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TEMA LIVRE : Valéria Del Cueto

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Não vou por aí
05/02/2017

A crônica dessa semana é um mea culpa. Ela começa no passado. Lá, em 2010, na eleição para o Senado.

Havia uma luz no fim do túnel para quem não votasse em Carlos Abicalil (PT jamais) nem em Blairo Maggi.

Para não desperdiçar dois votos, uma possibilidade: o candidato do PDT, Pedro Taques. Olhei, avaliei, e, diante do que vi no período da campanha, cravei.

Na hora que saiu o resultado todo mundo foi para Centro de Convenções do Pantanal onde havia uma sala VIP para os eleitos.

No hall já tive a oportunidade de registrar em vídeo como seria rápido o fim do “teatro” dos dois eleitos para o senado: o caloroso cumprimento da zebra que desbancou o candidato do PT, com o pule 10, o ex-governador.

Dentro da sala VIP o clima era muito interessante: de um lado a “situação”. Num canto isolado, Pedro Taques. Um estranho no ninho.

Me acheguei para parabeniza-lo. Fui recebida por um afável cumprimento.

“Como vai, cineasta?” “Feliz por ter votado no senhor”, respondi.

Aproveitei o momento, já que o tumulto reinava somente nas proximidades do outro grupo, para dar um aviso ao eleito pelo PDT de Brizola:

“Senador, só usei um dos meus votos para o senado. Foi no senhor. E, como sou uma eleitora que valoriza a escolha, já lhe informo e advirto: a única dúvida que tive foi quando vi quem era seu suplente.

Por isso, como jogo limpo, já vou avisar que espero que o senhor cumpra o que prometeu de pés juntos para seus eleitores: que irá até o final do seu mandato.

Não votei em seu suplente e jamais votaria. Ele não tem cabedal para representar Mato Grosso no Senado. Meu voto foi consciente e vou cobrar sua palavra dada”.

O senador recém-eleito me garantiu que a honraria. Iria até o final do mandato de 8 anos!

Com que orgulho o vi ser o candidato de oposição contra Renan Calheiros na eleição do Senado e usar as palavras do grande Darcy Ribeiro em seu discurso:

“Fracassei em tudo que tentei na vida. Tentei alfabetizar as crianças brasileiras, não consegui. Tentei salvar os índios, não consegui. Tentei fazer uma universidade séria e fracassei.

Tentei fazer o Brasil desenvolver-se autonomamente e fracassei. Mas os fracassos são minhas vitórias. Eu detestaria estar no lugar de quem me venceu”.

Pedro Taques teve 18 votos. Dois senadores votaram em branco, outros dois se abstiveram. Renan se elegeu com 56.

O tempo passou. Taques usou o PDT como trampolim. Outro mato-grossense já o havia feito anteriormente.

Trocou o protagonismo nacional por uma candidatura ao governo de Mato Grosso. Eleito, deixou o partido. Sua vaga em Brasília...

Tenho acompanhando diariamente pela TV Senado a performance de José Medeiros, agora no PSD, nas sessões, CPIs, no processo do impeachment e, finalmente, como candidato a Presidência do Senado.

Que vergonha! Que tristeza. Que decepção...

Fico imaginado como seria a atuação do senador que elegi.

Minha conclusão?

Pedro Taques perdeu o bonde da história. Por vaidade e falta de visão trocou uma carreira brilhante por um governo medíocre, onde é aliado de todos os que combatemos quando votamos nele e o transformamos, com nossos votos, numa esperança de um protagonismo parlamentar com projeção nacional.

Vai eleger em 2018 aqueles que, a duras penas, derrotamos em 2010.

A nós, eleitores enganados, fica um exemplo para os que reclamam do vice eleito e atual presidente do país.

Sim, somos responsáveis pelos penduricalhos que indiretamente elegemos.

A caricatura que hoje ocupa uma das vagas de Mato Grosso no Senado Federal não me representa e sei exatamente a quem devo responsabilizar pela atuação vexaminosa que acompanho a cada sessão.

Meu voto em 2018 será ainda mais seletivo.

Se o candidato não tiver um substituto à altura vai ser em branco. Mais mentiras não me iludirão.

Outro tombo não levarei. Posso não saber em quem votar, mas sei que mais um nome entrou na lista dos que nunca mais terão meu voto: Pedro Taques.

Sou como José Régio em Cântico Negro: “Não sei por onde vou. Não sei para onde vou. Sei que não vou por aí!

...

*Jornalista, fotógrafa, gestora de carnaval e porta-estandarte do Saite Bão. Essa crônica faz parte da série “Parador Cuyabano”, do SEM FIM... delcueto.wordpress.com


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