada nas ruas, nas redes sociais e em todas as mídias. Já não há uma única roda de bate-papo, em todo o Brasil, onde o tema central não seja a pilantragem daquela agora sabida muito pequena banda da política brasileira, embolorada em toda a extensão e já irremediavelmente deteriorada.

O fanatismo leva à estupidez e esta ao ridículo, pessoas que com a intenção infantil de “tapar o sol com a peneira”, confundem os adjetivos e chamam de honestas e honradas, pessoas tão presentes no noticiário diário como sendo de outra índole.

O domingo 17 de abril de 2016 já é catalogado pelas ruas como o primeiro dos dois importantes feriados de abril. E nesse registro recebe a denominação de “Dia de Tiradilma”; o outro é 21, “Dia de Tiradentes”.

Com a aprovação do projeto de impeachment fica sacramentada a vontade brasileira de se livrar, urgentemente e a bem da Nação, dos atuais governantes e das más influências que na outra extremidade dos cordéis os comandam e a eles parecem imprimir movimentos.

Confirmada a cilada do canto da sereia, que agora acaba, também acaba o encanto. O encanto daqueles que eventualmente tenham se julgado totalmente fora do alcance da lei e agora sabem que as coisas não serão bem assim, de ora avante. E, claro, daqueles outros que viam em alguns dos líderes políticos até então julgados merecedores de confiança e voto, “figuras chatas; fósforos que não dão luz”, como grita Castro Alves em seu poema “Orgulhosa”.

E de entremeio a tantos desencantos salta aos olhos e à emoção - necessária, aliás - o irretocável equilíbrio de Eduardo Cunha, o Presidente da Câmara dos Deputados, na condução da votação.

Provavelmente nem mesmo eu, a quem muitos julgam capaz de razoável equilíbrio, haveria de suportar tanta ofensa e tanta citação inoportuna, como se ele e não a Presidente da República, estivesse sendo julgado.

Cunha não suportou, apenas, a insultos e a grosserias de toda sorte. O fez com elogiável superioridade comportamental e, de forma simpática e até sorridente, liderou o Plenário e conduziu a votação até o final, sem mostrar qualquer traço de desconforto, intolerância ou impaciência.

aqui não julgo, porque não me cabe julgar, o mérito de tais citações; mas as considero inoportunas, não apenas ao Presidente da Mesa Diretiva da Câmara dos Deputados, naquele momento a autoridade máxima e em comportamento lídimo, mas ao Supremo Tribunal Federal, signatário do rito que na oportunidade estava sendo conduzido e cumprido.

O desencanto fica por conta do tacanha comportamento de parlamentares contrários ao impeachment – nem todos, evidentemente – que se mostraram como verdadeiramente são, sem se preocuparem com o fato de que tal conduta lhes empurra ladeira abaixo, na preferência do eleitorado, se acaso houver para eles uma nova oportunidade eleitoral.

Terão se posicionado de forma agressiva, descontrolada, pequena e tosca, porque é essa a sua convicção, ou o fizeram por conta de acertos e acordos espúrios, eventualmente sacramentados antes da sessão?

“Judas se vendeu por trinta dinheiros”, faltou gritarem. Mas será que dentre eles próprios nenhum há, que também o tenha feito e até por menos?

Mas, meu Brasil, de todo modo valeu!

Foi possível verificar que a porção dos que formam fila com a ilicitude, com a imoralidade política e pública, com a descortesia à Nação, com a desfaçatez, com a falta de ética, com as inverdades e com a incompetência intrusa e cabotina, é apenas muito pequena e, por isso mesmo, inconsequente, insignificante e de pouca periculosidade. E agora sabemos, não são exatamente o que pensam ou gostariam de ser, em termos de querer e poder.

Acabamos de nascer para um novo tempo. E neste novo tempo será possível espelhar cada dia, nos dias já idos e, a partir da desfigura histórica aí deixada, vigiarmos os nossos próprios movimentos, as nossas próprias escolhas e as nossas decisões mais importantes, pra de novo não cometermos os erros mesmos e os mesmos exageros na hora de acreditar em alguém que nos peça confiança e votos.

Platão diz que “os inteligentes aprendem com os próprios erros; e os sábios aprendem com os erros alheios”.

É de bom alvitre seguirmos os conselhos do filósofo. Portanto, se dentre nós, muitos já erraram, que sejam inteligentes. E se alguém ainda não errou, que preste atenção, portanto, nas coisas que o noticiário diário comenta e propaga.


...

Arquimedes Estrázulas Pires é só um cidadão brasileiro.


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