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CURTO & GROSSO
Edição de 31/08/2005
Marcos Antonio Moreira -- fazperereca@yahoo.com.br
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Patrocínio das estatais Petrobrás, Correios, Banco do Brasil e CEF, entre outros prometidos pelo deputado federal Pedro Henry, por razões óbvias, acabaram micando, o que complicou a vida dos organizadores do Festival Internacional de Pesca de Cáceres.
Também por conta do inferno astral vivenciado pelo parlamentar, as igualmente prometidas obras de recuperação da Baía do Malheiros, cartão postal da cidade, também ficaram no discurso.
Enquanto isto, na Capital, para complicar as coisas, a secretária de Turismo, Yêda Marli de Oliveira – indicada pelo ex-líder do PP – anda tomando chá-de-cadeira até do “colega” Zé Veneno, quando tenta viabilizar na Secom a divulgação do evento.
Entrada franca na Secom, agora, só para o marqueteiro às avessas “Ana” Maria Leite – aquele mesmo que encerrou a carreira do “invencível” Júlio Campos, em 98; do “imbatível” Dândi Oliveira, em 2002 e, mais recentemente, em 2004, do garboso infante Campos Neto, em Várzea Grande e do pastor-marreteiro, em Cuiabá.
“Ana” Maria, que é sócio da produtora Baticum, foi contratado por Zé Veneno para digitalizar o acervo de imagens da Turma da Botina.
Por falar em divulgação...
Na cidade está proibido, mas o Centro Político-Administrativo é território livre para a colocação de faixas com mensagens comerciais e, sobretudo, de louvor a Soja Majestade.
Entenda o caso:
A empresa Monza Veículos – que é fornecedora e uma espécie de ¨oficina única¨ da Secretaria Estadual de Educação --, por exemplo, aproveita o espaço aéreo para oferecer os últimos modelos aos servidores do Executivo, Judiciário e Legislativo...
...Enquanto seres não identificados fazem questão de externar seus sinceros e comovidos agradecimentos ao governador pela “doação” do antigo prédio da Assembléia Legislativa para a Câmara Municipal de Cuiabá.
Garimpo triste!
Ah, antes que me esqueça!
Pessoal da Oficina Única garantiu que no dia 19 de novembro, sem falta – ou seja: 24 horas antes da partida da mega-expedição estradeiro organizada pelo SuperSiteGood para convidados VIPs – o ônibus super-ultra-plus vai estar nos trinques para a longa viagem Cuiabá/Santarém, para prestigiar a grande festa de inauguração do asfalto na BR-163, segundo também garantiu o ministro Ciro Gomes – o “Gostosão da Caatinga”...
...“Se não houver nenhum imprevisto”, claro.
Meu Rei conseguiu ontem, em Brasília, “arrancar” do presidente nacional do PPS “autonomia para trabalhar alianças, de acordo com o que permite a legislação eleitoral”.
E o que diz a legislação eleitoral?
Reserva ao diretório nacional o direito de intervir nos diretórios estaduais, a qualquer tempo e, mantido o instituto da verticalização, impor o alinhamento automático, nos Estados, das coligações costuradas em termos nacionais, para a disputa pela presidência.
Resumo da ópera:
Se permanecer no PPS, como disse, Soja Majestade terá de se contentar em ver em seu palanque os mesmos partidinhos que vão apoiar a candidatura de Roberto Freire à presidência em 2006.
Então, mermão, bye-bye PFL de Jota Veríssimo -- que terá candidatura própria ao Planalto ou vai se coligar com o PSDB...
Bye-bye PMDB de Carlos Bezerra – que troca a candidatura de Garotinho ou de qualquer outro pela indicação do vice de Lula...
Bye-bye PP de Pedro Henry -- que não vai nem tem como desgrudar do PT...
Bye-bye PL de Welington Fagundes – que, mesmo perdendo o vice, fica com o companheiro Lula...
Bye-bye PTB de Ricarte de Freitas – que não larga das tetas da Viúva nem em artigo de morte...
...E bye-bye PT de Alexandre César, Carlos Abicalil, Ságuas Moraes e outros menos votados.
Aproveitando a balada:
O cenário descrito acima é necessariamente ruim para o projeto de reeleição de Soja Majestade?
Well...
Conforme dissemos, até 2006 tem chão, mas considerando o prontuário, digo, o patrasmente das citadas figuras, que controlam as siglas mas não o eleitorado, no fundo é até bom.
Objetivamente, o grande adversário de “Meu Rei”, hoje, é ele mesmo.
Por falar em adversário dele mesmo...
Neo-mega-ambientalista Blairo Maggi fez uma palestra sobre “Responsabilidade Ambiental”...
Tá bom...
Quá-quá-rá-quá-quá!
-- Quem riu?
Quá-quá-rá-quá-quá!
-- Fui eu!
Well...
Continuando...
Estamos falando sério, gentes?!!!
Pois é...
No último dia 26, Soja Majestade fez uma palestra sobre “Responsabilidade Ambiental”, na Bienal da Agricultura, em Cuiabá...
Por outra:
No último dia 26, Soja Majestade leu uma palestra sobre “Responsabilidade Ambiental”, na Bienal da Agricultura, em Cuiabá, ocasião em que repetiu seu bordão predileto:
-- Depois de destruir as florestas dos Estados Unidos e da Europa, esses gringos não têm autoridade pra dar lição de moral pra seo ninguém!
Só faltou mostrar aquelas transparências com fotos do rio Mississipi, que o curioso secretário Cloves Vettor-ato não empresta pra ninguém – nem pro “Meu Rei”.
Coincidentemente, seguiu-se palestra de um gringo, Daniel Nepstad, da ONG Ipam – Instituto de Pesquisa da Amazônia, que falou das “Vantagens da Certificação Ambiental” e – acredite! -- concordou em gênero, número e grau com Soja Majestade.
Não é mesmo de ficar pasmo?
Seria.
Seria, não fosse o fato de a ONG de mister Daniel Nepstad ter um contrato com o Grupo Amaggi para cuidar da certificação ambiental da Fazenda Ronuro e também pelo fato de ter sua ONG recomendada pelo governador-empresário Blairo Maggi a outros 500 produtores de soja.
O terceiro palestrante do dia, Ocimar Vilela -- depois de concordar com Maggi e com o gringo que o antecederam --, fez uma explanação sobre “Aplicações Práticas dos Conceitos de Gestão Ambiental”.
Para quem não ligou o nome à pessoa, Ocimar Vilela é Diretor de Meio Ambiente do Grupo Amaggi, que também dirige uma ONG que, por coincidência, tem assento no Conselho Estadual de Meio Ambiente – Consema, o mesmo que vai -- ou iria -- decidir sobre a Usina da Morte, no Aripuanã. (Leia mais a respeito na coluna Críticas Construtivas).
Trocando em miúdos:
Essa Bienal -- que terminou com uma palestra do ministro da Agricultura defendendo os transgênicos – para quem ainda tinha alguma, não deixou margens para dúvidas:
“Meu Rei” virou um baita ambientalista, mas de araque.
Bem a propósito -- 1:
Estamos com uma nova enquete na página inicial.
Vôte!
Bem a propósito – 2:
No que depender da “Valorosa” – honrosa exceção feita à Folha do Estado --, informações sobre o monstruoso crime ambiental que representa a construção da Usina da Morte, no Salto Dardanelos, no Aripuanã, só depois que sair no site da Secom, ou seja: nunca.
Tá tudo dominado!
Aproveitando a balada:
Folha do Estado sugere ao prefeito Wilson Santos “estudar a possibilidade de transformar os chafarizes das praças Alencastro e Ipiranga em grandes umidificadores de ar”.
Iguais aqueles que tem no Choppão?
KKKK!!!
Imprensa Oficial brasileira conversará com Blairo Maggi sobre extinção da Iomat...
Well...
Em um longo tratado, já comentamos aqui a respeito do que está por trás dessa estória.
Aí tem!
Ah, se tem!
Por falar em imprensa oficial, aí tem etc e tal...
Estranho, muito estranho o tal informe publicitário encartado na revista Veja.
Traz anúncios da Secretaria de Educação e da Gráfica Genus...
Pagaram?
Não pagaram?
Se pagaram, quanto pagaram?
Se não pagaram, por que não veicular anúncios de outros fornecedores ou até não fornecedores?
Por que só a Seduc?
Por que só a Genus?
Bem cá entre nós...
Aquele precinho de 28 mil reais...
Francamente!...
Não cola nem com super-bond.
Aí tem!
Ah, se tem!
Novo presidente do diretório regional do PSDB, senador Pés de Barro – aquele que mente até sob juramento --, “elegeu” a política social e ambiental de “Meu Rei” como saco de pancadas.
Aliás, já está providenciando uma reunião com os novos ricos da tucanalha nas mansões construídas ilegalmente sobre a lâmina dágua da Baía de Siá Mariana, no Pantanal de Melgaço, para discutir a estratégia que vão usar para atacar a política ambiental de Soja Majestade.
Tucanalha, contudo, estará proibida de fazer qualquer menção à Usina da Morte, da generosa empreiteira-amiga Norberto Odebrecht, porque se trata de uma ¨questão de interesse nacional¨, claro.
Enquanto isto, a ex-primeira-dama e até 2006 deputada federal Thelma “Amélia” Pimentel reúne as amigas em sua hollywoodiana chácara, em Chapada, para juntar amarelados recortes das colunas de Fernando Baracat, Thamires Ferreira, Robson Mattos, Carlinhos Corrêa da Costa e Jejé de Oyá, para -- entre um suspiro de saudade e outro dos ¨bons tempos¨ da Era Dantesca --, provar que Terezinha Maggi não é páreo na área ¨social¨.
Ninguém merece!
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