CURTO & GROSSO

Edição de 24/09/2012

Marcos Antonio Moreira - fazperereca@yahoo.com.br

Todo mundo sabe de cor ou tem anotado o número 192 do Serviço de Atendimento Médico de Urgência. Em casos de acidente ou de mal-súbito, em minutos, uma simples ligação garante ao trabalhador o mesmo direito que tem o presidiário no Pronto Socorro: atendimento imediato.

Se o suplicante chegar ao PSM por quaisquer outros meios, o atendimento demora horas, dias, semanas e até meses, enquanto agoniza pelos corredores -- isto se não morrer antes abraçado a um mandado judicial, claro.

Os médicos e paramédicos do Samu trabalham por amor à vida, indepedente da condição social do paciente. Em contrapartida têm o carinho, o respeito e a confiança irrestrita de toda a população, porque a bugrada sabe que pode contar com esses nossos anjos da guarda as 24 horas do dia e os 365 dias do ano.

Por conta de alguma tara ainda não catalogada e numerada no Código Internacional de Doenças, o esse-lentíssimo desgovernador Silval Cunha Barbosa, além de não fazer porra nenhuma -- a não ser mentir e dar calote na praça -- decidiu privatizar e entregar o Samu a uma dessas cavernosas OSs, frequentadoras assíduas das páginas policiais.

O resultado é previsível: a qualidade do único serviço da saúde pública que ainda funciona irá desabar.

O tempo entre a chamada e o atendimento, que na Capital e cidades-polo é de, no máximo, 15 minutos, inexoravelmente vai aumentar; o salário de médicos e paramédicos reduzido e os veículos sucateados -- logo-logo veremos pacientes em carne viva ajudando empurrar ambulâncias do Samu e/ou seus parentes fazendo vaquinha para abastecer a viatura -- porque as OSs têm um só compromisso: o lucro e foda-se o PTB!

Neste batidão, com o fim do Samu criminosamente perpetrado pelo esse-lentíssimo, o atendimento no PSM será único e exclusivo da companheirada bandidada, que sempre esteve "automaticamente alinhada" ou "em sintonia" com os petralhas.

Porém -- sempre tem um "porém" -- esta não será a derradeira investida do senhor Silval Cunha Barbosa contra a vida do povo: a pá de cal será a privatização do Hemocentro, conforme veremos amanhã.

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"Governo inaugura duas cadeias no interior na 2ª" -- informa reportagem do jornal daquele grupo de comunicação que já "capeturou" seu milionário "legado antecipado" da Copa.

2 - "MT Saúde - Servidores acionam Justiça para garantir atendimento - Rede credenciada garante que atendimento só será reestabelecido após pagamento de toda a dívida" -- informa reportagem do saite "MidiaNews".

3 - "Quem tem medo do mensalão?" -- indaga a koluna "Pikante" do saite "Olhar Direto".

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Em 1947, Victor Nunes Leal defendeu a tese que viraria "Coronelismo, enxada e voto", o clássico sobre as relações de poder no Brasil rural. Nesses 65 anos, o país mudou e se tornou 85% urbano. Mas o livro de Nunes Leal continua útil para compreender as eleições municipais de hoje.

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Time alvinegro enfrentará ou o representante africano, ou o campeão japonês, ou o Auckland City, clube neozelandês representante da Oceania.

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Comentários dos Leitores
Os textos dos leitores são apresentados na ordem decrescente de data. As opiniões aqui reproduzidas não expressam necessariamente a opinião do site, sendo de responsabilidade de seus autores.

A cada leitura que faço de notícias sobre tensões entre agricultura e indústria, lembro-me de Ray Goldberg. Foi o octogenário professor de Harvard que motivou o estudo da agricultura não como um setor isolado, mas conectado aos demais setores da economia. Parece óbvio, mas, na prática, está longe de sê-lo.

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O julgamento do mensalão e as reações partidárias estão expondo diferentes acepções da democracia. Uns e outros defendem ou reclamam de determinados procedimentos jurídicos e até de coberturas midiáticas e jornalísticas em nome da democracia. Não fica muito claro, contudo, de qual democracia se está falando.

De um lado, o Supremo Tribunal Federal está dando uma rara demonstração de instituição que não se curva nem ao Poder Executivo, nem ao Legislativo, nem, sobretudo, a injunções partidárias.

De outro, existem dirigentes partidários que não apenas haviam apostado tudo na impunidade, mas, principalmente, atribuíam às urnas uma espécie de poder divino, o de absolvê-los.

Traços totalitários se encontram em declarações de certos dirigentes petistas. O mais relevante deles é o de que "o povo julga" por intermédio das eleições.

O povo, manifestando-se em eleições, teria um poder ilimitado, que não poderia, então, ser limitado por instituições, dentre as quais o Supremo.

Meliantes políticos teriam, dessa maneira, uma espécie de salvo-conduto para a criminalidade, comportando-se como se punições não os pudessem alcançar.

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