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TEMA LIVRE : Coluna do Arquimedes

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Deformidade Incorrigível
04/09/2016

“Sinto muito, mas não pretendo ser um imperador. Não é esse o meu ofício. Não pretendo governar ou conquistar quem quer que seja. Gostaria de ajudar – se possível – judeus, o gentio... negros... brancos”...

Charlie Chaplin, o Grande mestre da 7ª Arte com sabedoria, começa assim o seu magnífico discurso, no filme “O Grande Ditador”.

Tomo a liberdade de invocá-lo, aqui e agora, e pedir permissão pra fazer da sua, a inspiração para o que desejo manifestar, neste momento, à Nação Brasileira; à minha gente.

Sou só um cidadão deste Brasil gigante. Sou nada além de um filho deste “impávido colosso iluminado ao sol do novo mundo”. Sou apenas e nada mais, um brasileiro despretensioso, mas que não abre mão do sonho e continua querendo ver sempre justos, os que se dizem da Justiça, sempre limpos os que se dizem da Política, sempre competentes os que se dizem governantes e sempre – porque não pode ser de outro modo! – decentes, honestos, leais ao povo e determinados ao respeito da lei e da ordem, aqueles que enveredam pelas vias do serviço público. Aqui ou em qualquer lugar.

Porque não é possível dar bons exemplos, produzindo desfeitas à lei e à ordem. Porque não dá pra chamar de autoridade, quem está a soldo do povo e não o respeita. Não dá pra ter consideração e respeito por quem – investido em altos cargos públicos - desrespeita às instituições que existem para justificar o poder que emana do povo, conforme o mandamento maior, da democracia.

Como o personagem de Chaplin não pretendo ser imperador, vereador, governador ou senador; não pretendo ser nada além de cidadão, mas quero ver respeitados os meus direitos, porque sou povo e sou cumpridor dos meus deveres. E não poderia me dizer cidadão, se não agisse assim.

É como cidadão que em sete décadas já viu acontecer de tudo um pouco na história do Brasil, que me permito o direito de dizer que já vai longe o tempo em que a moralidade política e pública deveria ter voltado a viver aqui.

O que foi articulado sub-repticiamente nos bastidores do Senado da República, para pisotear o Artigo 52 da Constituição Federal, não pode ter sido articulado por gente de bem, por brasileiros do bem ou por quem sente sobre si a responsabilidade de estar autoridade; não pode!

Contra os que articularam e contra os que votaram na omissão do que reza o Parágrafo Único do Artigo referido, da Constituição da República Federativa do Brasil, é que me reporto ao discurso do “Grande Ditador”, que de ditador não tinha nada, porque contrariamente ao que fazem os ditadores, mormente os que inspiram PT, PMDB e assemelhados, era humilde e limpo, respeitável, modesto e admirável.

E ao me reportar ao discurso, com a devida vênia de Chaplin, o faço como se fora ao povo e às Instituições Democráticas do Brasil:
“Soldados! Não batalheis pela escravidão! Luteis pela liberdade! No décimo sétimo capítulo de São Lucas está escrito que o Reino de Deus está dentro do homem – não de um só homem ou de um grupo de homens, mas de todos os homens! Está em vós!

Vós, o povo, tendes o poder – o poder de criar máquinas. O poder de criar felicidade! Vós, o povo, tendes o poder de tornar esta vida livre e bela... e de fazê-la uma aventura maravilhosa. Portanto – em nome da democracia – usemos desse poder. Unamo-nos, todos nós!

Lutemos por um mundo novo... um mundo bom que a todos assegure o ensejo de trabalho, que dê futuro à mocidade e segurança à velhice.
É pela promessa de tais coisas que desalmados têm subido ao poder. Mas só mistificam! Não cumprem o que prometem. Jamais o cumprirão!

Os ditadores liberam-se, porém escravizam o povo. Lutemos agora para libertar o mundo, proteger as fronteiras nacionais, dar fim à ganância, ao ódio e à prepotência.

Lutemos por um mundo de razão, um mundo em que a ciência e o progresso conduzam a ventura de todos nós.

Soldados, em nome da democracia, unamo-nos!”

Ao permitirem uma esperança de ressureição ao PT e a Dilma Rousseff, que saiu das dependências do Senado Federal sonhando em continuar mordendo o lombo do povo, caso essa decisão ladina, malandra e desrespeitosa não seja derrubada na Justiça, porque afrontosa à Carta Magna brasileira, os votantes favoráveis a isso pisotearam também a alma e a confiança da gente do Brasil.

Eu, cidadão brasileiro, irmanado com todos os que assim também pensam, os repudio!

Mas não posso, não quero e não devo deixar de aplaudir, também como cidadão, a decência, a responsabilidade e o espírito de brasilidade que moveu as Senadoras e os Senadores do Brasil a nos livrar da deformidade política e ética incorrigível, que ficou conhecida como PT, votando pelo fim do mandato da governanta.

Claro, não incluo no aplauso aqueles que sujaram a alma ao desdizer o que disseram ao aprovar o impeachment, e que depois votaram pelo descumprimento constitucional.

A história há de promover os necessários registros e certamente renderá as devidas homenagens a todos os que neste ato fizeram por merecê-las.


...

Arquimedes Estrázulas Pires é só um cidadão brasileiro.


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