Ainda que o magistrado venha a condenar Lula, os que esperam a decretação de sua prisão não devem ficar animados: certamente seria solto por um habeas corpus.
Foram quase seis anos -- de 26 de novembro de 2011 até ontem, 10 de julho 2017 -- quando, com os desmentidos de praxe, nos recuerdos que levantamos aqui, aqui, aqui, aqui, aqui, aqui, aqui e aqui, óh!, a verdade apareceu com toda a sua crueza: o ainda (?!!!) miministro Blairo Borges Maggi nhapou o Erário, apesar de bilionário em dólares.
O escopo sempre foi dos mais nobres, como convém a um "Rei da Soja": turbinar a própria eleição para o Senado, a reeleição do vice em exercício Silval Cunha Barbosa, garantir maioria da bancada lambe-cu na Assembleia e no Congresso e, claro, manter a mídia amestrada sob cabresto curto como atesta o obsequioso silêncio dos filhos da pauta todo tempo.
O santinho do pau oco -- aquele mesmo que passou a perna na Padroeira -- agora tenta desqualificar este segredo público, pelo menos para os e-leitores daquele saite que só serve para tumultuar o processo, alegando ser invenção de um delator, o ex-deputado José Geraldo Riva, que nos últimos 20 anos deu as cartas e jogava de mão na AL/MT.
Ora, ora, ora... O "Baixinho" pode até ser chamado de ladrão, porém não de burro. Todas as revelações que fez à Procuradoria Geral da República devem ser comprovadas por documentos, sob pena de voltar para o xilindró, sem regalias -- hoje está em casa monitorado por tornozeleira eletrônica, depenado da fortuna que amealhou.
O melhor, sem aspas, de tudo: o herdeirinho mimadinho do Vale do Rio Bostinha não tem como optar pela delação premiada, pois é o "cappo" da organização criminosa que se instalou no Paiaguás a 1º de janeiro de 2003 e que durou exatos 12 anos. O sucessor garimpeirão lombrosiano nada mais era que um "picuá-preso" do esquema de pilhagem.
Não estranhem, portanto, minha queridíssima comadre, meu estimado compadre, a nossa fiel e-leitora, o zeloso e-leitor, autoridades civis, militares, eclesiásticas, pessoas gradas e nosso pooovo em geral se o suplente do elemento destinar recursos de emenda parlamentar para ampla reforma na penitenciária de segurança máxima da Mata Grande.
Pois é... Chegou falando em "quebrar paradigmas"
mas acabou quebrando o Estado e a cara de tacho.
Bá! Servicinho demais de asseado
esse de Nossa Senhora, ô vivente!
Tal qual câncer na próstata, a corrupção ataca em silêncio, no escuro, instala-se, lança raízes e, durante a fase inicial, é raro provocar desconforto ou dor.
É triste, mas verdadeiro, o eleitor brasileiro não tem um candidato a presidente da república ficha limpa em 2018. Os nomes postos aí, os mais notáveis, estão sujos da lama da Lava Jato.
Segundo uma fonte que acompanha as conversas, o Cambuhy e a Itaúsa teriam oferecido inicialmente entre R$ 3,3 bilhões e R$ 3,5 bilhões pelos 86% das ações ordinárias que a J&F detém da Alpargatas.
Mas, questionando os resultados recentes da Alpargatas, os compradores queriam pagar menos.
Dos presidentes eleitos, desde a redemocratização, somente dois conseguiram passaram a faixa ao sucessor. A crise de legitimidade que está aí é obra dos próprios políticos.