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TEMA LIVRE : Talvani Guedes da Fonseca
O Haiti é aqui, sim
11/01/2006
Em fevereiro de 2004 o ex-padre Jean-Bertrand Aristide foi forçado por tropas imperialistas da França e Estados Unidos a deixar o país.
Defenestrado o presidente constitucional do Haiti, em ato repudiado pelo mundo e associação dos países do Caribe, JP foi enviado para a República Centro-Africana, aliada submissa dos norte-americanos, mas, o pior veio depois, para a surpresa geral, o governo messiânico acolheu prontamente o convite de George W(ar) Bush, para o Brasil, no exercício de um vergonhoso subimperialismo, coordenar a força internacional de ocupação daquele país, tomando o lugar das tropas imperialistas.
Bem feito, dois anos atrás, para parecer como ¨novidade¨ no cenário internacional, quando George W(ar) Bush invadiu o Haiti derrubou o presidente Jean-Baptiste Aristide, o e o messiânico ofereceu nossos jogadores numa “pelada” e soldados para garantir a ação imperialista. Manter soldados brasileiros no Haiti é desejo do messiânico, disse o ministro das Relações Exteriores e a nota emitida pelo governo brasileiro também faz menção a isso. Já há até nome escolhido para substituir o general no comando da força, mas o anúncio depende da ONU:
¨É uma desmoralização para nós, brasileiros¨, disse uma autoridade militar.
Quem mandou votar nessa “josta?”
A hipótese de suicídio para a morte do general Urano Bacellar, comandante das tropas da ONU no Haiti, ganha força, a suposição saiu da missão brasileira que chegou a Porto Príncipe para observar a investigação da ONU, mas o governo brasileiro enviou uma equipe a Porto Príncipe, para investigar as circunstâncias da morte do general comandante da força de paz da ONU no país, encontrado sábado com um tiro na boca no quarto do hotel em que morava.
A perícia da ONU concluiu que o general se suicidou, contudo, o “Zé bonitinho” do Itamaraty, ministro das Relações Exteriores brasileiro, considera ¨pouco provável¨ a hipótese de que o general Urano tenha suicidado.
De qualquer modo, a organização não governamental Justiça Global e pelo Programa de Direitos Humanos da Faculdade de Direito de Harvard considerou como ineficiente na promoção da estabilidade política e social no país, a missão de paz das Nações Unidas no Haiti, Minustah, liderada pelo Brasil. A situação no Haiti, principalmente na capital Porto Príncipe, é explosiva e é preciso redefinir a missão dos capacetes azuis da ONU - comandados pelo Brasil - para que se possa cumprir a lei no país, afirma um estudo do organismo independente International Crisis Group. Publicado esta semana, o informe destaca que a força de estabilização das Nações Unidas no Haiti, com seus 7.400 soldados de paz e policiais civis, conseguiu conter a violência, mesmo que o país ainda esteja submerso numa ´´profunda crise política, econômica e social´´.
Fala-se de um novo país, livre e soberano, sempre em crioulo, língua do povo, em contraposição ao francês, idioma oficial do governo e da imprensa, absolutamente incompreensível para 90% da população. Felizmente, o Ayiti popular continua vivo, contra o Haiti dominante. O ativista Camile Chalmers depõe:
“A força de Paz da ONU no Haiti, comandada pelo Brasil, não está ajudando a conquistar a efetiva democracia em seu país, o que vivemos em 2004 fez parte de uma manobra financiada pelos Estados Unidos para tentar influenciar o quadro político; foi uma tentativa de chantagear a população haitiana¨.
Resta-nos esperar o que dirá o senhor “Eu acho”.
Por falar nisso, eu acho que “Eu acho” tem que ficar até o último dia do mandato, para sumir e nunca mais imaginar-se estadista.
Vai, pista, chispa daqui, picareta ideológico, e volte a tomar seus porres de 51, desgraça nacional, para terminar seus dias em Brasília, sem mais estragos.
...
*Talvani Guedes da Fonseca é jornalista, escritor e poeta norte-rio-grandense.
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Comentários dos Leitores
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Comentário de Alaor Lopes (AlaorLopes2009@hotmail.com) Em 05/02/2010, 09h37 |
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estou tentando entrar em contato com o Sr. Augusto Bernardo Guedes da Fonseca, se puder me ajudar agradeço. |
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