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TEMA LIVRE : Montezuma Cruz
Governos investem R$ 7,1 mi para “vender” Amazônia
14/06/2006
Totalizou R$ 7,1 milhões, no ano passado, a promoção dos estados amazônicos em países estrangeiros, com verba descentralizada. Em 2004, esses serviços custaram R$ 4,2 milhões. Os números são do Ministério do Turismo. Estrangeiros gastaram no Brasil US$ 1,55 bilhão, nos quatro primeiros meses de 2006.
O Amazonas liderou a “venda”, com R$ 2,5 milhões. O Amapá ficou na rabeira, com R$ 239 mil, o Acre obteve R$ 308,8 mil, Rondônia R$ 319 mil, Roraima R$ 390,7 mil, Tocantins R$ 403 mil, Mato Grosso, R$ 727,9 mil, Maranhão R$ 994,8 mil, e o Pará R$ 1,1 milhão.
Segundo a Embratur, esse dinheiro é aplicado na captação, promoção e participação dos estados em eventos internacionais, nos quais se mostra o Brasil como destino.
Pífio
A Amazônia é hoje a segunda palavra mais conhecida no mundo, entretanto, apesar de todos os atrativos, ainda obtém “resultados pífios”. A observação foi feita esta semana pelo ministro do Turismo, Walfrido Mares Guia, durante depoimento na Comissão de Turismo e Desporto.
“É preciso avançar, porque na falta de alternativas como o turismo, são as atividades predatórias que avançam, exigindo do governo ações coercitivas nem sempre eficazes”, reconheceu Mares Guia. Ele entregou aos deputados um documento contendo números do setor e perspectivas para os próximos anos.
Dos R$ 77,5 milhões de convênios de infra-estrutura assinados entre 2004 e 2005, Mato Grosso lidera. Conseguiu empenhar R$ 18,7 mi, seguido pelo Amazonas, com R$ 14,6 mi, Pará, R$ 13,8 mi, e Roraima, R$ 9,5 mi. No biênio, houve um crescimento de 138,5% nos valores liberados.
Proecotur privilegia o Amazonas
Concebido para identificar e propor modelos alternativos para a região, o Programa de Desenvolvimento do Ecoturismo na Amazônia Legal (Proecotur), em parceria do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), previu, na sua fase I, estratégias para 14 dos 15 pólos turísticos, planos de manejo e de uso público de áreas protegidas, e obras de infra-estrutura nos estados.
O desembolso somou US$ 4,8 milhões, dos quais, US$ 3,4 milhões de empréstimo do BID e US$ 1,4 milhão de contrapartida, do Orçamento Geral da União. Novamente, o Amazonas está na frente, com 552,4 mil dólares, seguido pelo Tocantins, US$ 422,1 mil, e por Rondônia, US$ 300,6 mil.
Apoio holandês
O Fundo Holandês de Investimentos para o planejamento e gestão de recursos sólidos apoiou ações do Proecotur executadas diretamente pelo Ministério do Meio Ambiente em nove municípios indicados pelos estados.
O Amapá foi o maior beneficiado, com R$ 390 mil. Em seguida alinham-se: Rondônia, R$ 352 mil, Roraima, R$ 302,8 mil, Amazonas, R$ 255,3 mil, Tocantins, R$ 262 mil, Mato Grosso, R$ 248,4 mil, Maranhão, R$ 244,4 mil, Pará, R$ 211 mil, e Acre, R$ 163,5 mil.
Dois estudos elaborados na fase I subsidiam a fase II do Proecotur: Mercado Turístico Nacional e Internacional; e Elaboração da Estratégia de Desenvolvimento do Turismo Sustentável da Amazônia. Os estados deverão se esforçar para captar os recursos externos necessários à fase II. A contrapartida complementar fica para o governo federal.
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*Montezuma Cruz é Repórter da Editoria Cidades do Jornal de Brasília, Editor de Conteúdo da agência Kaxiana e colaborador estatutário e compulsório do Saite Bão.
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