TEMA LIVRE : Serafim Praia Grande

O negócio é confundir
10/08/2006

¨Expressão bovina¨ foi o mínimo que estes ouvidos que a poluição há de carcomer captaram sobre a participação do Alkimista no Jornal Transacional, do William e da Fátima, o Casal Trigêmeos.

Muito bem aplicado.

Tomando cafezinho na rua, abraçando criancinhas (argh!), com capacete de peão de obra, discursando ou mijando, é sempre a mesma cara inexpressiva, dura, sem emoção. Um papagaio careca a discursar sempre a mesma lenga-lenga marquetêira, como se explicasse o Sermão da Montanha para caprinos. Picolé de chuchu sem açúcar!

São canastrões da política, dos quais temos similares genéricos por aqui, aos montes.

Daí vem a queda nas pesquisas, porque o que vale é a imagem que passa, e essa tá comprometida definitivamente por um sujeito ultrapassado, sem direção, que ainda quer coroar suas declarações com bazófias típicas de moleques bêbados em pracinhas do interior:

¨Não pensem esses bandidos que tenho medo de cara feia!¨

Nossa, que macho!!!

Cara-a-cara com o Marcola, eu acho que ele borrava a ceroula. E você, o que pensa disso? Cartas para a redação, qualquer uma delas.

Em seguida, no mesmo noticioso globalizado, tivemos a Santinha Nervosa. Olha, nunca vi nada mais parecido com o PT de ontem do que o PSOL de hoje. Parafraseando um suplente de senador que pode a qualquer hora ter que assumir o cargo em Brasília, é tudo ¨farinha do mesmo saco¨.

Haja... saco!

Em verdade, todos estão procurando um discurso excludente, que os distancie do lamaçal mensaleiro, sanguessugueiro, que se alastra pelo país. Mas tá bem difícil de engolir essas posturas messiânicas, esses discursos encomendados, essas conversas cheias de maneirismos e santidades.

O Alkimista pensa que tá brincando de caubói com os coleguinhas de sala e a Santinha incorporou um Antonio Conselheiro ao molho de pimenta, afirmando que aquilo que prega não é o que fará, o que, por si só, encerra a discussão de vez. Diz que não vende ilusões mas aluga bem baratinho, né?

Mais engraçado do que isso só mesmo aqueles dois patetas de partidecos inexpressivos fazendo campanha na esquina, visitando os cumpadres e deitando falação pra aparecer na mídia nacional e inflar os egos combalidos à custa da nossa paciência. Afinal, essa tal democracia tem suas agruras, e essas são das mais leves.

Pra sair um pouco dessa trilha escorregadia, que tal olharmos com certa benevolência praquele veículo do JN percorrendo o país? Pedro Bial, o poeta da Copa, o globete da hora, está em clima de big-brother percorrendo o Brasil como se isso aqui fosse a Ilha da Fantasia, num easy-rider caboclo que merece apenas um adjetivo: ridículo.

Pois é, e tem gente que acha que a ficção imita a realidade...

...

*Serafim Praia Grande é sócio-atreta da Equipe Olímpica do Grupo Fazendas Reunidas Enterprise, Broadcasting & Corporation

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