CURTO & GROSSO

Edição de 28/11/2016

Marcos Antonio Moreira - fazperereca@yahoo.com.br

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Desde 2011, quando o compañero-ditador Fidel Castro foi democraticamente substituído pelo irmão Raúl, a compra e a venda de imóveis foi facilitada em Cuba, "pero no mucho".

Um apartamento de dois quartos sai por 15.000 cucs, a moeda conversível para turistas que quase equivale ao dólar. Em moeda brasileira, o montante daria cerca de 50.000 reais.

Apesar da pechincha, as regras são muito rígidas, o que dificulta a compra por estrangeiros. Os apartamentos só podem ser vendidos para alguém com documento de residência na ilha.

Os corretores se oferecem para resolver isso com um casamento arrumado. Por mais 4.000 cucs (14.000 reais), uma cubana sobe ao altar, "sin perder la ternura jamás".

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Há 35 partidos políticos registrados no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e outros 31 aguardam registro.

Mas há quem não veja problema em acrescentar mais um punhado de letras a este já inextricável aglomerado de siglas desprovidas de sentido programático, movidas tão somente pelo interesse no bilionário Fundo Partidário e nas negociatas do tempo de rádio e TV no horário eleitoral gratuito.

Dissidentes do PT, junto com membros do PSOL e do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST), articulam a criação de um novo partido de esquerda.

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Os dados do Tribunal Superior Eleitoral colidem com os argumentos da defesa do presidente Michel Temer contra o pedido de cassação da chapa protocolado pelo PSDB.

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O novo está sendo gestado. Mas os primeiros sinais do seu possível nascimento bastaram para fazer o velho Brasil do compadrio e da corrupção estrebuchar na maca em desespero e desatar no choro dentro de presídios.

O mundo despediu-se de fato do século XX com a morte de Fidel Castro. Por aqui, em matéria de maus costumes políticos, o século passado ainda suspira e ameaça abortar o que se anuncia.

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Algumas reações eram óbvias. O PT, que reiteradamente pronuncia-se em favor do descalabro econômico e humanitário na Venezuela chavista, naturalmente afirmou em nota oficial que o “comandante” foi líder de revolução por “justiça social”; o ex-presidente Lula da Silva pranteou o ditador classificando-o como o “maior de todos os latino-americanos”; o Partido do Socialismo e Liberdade (PSOL), que até delegações mandou para apoiar o chavista Nicolás Maduro na fraudulenta eleição venezuelana de 2014, referiu-se ao homem diretamente responsável pela morte de dezenas de milhares de opositores políticos como “defensor da paz mundial” e “exemplo” para todas as gerações.

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Para reforçar a ideia de que age com lisura, Michel Temer anunciou em coletiva que pensa em passar a gravar todas as conversas realizadas no gabinete da Presidência.

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