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TEMA LIVRE : Talvani Guedes da Fonseca
Com vocês, ¨Ciro do Pt¨
20/12/2005
Quase morri de rir, advogada, minha sobrinha comia pipoca e via o tele-jornal quando subitamente, suas bochechas estouraram numa gargalhada:
Ciro, o pequeno, porta-voz do “governo do Pt”?
Quá, quá, quá, Patrícia Pilar, mulher que dorme com ele ou dormia, porque com um cara desses, uma mulher linda daquela tinha mesmo é que dormir, deve estar envergonhada da culatra, do Ciro – digo, tiro – que saiu pela culatra.
E esse bravo rapaz, fundador da Arena/PDS jovem no Ceará, que chamava o barbudo de sério risco, agora vem e diz que o governo messiânico trabalhou mais do que o anterior, não disse se aqui ou na Malásia porque são os seguintes os dados do Brasil chega de palhaçada:
-- o mercado reduziu pela sétima semana consecutiva a sua projeção de crescimento neste ano, que deve ser de 2,48% — era 2,52% na semana passada.
-- o arrocho (arrecadação, aumento da carga tributária) em 2005 foi o maior desde 1999
-- o superávit primário, dinheiro economizado pelo setor público para pagar juro da dívida, deve fechar 2005 em 4,8% do Produto Interno Bruto, valor que supera a meta oficial, 4,25%, e os últimos indicadores do ano mostram entraves que vão além da política para a reeleição do messiânico, com o IBGE revelando que taxa de investimento no 3º trimestre caiu para 20,4% do PIB, o que não garante expansão futura da atividade e do emprego, dos dez milhões “não prometidos”, além do que, a CNA prevê recuo no agronegócio no ano e um 2006 ruim. Antônio Ernesto de Salvo, seu presidente, prevê que os dados do setor vão prejudicar o projeto reeleitoral do presidente nas eleições de 2006:
“Eu acredito que o resultado do agronegócio vai causar influência no processo eleitoral. Não vai dar para se eleger em cima dos números da agricultura. Tem que procurar outros”, ou seja, o messiânico não deve contar com setor para se eleger, e enquanto isso o emprego industrial fica estagnado, informa o IBGE e o juro alto faz dívida pública crescer R$ 150 bi, em 11 meses.
Na opinião do presidente da entidade, Antônio Ernesto de Salvo, os dados do setor vão prejudicar o projeto reeleitoral do presidente Lula nas eleições de 2006. “Eu acredito que o resultado do agronegócio vai causar influência no processo eleitoral. Não vai dar para se eleger em cima dos números da agricultura. Tem que procurar outros”.
Nos 11 primeiros meses de 2005, a dívida pública brasileira cresceu R$ 149,240 bilhões, segundo nota do Tesouro Nacional e do Banco Central.
Apenas entre outubro e novembro, a dívida do governo em títulos públicos subiu mais de R$ 22 bilhões (ou 2,4%), passando de R$ 937,34 bilhões para R$ 959,5 bilhões.
Parte desse aumento deve-se ao fato de as emissões terem superado os resgates de títulos em R$ 9,9 bilhões. O restante é o impacto que os juros têm sobre o estoque da dívida, mais da metade dele remunerado pela Selic, que na quarta-feira caiu para 18% ao ano.
Em termos reais, trata-se da maior taxa de juros do mundo.
...
*Talvani Guedes da Fonseca é jornalista, poeta e escritor norte-rio-grandense.
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Comentários dos Leitores
Os textos dos leitores são apresentados na ordem decrescente de data. As opiniões aqui reproduzidas não expressam necessariamente a opinião do site, sendo de responsabilidade de seus autores.
Comentário de Arquimedes Estrázulas Pires (arquimedes.pires@brturbo.com.br) Em 20/12/2005, 09h05 |
Que Santo Onofre nos proteja! 2 |
Só pra retificar aí em cima; fica assim:
¨saímos do caldeirão e caímos no fogo...¨
Brigado, povo! |
Comentário de Arquimedes Estrázulas Pires (arquimedes.pires@brturbo.com.br) Em 20/12/2005, 08h58 |
Que Santo Onofre nos proteja! |
É, porque só bêbado pra suportar as sandices do "tartaruga do poste" ou, se preferirem, cefalópode itinerante.
E depois diziam que FHC estava afundando o Brasil.
Por causa disso quase elegemos Ciro Presidente; saímos do caldeirão e saímos do fogo, seo Talvani! Infelizmente.
Haja fôlego! E paciência, né! |
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