A declaração foi dada quando o presidente deixava o Palácio da Alvorada, para participar de uma festa junina no Clube da Marinha.
Bolsonaro foi questionado sobre as declarações do papa Francisco que, mais cedo, disse que a Floresta Amazônica sofre com uma mentalidade cega e destruidora que favorece o lucro.
Na quinta-feira 4, Bolsonaro já havia criticado supostas tentativas estrangeiras de interferir na polÃtica ambiental brasileira. O presidente afirmou que Alemanha e França não têm “autoridade para discutir questão ambientalâ€.
Segundo ele, durante a reunião de cúpula do G20, no Japão, ele convidou o presidente francês Emmanuel Macron e a chanceler alemã Angela Merkel para sobrevoar a Amazônia.
“Se eles encontrarem um km² de desmatamento entre Boa Vista e Manaus, concordaria com eles na questão ambiental. Sobrevoei a Europa, já por duas vezes, e não encontrei um km² de florestaâ€, afirmou.
“Diante disso, Merkel e Macron não têm autoridade para discutir questão ambiental com o Brasilâ€, completou o presidente.
Antes da reunião de cúpula do G20, Angela Merkel reprovou as polÃticas ambientais do governo brasileiro e afirmou que desejava ter uma “discussão clara†com Bolsonaro. Em resposta, o presidente disse que os alemães “têm a aprender muito conoscoâ€.
A questão tem gerado impasse na Casa, sendo que Bolsonaro vem se posicionando a favor de regras mais brandas de transição para os policiais.
Bolsonaro foi questionado por jornalistas sobre os motivos de defender os policiais na reforma. Em um primeiro momento, o presidente afirmou apenas que “a bola está com o Parlamentoâ€.
Na sequência, ele foi questionado sobre por que motivo a categoria dos professores não recebeu a mesma defesa.
“Todo mundo vai ter que dar sua cota de contribuição, uns mais, outros menosâ€, respondeu Bolsonaro.
“Costumo dizer que certas carreiras, como a dos policiais, são tão boas que a gente não vê nenhum parlamentar, nenhum empresário, com filho lá, nessa carreiraâ€, ironizou o presidente na sequência.
Bolsonaro qualificou ainda o pleito dos policiais federais e rodoviários federais na reforma como uma “pequena questão a se acertarâ€.
A proposta de reforma aprovada na comissão especial da Câmara prevê pedágio de 100% sobre o tempo que ainda falta para os trabalhadores se aposentarem, no caso daqueles que estão próximos da aposentadoria.
Os policiais federais são contrários a este pedágio de 100% e vinham defendendo um porcentual de 17% para a categoria – o mesmo proposto para os militares, em projeto que está parado na Câmara.
No inÃcio da tarde deste sábado, após reunião com lÃderes partidários em sua residência oficial, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), colocou-se a favor do pedágio de 100%.
Segundo ele, caso uma categoria seja beneficiada em detrimento de outras, o processo de votação da reforma nesta semana, no plenário da Câmara, pode se desorganizar.