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TEMA LIVRE : Coluna do Arquimedes
A recomendação é...
20/07/2020
No Século VII A.C. surgem, na Grécia, as Cidades-estado. Com elas surge a política.
O pensamento filosófico que então é mítico, ou seja, pela falta de conhecimento os pensadores imaginam a origem das coisas, é substituído pelo pensamento “racional”.
E aí surgem os grandes filósofos que se projetam na história das nações, começando com nomes como Hesíodo, Sócrates, Platão, Aristóteles...
As Cidades-estado visam a organização social, econômica e política dos agrupamentos humanos – muito distantes, uns dos outros - com base não mais em mitos, mas em práticas voltadas à produção, à navegação, à música e à literatura, entre outras. Sempre com vistas ao bem estar comum, como hoje – em tese – funciona o “pacto federativo”.
A cabeça dos filósofos é a fonte de todas as ideias que então estruturam o pensamento político.
Hesíodo defende o trabalho, Sócrates defende a busca permanente da verdade sobre todas as coisas, Platão defende o “inatismo”, que é a doutrina que afirma ser o caráter do homem, inato e independente daquilo que ele experimenta e percebe após o seu nascimento, e Aristóteles defende a Ética; os princípios que motivam o comportamento humano.
E daí nasce a política, que vem das “polis”; as Cidades-estado.
Então nos vem o sentimento de que a política já nasce obedecendo a interesses de cabeças as mais diversas e, por consequência – como diria Aureliano Chaves – carente de alma única e capaz de impedir comportamentos e índoles contrários à decência e à retidão de caráter.
As Cidades-estado deixam de existir em 338 A.C. com a derrota da Grécia para o exército macedônio. Atenas que capitaneia, digamos assim, a democracia, perde espaço e sua a filosofia política também começa a cair.
Hoje a única Cidade-estado, que ainda ocupa lugar na história, é o Vaticano.
Mas a política – na Grécia ou em qualquer lugar do mundo – nunca mais foi a mesma, embora continue sendo prática orientada por muitas cabeças diferentes.
O problema é que dentre as diferentes cabeças que a orientam, muito poucas primam pela decência defendida Platão, pela ética defendida por Aristóteles ou pela verdade buscada e defendida por Sócrates.
A classe política brasileira, que é feita de muita gente boa mas também de muita gente que ainda não sabe o que é ser gente boa, pegou uma carona na pandemia que grassa por aí, e dessa situação tem mostrado que é mais fácil iludir do que mostrar as entranhas.
Não estamos dizendo que a pandemia é lorota; mas certamente há muita lorota nascida da boca daqueles que querem ganhar destaque na pré-campanha eleitoral que já acontece; desta vez diferente de tudo o que até aqui foi.
Mas, pensamos que justamente porque pretendem ocupar – ou continuar ocupando – cargos de abrangência pública e que só existem com o “ideal” de gerenciar as coisas e o interesse de todas as pessoas, os políticos em mandato ou os candidatos a, deveriam primar pela decência, pela competência, pela ética e pelo zelo à própria moral que, convenhamos, em se tratando de figuras públicas tem andado em baixa.
Há uma ansiedade muito grande, que impera, ante a espera de que surjam prefeitos e vereadores - desta feita - que se façam merecedores da confiança, da admiração e do respeito de todos os brasileiros.
O que, convenhamos, a juventude de agora ainda não sabe o que é!
Porque – quando nada! – tivemos aí pelo menos 30 anos de prestidigitação quase generalizada, em todo o Brasil!
A prestidigitação é a técnica de iludir o espectador com truques, agilidade nas mãos, ilusionismo e mágica, segundo os melhores dicionários.
Pensamos que seja tardia a hora de os mágicos deixarem o palco, pra que aí possam se apresentar os personagens – reais! – de um espetáculo histórico, produzido para os tempos de agora, em que a decência precisa voltar à cena.
Ao povo que vota, uma vez que já não teremos – antes de 16 de agosto - o FEBEAPÁ de que nos fala Sérgio Porto, no livro de mesmo nome, a recomendação é:
Atenção à índole dos candidatos!
Responsabilidade no voto!
Voto pensando nos seus descendentes, que precisam vida digna!
Respeito à condição de cidadão e... Amor pelo Brasil.
Em tempo: FEBEAPÁ significa “Festival de besteiras que assolam o País”.
Fica a dica!
...
*Arquimedes Estrázulas Pires é só um cidadão brasileiro.
E-mail: estrazulas10@gmail.com
Twitter: @estrazulas10
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