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TEMA LIVRE : Coluna do Arquimedes

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Com responsabilidade
31/08/2020

Certa feita fui abordado por um cidadão da minha província, amigo do então Conde, que me perguntava se eu participaria das eleições daquele ano.

E eu lhe disse que não mais participaria de um processo eleitoral.

E ele disse que eu não poderia ficar de fora.

Eu respondei que poderia sim! Que não dispunha de recurso financeiro.

E o lembrei de que em eleição anterior, ele que era um dos ajudantes de ordem do Conde, me dera apenas meio embornal de milho para os cavalos que faziam os meus deslocamentos, embora tenha – ele! - gasto uma pequena fortuna na campanha de um tal Arlequim que nem obtivera votos suficientes, naquele ano.

E ele então, gentilmente, colocou as mãos sobre os meus ombros e disse:

“Você acha mesmo que alguém investiria dinheiro em uma campanha tua? Na corte a gente precisa de gente que faça o que a gente quer! Gente que nos divirta! Você não! Você tem ideias próprias e só nos daria trabalho, em vez de nos proporcionar o espetáculo para o qual a gente teria investindo em você”.

Fiquei contente!

Afinal, fora ele o primeiro político – ou apoiador de políticos! - a agir com sinceridade comigo revelando, em tal comentário, como é que a tal máquina funcionava; e “talvez” ainda funcione.

Compreendi, assim, porque é que nem todos os votos caíam na minha urna, quando candidato. E compreendi que ali, no âmbito do Condado, definitivamente não era o meu lugar.

Porque eu sonhava – e ainda sonho! - ver o Império contando com cidadãos de espírito patriota e dedicados ao bem-estar geral, perene e firme, e não ao “farinha pouca, meu pirão primeiro”.

Isso aconteceu há muitos anos e como na música do Nelson Gonçalves, “eu nem me lembro mais! Só me lembro que é Maria; Alves Santos. Nada mais”!

Agora fiquei sabendo que o tal Arlequim de quem nem mais me lembro o nome, alguns séculos depois daquele episódio aqui relatado, teria sido nomeado para um cargo de alta hierarquia, no Condado de que faz parte a província donde vivo.

Quanto a parlamentares – provinciais ou imperiais – certamente há muitos muito dignos, entre os milhares deles, eleitos em cada pleito.

Mas a impressão que se tem é de que a esmagadora maioria dos que se candidatam, só busca a senda política por motivos assim:

- Não se deu bem na vida privada e quer ficar rico(a) logo; então busca a vida pública através da política.

- Não tem nenhuma qualificação profissional, se sente velho(a) demais pra voltar aos bancos escolares - pra se capacitar - e então quer viver da política que não exige nenhuma qualificação, nenhuma capacidade, e onde sempre é possível nomear alguém - para um cargo dito de confiança - que faça, em seu lugar, aquilo que possa acarretar algum tipo de problema, no depois mais.

Jesus Cristo diz que é a porta estreita que leva ao Céu. Mas a maioria dos políticos – ou candidatos a – preferem a porta larga, mesmo sem saber a onde ela os levará.

Parece que vão às cegas, mas sempre imaginando que ao abrirem os olhos se surpreenderão com as belezas do paraíso sonhado!

Mas o velho Império não impera mais!

Agora é a ré pública, como tem sido chamada a política. Porque acumula infinidades de réus em processos sigilosos.

E para satisfazer os seus abismais desejos de crescer sem nada fazer, neste ano de 2020 serão eleitos cerca de 60 mil vereadores, 5.570 prefeitos e mais os respectivos vice-prefeitos.

Um custo estimado de R$ 12 bilhões por ano com os vereadores eleitos, e mais uns R$ 500 milhões com os prefeitos e vice-prefeitos.

O contribuinte brasileiro terá que desembolsar, quando nada, o equivalente a R$ 50 bilhões, nos próximos quatro (04) anos, só com essas três (03) categorias políticas.

Na Engenharia Econômica há dois índices importantes a serem considerados antes de qualquer investimento: a TIR – Taxa Interna de Retorno, e a TMA – Taxa Mínima de Atratividade.

Feitos os cálculos, se a TIR for maior que a TMA, então o investimento valerá a pena.

De posse dessa informação, mesmo sem atribuir valores aos valores imaginados, vamos torcer para que o investimento do eleitor, caracterizado pela confiança que deve depositar no candidato a ser votado, e o custo financeiro bancado pelo contribuinte, indiquem, no final das contas – ou dos mandatos! - que o investimento nos prefeitos, vices e vereadores eleitos para o novo mandato, seja um investimento viável e que resulte, na pior das hipóteses, em lucro zero.

O que é muito melhor do que os prejuízos até aqui causados pela categoria que busca votos de dois em dois ou de quatro em quatro anos.

Muito pior do que tudo isso, entretanto, é o fato da existência de uma infinidade de candidatos que nem de longe imaginam o que significa ser um vereador, por exemplo.

Dizem que é porque a democracia permite essa liberdade de ser!

Será mesmo?

Ou candidatos sem conhecimento são permitidos pra que os que conhecem os labirintos do chamado “poder”, possam dirigi-los à sua maneira e conforme os seus objetivos, caso eleitos?

Mas os tempos estão mudando e no mundo novo dos novos tempos só uma das duas situações a seguir, serão possíveis:

- Ou quem se decide pela função pública é capaz e é digno, ou

- ficará do lado de fora da festa, lamentando os porquês da sua inutilidade, das suas pretensões marotas e da ingenuidade que o levou a pensar que seria capaz de, pelo voto, garantir a boa vida sonhada e a escola de maus hábitos, como sói acontecer.

Nesse mundo novo dos novos tempos, não só na política haverá modificações, transformações, melhorias e aperfeiçoamentos.

Na Justiça também haverá e nela só os justos emprestarão seus labores à manutenção da paz e da ordem. Justamente pra que haja paz e haja ordem!

Os escritores da história então a escreverão com atitudes e letras em tudo merecedoras de respeito e de admiração.

No geral as pessoas estarão sintonizadas a comportamentos e sentimentos de alta frequência e isso permitirá muito mais liberdade de ação àqueles que desejarem exercer funções justas; especialmente na Justiça. O que hoje nem tem sido possível a todos os que procuram fazer assim.

Não obstante a grande expectativa resultante dessa transmutação social e comportamental que já se vislumbra sendo verdadeira no logo mais, hoje ainda há governantes que exercem suas funções como se estivessem gerenciando o seu patrimônio pessoal e não a coisa pública.

Mas esses também já estão sendo varridos da história. Como os cargos de confiança!

Quem gostaria de ocupar cargo de confiança de pessoa que não merece confiança?

Então não eleja e não reeleja quem não merece a tua!

O Brasil precisa de cada um de nós!

Se cada um de nós estiver disposto a participar da grande obra de reforma e transformação social, política e econômica, pelas vias da decência, da competência e da preocupação com as futuras gerações, obviamente!

O estrago da má política, causado ao Brasil entre 1985 e 2017, mostra a importância do voto de fato consciente!

Exerça o teu direito de eleitor com responsabilidade.

...

*Arquimedes Estrázulas Pires é só um cidadão brasileiro.


E-mail: estrazulas10@gmail.com
Twitter: @estrazulas10


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