Nos últimos 35 anos, todos os vices-governadores que assumiram mandato-tampão, em razão da desincompatibilização do titular para disputar o Senado ou a Câmara Federal, primaram pela discrição.
O pantaneiro Cássio "Capivara" Leite de Barros, vice de Garcia Neto -- que saiu para disputar o Senado em 78 -- e primeiro governador de Mato Grosso dividido, conseguiu algo notável: deixar o Palácio Paiaguás respeitado e admirado por cuiabanos e mato-grossenses, embora corumbaense, ou seja, com domicílio eleitoral no recém criado Estado de Mato Grosso do Sul. Foi um diplomata.
Vilmar Peres de Farias, vice de Júlio Campos -- que deixou o governo para disputar a Câmara Federal, em 86 -- cumpriu o tempo de mandato que herdou sem maiores turbulências, o que ajudar a conter as animosidades politico-partidárias em época de campanha.
Édson "Ultraleve" de Freitas, vice de Carlos Bezerra -- que saiu para tentar o Senado, em 92 -- um homem sem papas na língua --, também procurou controlar seu temperamento e, até o acidente aéreo que levou a seu afastamento nos últimos dias de governo, cumpriu com galhardia seu papel, sem jamais transigir no tocante à liturgia do cargo.
Rogério Sales, vice no segundo mandato de Dante de Oliveira -- que disputou e perdeu o Senado, na eleição de 2002 --, embora em meio às turbulências típicas do período eleitoral, agiu com prudência e tino de magistrado.
Silval Barbosa, vice no segundo mandato de Blairo Maggi -- que deixou o cargo em abril passado para tentar o Senado em outubro vindouro --, é o primeiro, desde a aprovação do instituto da reeleição, em 2001, a tentar permanecer à frente do Executivo estadual ou seja, é parte interessada e comprometida no processo, daí as nuvens carregadas a tisnar o horizonte poltíco-partidário.
É um direito que lhe assiste tentar continuar, porém -- sempre tem um "porém" -- deixou-se enlear tanto pelo ex-titular, a ponto de, além de não imprimir uma marca própria em seu curto período de governo, para a opinião pública passa a impressão de que quem ainda governa é o antecessor e ele apenas assina a papelama.
O "melhor" de tudo:
Manteve -- e mantém -- em cargo nevrálgico, a Casa Civil, uma das figurinhas mais pernósticas e desagregadoras que apareceu na administração pública estadual desde 1719, o (ainda?!!!) secretário Éder Moraes Dias, que antes surtava apenas na lua cheia e, agora, em todas as fases do zodíaco.
Foi "graças" aos desatinos do referido bípede na Secretaria Estadual de Fazenda, que houve o racha no PR e o surgimento e fortalecimento da "Terceira Via" e, também por conta de seu vedetismo na Casa Civil -- acha enfadonho atender deputado da base governista -- está provocando novo cisma, desta feita na Assembléia Legislativa.
Well...
Se Soja Majestade -- conforme vimos ontem -- tinha lá suas razões para aguentar os faniquitos do tipinho, o mesmo não ocorre -- ou não deveria ocorrer -- com Silval Barbosa. A menos que se contente em fazer o papel de boneco de ventríloquo.
Mato Grosso não merece isto.
É o nosso parecer.
E ficam revogadas todas as disposições
-- e indisposições, em sentido contrário.
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Comentário de Petrucio Lima (pplima@hotmail.com) Em 11/07/2010, 06h27
Na Sema também
O atual governante alem de não ter marca própria os seus secretários fazem questão de avisar do continuísmo mesmo que ele seja nefasto como na Sema com o coronel a jato, sem ser aviador, que manteve a mesma gang que perdeu um dos lideres quando a PF agiu mais deixou outro líder do mal o despreparado 15 classificado no concurso do estado Salatiel, que esta a espera da mesma PF que já o ouviu. Silval aproveita seus cinco minutos de fama e deixe uma boa imagem do que vc acha q sabe. Falta pouco pra esses sanguessugas fazerem o mesmo que o Vilceu sumir em uma fazenda no Pantanal como a Juma sem ser um bagua.
O líder democrata e senador Jayme Campos (DEM) promoveu ontem uma reunião com lideranças do seu partido, do PSDB e PTB, em Várzea Grande, seu principal reduto eleitoral. Pelo menos na banda de lá, JC quer unidade total -- informa e komenta edição deste sábado do jornal "Diário de Cuiabá".
Well...
E aquela reunião-monstra com todos os senadores e deputados federais do PSDB/Demo/PTB do Centro-Oeste? Afinal, Jotaverissimossaurus, segundo a "valorosa", foi eleito "coordenador"...
Tá bão... Disfarça!
Agora, falando sério, amor:
Se a "unidade total" no antigo Reino Encantado de Vadjú for a mesma que o cacique do "Demo" -- aquele que é mais falso que "talba" de andaime -- conseguiu na eleição municipal de 2008, o candidatinho mentiroso militante e caloteiro praticante tá pica do saci.
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Comentário de Morena Branca do Araguaia (morenabrancadoaraguaia@hotmail.com) Em 10/07/2010, 19h44
Isso Mesmo,12.555
Vila,já tem colunista de site concorrente dizendo q vc colocou a nossa musa 2010 só pra aumentar a sua audiência.
Olha a inveja
12555 neles
"Um operário, diante de um patrão reacionário, não se mobiliza. Com Dilma, nossa base social perceberá que vale a pena se mobilizar, que poderemos avançar, fazendo mais ocupações e mais greves", explica o mais influente dirigente do Movimento dos Sem-Terra, João Pedro Stédile, em entrevista à Agência Reuters.
As maternidades e hospitais públicos do país vão ser obrigados a realizar, gratuitamente, o chamado "teste da orelhinha" nos bebês recém-nascidos, para avaliar se o bebê apresenta perda auditiva.
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Comentário de mario ney (marioney450@hotmail.com) Em 10/07/2010, 07h57
que m
Este é de longe, o pior post do blog, vai ser difícil superar, e não é por falta de "inspiração" na política, sociedade, e ocorrência policiais locais, lamentável
A cantoria dos muitos galos espalhados por toda a cidade, se intensifica na madrugadinha, ante-véspera do clarear do dia, tal qual apoteose de um “Bolero de Ravel” natural. Isto quer dizer que Pirenópolis tem quintais, alguns dos quais ainda amplos e plenos de frutos, flores e sombra e que resistem à gula capitaleira, sempre avassaladora, da pressão imobiliária!
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Comentário de Carlao (carlaopsilva@yahoo.com.br) Em 10/07/2010, 11h07
Mapa da Mina
As torres gêmeas apareceram. Tão faltando a urna e o cofrinho. Vai por capítulos? Uau!!
Comentário de Kamarada (mederovsk@gmail.com) Em 10/07/2010, 07h57
Não deveria haver nenhuma dúvida com relação aos dispositivos da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) -- em vigor há pouco mais de dez anos, com resultados muito positivos para a gestão do dinheiro público -- que fixam um limite para as despesas com pessoal nos três níveis de governo e determinam como esses gastos serão repartidos pelos Três Poderes e pelo Ministério Público.
Mas muitos administradores públicos estão transformando o limite máximo numa espécie de autorização prévia para gastar mais. E essa forma peculiar de interpretação dos limites impostos pela LRF é utilizada até pelas principais autoridades do Poder Judiciário.