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Genética política
14/09/2020

“Genética é a especialidade da biologia que estuda os genes, a hereditariedade, a variação dos organismos e a forma como estes transmitem as características biológicas de geração para geração”. [Wikipédia]

E os genes, segundo a mesma enciclopédia internética, são “a unidade fundamental da hereditariedade”.

Pais de aparência saudável dão origem a filhos de aparência idem.

Pais que – por exemplo – degeneram o próprio organismo pelo uso de substâncias nocivas e/ou de sentimentos sempre negativos, também podem gerar filhos com deformidades físicas, com distúrbios mentais, desequilíbrios emocionais e até com patologias de difícil identificação pela ciência.

Enfim, se a genética presume algum tipo de distúrbio de possível transmissão à descendência, nada estranho, portanto, se isso acontecer.

Parece ser o fundamento que deu origem à política partidária praticada no Brasil: Produziu gerações de figuras públicas portadoras de deformidades de caráter como em poucas nações do mundo sabe-se haver acontecido, muito embora seja absolutamente impossível não reconhecer e não registrar, no universo político, a importante e sempre indispensável presença das honrosas exceções, graças às quais a vaca ainda não optou pelo banho no brejo.

No Brasil há exemplos proporcionados – historicamente - por vereadores, prefeitos, deputados estaduais e federais, senadores, governadores e presidentes, que além de vergonhosos são medonhos.

Vergonhosos porque já houve um tempo em que as pessoas se esforçavam para realizar coisas que produzissem só efeitos dignos de aplauso. E porque a vergonha era uma característica limitante, dos maus atos. Mas a vergonha parece já não andar mais pelas mesmas estradas por onde anda a maioria dos políticos brasileiros.

Medonhos porque a desavergonhança continua metendo medo.

E com medo de serem catalogadas como aquelas outras, pessoas de bem sempre relutam em participar dos processos eleitorais e por consequência a genética política degenerada não se modifica e não se melhora.

De cada lote de mil candidatos em cada eleição, quantos serão de conduta ilibada e estarão lá objetivando purificar as lides partidárias e mostrar que estão dispostos a devolver ao Brasil a boa fama, a decência política, a competência gerencial e a ética no exercício de funções públicas conquistadas pelo voto popular?

Conhecidos os resultados de uma tal estatística – caso uma assim fosse feita! - será que o brasileiro ainda votaria em candidatos como tantos que continuam sendo campeões de votos, nos quase 6 mil municípios do Brasil?

A reeleição só tem contribuído com a revelação de péssimos políticos.

Muitos deles até se esforçam no primeiro mandato, pra garantir um segundo, um terceiro… E quando conseguem então jogam fora a fantasia de bons cordeiros e deixam que as aparências da alcateia a que pertencem se mostrem sem nenhum disfarce.

Uma lamentável realidade!

Bora combinar uma coisa?

Reeleição, de jeito nenhum! Quem ainda não se determinou a cumprir o que prometeu na última campanha, não se determinará agora a fazer isso. Não faz parte do seu “eu”.

Eleição?

Só se o candidato for recomendado pela sua conduta, abonado pela sua decência e amparado pelo seu bom caráter.

Ou isso ou… nada!

Façamos ouvidos moucos às promessas jamais cumpridas e - de olhos atentos - vamos exercer o nosso direito cidadão elegendo só aqueles candidatos que possam representar a indispensável renovação da genética política até aqui dominante.

A Terra da Nova Era – e nela o Brasil! - será perfeita em todos os sentidos. E nela então não haverá lugar para quem conspira contra a decência, pisoteia a competência, corrompe os bons costumes e relaxa sistematicamente no cumprimento do dever que voluntariamente assume.

Na Terra da Nova Era – e nela o Brasil! - nem mesmo a história mostrará as dismorfias da política partidária que nos dias de agora tanto envergonham nações e gentes.

...

*Arquimedes Estrázulas Pires é só um cidadão brasileiro.

E-mail: estrazulas10@gmail.com
Twitter: @estrazulas10


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