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TEMA LIVRE : Valéria Del Cueto
O silêncio que antecede
24/07/2016
Estou no meio da festa que vai começar. Numa posição, cá entre nós, privilegiada. Depois do Rio dos Jogos Pan Americano, da Copa do Brasil, vem aí a Olimpíada carioca.
E vou aproveitar. Pretendo não analisar, apenas registrar a vida onde sempre vivi. Como essa cidade tão cheia de contradições, chamada de maravilhosa, abriga e acolhe os visitantes de todas as partes do mundo.
Foi na Copa do Mundo de Futebol de 2014 que a brincadeira tomou um formato, como explicado na época na crônica “Sem dizer adeus” Lá, a hashtag era #Copa2014bacana. Teve o #justbefore, mostrando Copacabana nos dias que antecederam o início da competição, o #justnow, a temporada de jogos e o #justafter, com o desmonte dos equipamentos e o retorno à normalidade. Todo o material fotográfico, em vídeo e links de outros veículos de comunicação foram agrupados numa linha do tempo, publicada no http://storify.com/delcueto/copa2014bacana
Repito a proposta no #valeRio2016. É a mesma ideia partindo de outra ponta, não mais da do Leme, que começa a ser realizada. Agora Copacabana não será o único foco.
A ponta de partida é a do Arpoador, com saída para Ipanema e a perspectiva do posto 6, no final de Copacabana. O arco foi ampliado, incluindo o centro da cidade. Mais especificamente a Orla Conde, um novo espaço urbano do Rio, onde serão realizadas as atividades que agitaram fun fest montado em Copacabana durante o Mundial de Futebol, em 2014.
Uma intensa e variada programação cultural ocupará o espaço e os palcos distribuídos entre os Museus do Mar e do Amanhã, na Praça Mauá, e a Praça XV. Além de apresentar ao mundo as intervenções de recuperação da área, incluindo a demolição da Perimetral, outra vantagem do lugar é não ter problemas em relação ao barulho das festas e shows. A zoeira causou transtorno aos moradores de Copacabana no evento de 2014. A região da Orla Conde é área comercial. E o lugar é lindo...
O Rio dos carnavais, dos réveillons, do Pan e da Copa, certamente saberá receber seus convidados. Falo no que depender do carioca. O que parece não ser muito na Babel que se instalará por aqui.
Não, não pretendo frequentar as arenas dos jogos. O credenciamento no Rio Media Center facilita o acesso aos espaços gerenciados pela prefeitura. Está bom demais. Verei os jogos em casa, ou nos telões. Se sou fissurada por esportes, imagine as Olimpíadas.
A primeira que lembro ouvir falar, pitoquinha ainda, é a da Cidade do México. José Sylvio Fiolo ficou em quarto lugar nos 100 metros de peito. Anos depois, treinei por um tempinho com seu técnico, o Pavel, no Botafogo. Na de Munique foi a vez de Mark Spitz com seus recordes mundiais e medalhas de ouro em 7 provas de natação me fisgar de vez.
Chorei com Misha na despedida de Moscou...
As Olimpíadas acontecem sempre em anos de campanhas políticas. Eleições de prefeitos e vereadores. Costumo estar trabalhando. Em 1988 e 2000 e 2008, dei um jeito de trabalhar no turno da madrugada, para poder acompanhar as competições dos jogos de Seul, Sidney e Pequim, respectivamente.
Não, não terei tempo para correr de um complexo para o outro e ainda me concentrar no entorno, no encontro dos povos. É nele que pretendo focar minhas lentes.
E quero faze-lo com o meu melhor olhar! Como, imagino, estejam nesse momento os olhares dos atletas que competirão no Rio, a Cidade Maravilhosa. Voltados para a perfeição dos movimentos, para o auge de suas performances. Se possível, para a vitória. Pensamento positivo, energia acumulada, concentração e foco.
Eles não querem saber das notícias, especialmente as negativas. Nada que interrompa ou altere o percurso em direção ao objetivo almejado por tanto tempo certamente com sacrifícios e entrega.
Que os Deuses do Olimpo nos abençoem!
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Links
#valeRio2016 http://storify.com/delcueto/valerio2016
#copa2014bacana http://storify.com/delcueto/copa2014bacana
* Valéria del Cueto é jornalista, fotógrafa, gestora de carnaval e porta-estandarte do Saite Bão. Crônica da série “Arpoador” do Sem Fim...
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