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CPI dos Sanguessugas tem provas contundentes contra 80%
25/07/2006 - Agência Estado

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Sanguessugas tem provas contundentes contra 80% dos 112 parlamentares acusados de envolvimento com a máfia das ambulâncias. A afirmação é do vice-presidente da CPI, deputado Raul Jungmann (PPS-PE), ao informar que a comissão parlamentar notificará todos os congressistas suspeitos de participar do esquema de apresentação de emendas ao Orçamento para compra a superfaturada de ambulâncias.

A comissão de inquérito marcou uma reunião administrativa para hoje com o objetivo de tentar votar um requerimento pedindo a quebra do sigilo bancário fiscal e telefônico dos parlamentares, ex-parlamentares e integrantes do Poder Executivo, entre eles, o ex-ministro da Saúde e atual secretário de Comunicação do PT Humberto Costa, mencionados pelo empresário Luiz Antônio Trevisan Vedoin, em depoimento à Justiça de Mato Grosso. Vedoin é um dos sócios da Planam, principal empresa do esquema de superfaturamento de ambulâncias.

O relatório preliminar da CPI, que deverá ser apresentado até a segunda quinzena de agosto, trará os nomes dos parlamentares contra os quais há provas de envolvimento com o esquema dos sanguessugas. O nome de Costa não estará neste primeiro relatório da comissão. Ele, que é candidato a governador de Pernambuco, foi citado por Vedoin.


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Integrantes da CPI querem que Costa deponha apenas depois das eleições. ¨Se trouxermos a questão do Executivo agora para a CPI, vamos trazer o circo da sucessão¨, argumentou o deputado Fernando Gabeira (PV-RJ), um dos integrantes da comissão.

As provas em poder da CPI contra os envolvidos na máfia das ambulâncias são cópias de depósitos bancários nas contas de parlamentares, de familiares e assessores deles, além da transcrição das gravações de conversas telefônicas interceptadas pela Polícia Federal entre parlamentares e assessores com sócios da Planam. ¨Há provas contra uns 81, 82 parlamentares. Só os que receberam em cash, em dinheiro vivo, é que está mais difícil comprovar a participação¨, disse Jungmann. Cerca de 40 parlamentares teriam recebido a propina em dinheiro vivo.

Assim como Jungmann, o sub-relator de Sistematização da CPI, deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP), também defendeu a notificação dos 112 parlamentares para apresentar as explicações à comissão. Até agora, a CPI notificou 57 parlamentares que são alvo de inquéritos abertos a pedido da Procuradoria Geral da República.

¨Certamente, todos os mencionados serão notificados para apresentarem suas defesas¨, afirmou o relator da CPI, senador Amir Lando (PMDB-RO). De acordo com Jungmann, dos 112 parlamentares, cem estão no exercício do mandato e 12 são ex-parlamentares. Alguns deles foram ontem à CPI para entregar as defesas. É o caso do deputado Itamar Serpa (PSDB-RJ), que afirmou ser inocente. ¨Fui notificado pela CPI, mas não sei do que estou sendo acusado¨, disse. ¨Estão fazendo um massacre conosco¨, completou. Os deputados João Correia (PMDB-AC) e Marcondes Gadelha (PSB-PB) também foram à CPI entregar as defesas.

Chefe de campanha de Lula é investigado

As investigações sobre a máfia que desviava recursos da área da saúde avançam na direção do coordenador da campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Amapá, o ex-deputado José Antônio Nogueira, hoje prefeito de Santana. Ele é acusado pelo empresário Luiz Antônio Vedoin, um dos chefes do esquema dos sanguessugas, de receber dinheiro em troca da apresentação de emendas destinadas à compra de equipamentos médicos e ambulâncias.

Em depoimento à Justiça Federal, Vedoin apontou a primeira evidência de que as propinas pagas pelo esquema possam ter sido usadas para financiar campanhas eleitorais. Ele informou ter feito transferências de dinheiro para empresas e pessoas ligadas a Nogueira, para ajudar o petista na disputa pela prefeitura de Santana.

Vedoin apresentou comprovantes de transferências, um deles no valor de R$ 5 mil. O empresário - que é um dos donos da Planam, a central de todo o esquema - afirmou ainda que pagou a Nogueira em caráter de antecipação, ou seja, antes mesmo de o dinheiro das emendas ser liberado pelo Ministério da Saúde.

O acerto com Nogueira, segundo Vedoin, começou a ser negociado em 2003, quando o petista cumpria o mandato de deputado federal. O empresário disse que ficou combinado que o petista receberia 10% do valor das emendas destinadas ao esquema.

Recursos Direcionados

Sempre de acordo com Vedoin, Nogueira apresentou duas emendas ao Orçamento-Geral da União de 2004, no valor de R$ 240 mil, destinadas à Secretaria de Saúde do Amapá. As emendas não chegaram a ser executadas, mas Vedoin afirmou que em 2005 o petista conseguiu direcionar verbas federais para o município de Santana.

No depoimento, ficou implícito que o dono da Planam fez o pagamento adiantado justamente porque o dinheiro seria aplicado na campanha de Nogueira. Vedoin apresentou à Justiça de Mato Grosso comprovantes de depósitos em favor, entre outros, da empresa SHF Palmerense e de Ronaldo Lucas de Andrade.

O depoimento do empresário foi o resultado de um acordo de delação premiada, pelo qual criminosos contam o que sabem em troca de uma pena mais branda. Vedoin contou ter conhecido Nogueira em 2003, durante uma visita à Câmara dos Deputados, por intermédio de Pedro Braga, assessor do deputado Eduardo Seabra (PTB-AP). Braga foi preso na Operação Sanguessuga e é acusado pelo Ministério Público de participar diretamente do esquema. Serpa é um dos deputados investigados por envolvimento nas fraudes.

Procurado pelo Estado, Nogueira negou ter recebido recursos do esquema. Em nota encaminhada ao jornal, afirmou: ¨Gostaria de manifestar a minha mais profunda indignação, haja vista não haver procedência, visto que em dois anos de mandato exercidos (2003 e 2004) não apresentei qualquer emenda parlamentar para aquisição de ambulâncias e em meus 18 meses à frente da prefeitura de Santana, as empresas e empresários envolvidos no escândalo acima preconizado (dos sanguessugas) não forneceram qualquer produto a esta entidade.¨

Contratos Executados

Segundo Nogueira, as emendas que dirigiu à área de saúde foram destinadas a obras de saneamento ou à construção de postos de atendimento. Ele afirmou ainda que, ao assumir a prefeitura, encontrou seis contratos de compra de ambulâncias da Planam já executados, todos fechados pela administração anterior. Ele informou ter denunciado os contratos ao Ministério Público Federal.

Não é a primeira vez que a legalidade das campanhas de Nogueira é posta em xeque. Em 2003 deputado teve o mandato cassado pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) por compra de votos. Ele recorreu ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Em 2004, elegeu-se prefeito e renunciou ao mandato de deputado. Como Nogueira não era mais parlamentar, o TSE extinguiu a ação.

Vedoin liga esquema ao governo - O depoimento de Luiz Antônio Vedoin mostra que, no caso do PT, os contatos não se restringiam a negócios fechados nos gabinetes de parlamentares. Vedoin teria conseguido acesso a pessoas ligadas à cúpula do partido, capazes de transitar no governo. Ele afirma que desembolsou R$ 22,4 mil para cobrir despesas de hospedagem de sete pessoas, incluindo Antônio Alves, atual secretário de Gestão Estratégica do Ministério da Saúde e ex-chefe de gabinete de Humberto Costa na pasta.

Ele também diz que repassou R$ 860 mil a pessoas e empresas ligadas a José Aírton Cirilo, candidato a deputado pelo PT do Ceará e integrante do diretório nacional petista. Vedoin diz ainda ter negociado a participação em uma fatia de R$ 14 milhões enviados pelo Ministério da Saúde ao Piauí, governado por Wellington Dias (PT).

O dono da Planam relata que chegou a ter contatos na Secretaria de Saúde de Mato Grosso do Sul, Estado governado por Zeca do PT, e que repassou R$ 35 mil a Paulo Roberto, que seria genro da senadora Serys Slhessarenko (PT-MT). Conta, ainda, que negociou com o deputado João Grandão (PT-MS) o pagamento de 10% sobre emendas liberadas.


  

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Comentários dos Leitores
Os textos dos leitores são apresentados na ordem decrescente de data. As opiniões aqui reproduzidas não expressam necessariamente a opinião do site, sendo de responsabilidade de seus autores.

Comentário de Alexandre Slhessarenko (slhessadvs@uol.com.br)
Em 27/07/2006, 03h24
Porra Perereca...por que vc não tava lá?
O "QUID PRO CO" COM A GAZETA:

Antes de mais nada, queria dizer que foi uma experiência incrivel estar, ontem, ao lado da minha mãe e ter a oportunidade (interessantíssima) de procurar entender como as "cousas" se passam no meio jornalistico (ai entendido aqueles que, como o SITE BÃO, se esmeram por fazer um jornalismo serio e eficiente).
Entrei na sala lotada...pedi a gentileza de Enock para me conseguir folhas de papel em branco e disse "vamos organizar a ordem para inscrição das perguntas"...foi isso...aí todo mundo ficou olhando pra minha cara...."quem é esse louco?"....me identifiquei e quando sentamos à mesa, passaram a bolsa da minha mãe, através da Andreia (da Gazeta), que falou "Senadora, tá muito pesada a bolsa!...Olha que tem dinheiro aí!"...pelo que respondi, na lata, "me mostra então, que eu tô precisando!".
Bom, aí começou a entrevista, ocasião em que, a mãe leu o comentário do Jugmann no DIARIO DE CUIABA de ontem (26/07), na matéria do aguerrido RODRIGO VARGAS, verbis:

""Estes novos denunciados não estão sendo investigados. Por isso, a notificação é necessária, até para que eles possam se defender em algum fórum e comecem a ser investigados", afirmou o vice-presidente da CPI, deputado federal Raul Jungmann (PPS/PE), em entrevista à Agência Brasil."
...E A MAMY EMENDOU, de pronto, um agradecimento à imprensa matogrossense em geral - "À EXCEÇÃO DO GRUPO GAZETA!" - dada a manchete de ontem de 1a pagina....e ai, Andreia da Gazeta espanou!!!..."A senhora está ferindo a ética!...se tiver críticas a fazer, me chama em particular, a portas fechadas!"....e aí em falei: "Tem certeza que a Gazeta quer discutir ética?"....aí ela "não estou falando com vc!" (comigo, no caso).
Tem sido curioso, aliás, gratificante diria, alguns exercícios que tenho feito sobre "ética de fim" e "ética de meio", enfim.
Só estava curioso para entender a lógica do critério "ético" adotado.
Foi quando que, na estrita ordem das inscrições das perguntas, o aguerrido Rodrigo Vargas preambulou algo mais ou menos assim "queria deixar o meu protesto pelo constrangimento à colega"...aí eu devolvi, "vamos também comparar 'constrangimentos?'"....foi esse o rasqueado.
Particularmente, quero deixar claro, que eu acho a mamy errou em pedir desculpas, caso a Andrea tivesse se sentido ofendida....NÃO HOUVE OFENSA ALGUMA!, mas enfim...não sou eu que sou o politico lá em casa.
Acabou que findei conversando, lá fora com a Andrea, quando esta - ainda agitada - disse "vc acabou de fazer sua mãe perder um voto...porque eu sempre votei nela!...sei que vc deve estar se lixando pro meu voto!"....e eu disse "não...vc que quer insistir em assimilar pra vc, uma crítica - que vc sabe porque foi repetido - que é ao GRUPO GAZETA"....e mandei um beijo pra "Margot". Eu adoro o DORILEO LEGAL. Só isso.
Tá na cara que ANDREA demonstrou que é uma excelente jornalista....saquei na hora....mas peraí...NÃO ME EMPURRA NÃO!
Com consideração,
Alexandre Slhessarenko

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