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TEMA LIVRE : Coluna do Arquimedes

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De ordinário e pérfido
19/09/2016

Duas das mais duras expressões adjetivas da língua portuguesa que podem ser usadas para qualificar pessoas: ordinário e... pérfido.

Dizem os melhores dicionários, que a palavra “ordinário” está estreitamente ligada à repetição regular, de um ato, de um comportamento ou de uma ocorrência. Mas também caracteriza qualidade inferior, de um produto ou de um atributo do caráter de alguém. Um adjetivo que caracteriza ou pode caracterizar qualquer coisa indecente e que, ocorrendo “de ordinário” ou de rotina, é bem explícito na
catalogação da conduta, inclusive.

Já o adjetivo qualificativo “pérfido”, determina alguém desleal, falso, infiel... Muito usado nas velhas letras dos tangos argentinos dos bons tempos de Gardel, e nos boleros de quando a inspiração contava história em canções como a de Alberto Dominguez, a perfídia é característica incompatível com todos quantos digam preferir o comportamento ético, digno, moral e solidário. Especialmente quando se trate de figuras públicas.

Os dois adjetivos, entretanto, para pesar de uns e desprazer de outros tantos, e embora nem sempre haja disposição para usá-los de forma pública, têm sido adotados para qualificar a conduta, a moral e o caráter de muitos dos vultos públicos que têm manchado a história do mundo.

Para desencanto de muitas nações e povos, segundo dados de conhecimento público, somam a impressionante quantidade de 11,5 milhões de documentos que relacionam e registram descaminhos e maus exemplos trilhados e produzidos por chefes de estado e agentes políticos de, pelo menos, 200 países.

Apenas em relação a documentos sobre desvio e lavagem de dinheiro para os chamados paraísos fiscais, registre-se:

http://politica.estadao.com.br/noticias/panama-papers,11-5-milhoes-de-registros-financeiros-expoem-corrupcao-global,10000024510

Para desencanto da Nação Brasileira, jornalistas internacionais mostram que Lula e Dilma estão na lista.

http://www.canalgama.com.br/jornalistas-internacionais-mostram-que-lula-e-dilma-estao-no-escandalo-panama-papers/

Lamentável? Sem nenhuma dúvida!

Certamente seria magnífico, entretanto, fossem apenas Lula e Dilma, hoje cartas definitivamente fora do baralho. Mas não é assim e de ordinário e pérfido há muito mais, no dia a dia da política nacional brasileira, do que possa imaginar a nossa distraída filosofia, copiando Shakespeare, de Hamlet.

Mas a coisa não pára por aí e o histórico de fatos concatenados pela Polícia Federal, pelo Ministério Público Federal, por órgãos da Justiça e por toda a mídia - nacional e estrangeira - nos últimos 11 anos, mostra o impressionante galope da corrupção em terras brasileiras e o noticiário não nos deixa nem dizer que nada lemos ou ouvimos sobre o fato, e nem que de fato não sabemos dele.

Mas os envolvidos, os investigados e os indiciados negam, peremptoriamente, como se nada de ilegal constasse das suas consciências. Nem enriquecimento ilícito, nem desvio de funções, nem corrupção ativa ou passiva, nem abuso de poder, nem peculato... Nada! Nunca pisaram fora da linha e nem saíram dos trilhos que a moralidade recomenda a um ser vivente. É impressionante, quando nada!

Em sinal de menosprezo – é o que dá a entender! – à Nação, e de puro subestimar à inteligência do povo e do Brasil, Lula esbraveja e bravateia enquanto desfila asneiras que em nenhum lugar do mundo caberiam bem a um ex-presidente; de associação de bairro, de um clube esportivo ou de um país, e diz, hipocritamente, que “vai à pé, ser preso, se encontrarem qualquer corrupção praticada por ele ou a seu mando”. Pra citar apenas um caso bem recente.

Ridículo, descabido, desnecessário, repugnante, deselegante e absurdo. Riso e nada mais é o que causam, suas evasivas, suas ironias, suas lamúrias e suas “crocodilescas” lágrimas, porque a República – não só a do Brasil mas a de Curitiba – tem gasto milhões de Reais na investigação e na instrução dos competentes processos que correm na Justiça e que o envolvem como partícipe e até como “gerente geral” do negócio de corromper, seja em mensalões ou em petrolões, país afora.

(http://g1.globo.com/jornal-da-globo/noticia/2016/09/mpf-denuncia-lula-e-mais-sete-por-corrupcao-e-lavagem-de-dinheiro.html)

O sentimento em relação às tais lágrimas, pode ser expresso assim:
O choro e o choramingo,

O pranteio ou lacrimejo,
Como no show de domingo
Parece mais um embrulho.
Parece mesmo um entulho
Chorando contra o despejo.


...

Arquimedes Estrázulas Pires é só um cidadão brasileiro.



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