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Sanguessuga amplia acusações e complica senadores
03/08/2006 - Folha Online

Em depoimento à CPI dos Sanguessugas, o empresário Luiz Antônio Trevisan Vedoin, acusado de liderar o esquema de compra superfaturada de ambulâncias, ampliou nesta quinta-feira as acusações contra 92 parlamentares já citados no esquema, acrescentou provas contra outros que receberam propina em dinheiro e citou dois novos deputados como participantes da máfia das ambulâncias.

Luiz Antônio é sócio de Darci Vedoin na Planam, empresa suspeita de pagar propina para os parlamentares apresentarem emendas ao Orçamento propondo a compra de ambulâncias para prefeituras.

Os dois novos parlamentares citados, de acordo com o vice-presidente da CPI, deputado Raul Jungmann (PPS-PE), não estavam nas listas já em posse da CPI e deverão ser notificados após a divulgação do primeiro relatório da comissão, prevista para a próxima semana, juntamente com outros dois cuja participação foi descoberta nesta semana --Philemon Rodrigues (PTB-PB) e Salvador Zimbaldi (PSB-SP).


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Jungmann disse ainda que, com o depoimento de Luiz Antônio, a situação dos senadores investigados, sem precisar nomes, se agravou. Três senadores estão supostamente envolvidos no esquema -- Ney Suassuna (PMDB-PB), Serys Slhessarenko (PT-MT) e Magno Malta (PL-ES). Eles negam e já apresentaram defesa à CPI.

O empresário apresentou ainda o nome de testemunhas que podem comprovar que parlamentares receberam dinheiro vivo como pagamento de propina. Como não havia comprovante destes depósitos, a CPI considerava difícil punir estes congressistas.

Ainda segundo relato de Luiz Antônio à CPI, os parlamentares que acusavam os assessores de receber, por conta própria, dinheiro da máfia dos sanguessugas, agiam com o conhecimento dos congressistas.

O presidente da CPI dos Sanguessugas, deputado Antonio Carlos Biscaia (PT-RJ), classificou o depoimento do empresário como elucidativo, detalhado, firme e verossímil.

Luiz Antônio deveria depor ontem na sede da Polícia Federal em Brasília, mas não compareceu.

O juiz Jefferson Schneider, da Justiça Federal de Cuiabá, no Mato Grosso, determinou que Luiz Antônio comparecesse ao depoimento de hoje sob pena de voltar a ser preso. Ele está solto após se beneficiar da delação premiada.

Empresário-sanguessuga diz que senadores sabiam de esquema

Em depoimento à CPI dos Sanguessugas, o empresário Luiz Antônio Trevisan Vedoin, acusado de liderar o esquema de compra superfaturada de ambulâncias, afirmou nesta quinta-feira acreditar que senadores tinham conhecimento de que suas emendas estavam sendo usadas no esquema.

Três senadores estão supostamente envolvidos com a máfia dos sanguessugas --Ney Suassuna (PMDB-PB), Serys Slhessarenko (PT-MT) e Magno Malta (PL-ES). Eles negam e já apresentaram defesa à CPI.

O empresário é sócio de Darci Vedoin na Planam, empresa suspeita de pagar propina para os parlamentares apresentarem emendas ao Orçamento propondo a compra de ambulâncias para prefeituras.

Conforme relato do senador Romeu Tuma (PFL-SP), Luiz Antônio confirmou ter pago R$ 35 mil a um genro de Serys. O empresário ainda teria sugerido que a CPI quebrasse o sigilo bancário do genro da senadora para confirmar o depósito.

A comissão vai analisar se a Justiça do Mato Grosso já promoveu a quebra do sigilo.

Tuma disse ter encontrado contradições entre o depoimento de Luiz Antônio e as declarações de Maria da Penha Lino, ex-funcionária do Ministério da Saúde que seria o braço do esquema. Por conta disso, ele sugeriu uma acareação entre os dois.

Luiz Antônio deveria depor ontem na sede da Polícia Federal em Brasília, mas não compareceu.

O juiz Jefferson Schneider, da Justiça Federal de Cuiabá, no Mato Grosso, determinou que Luiz Antônio comparecesse ao depoimento de hoje sob pena de voltar a ser preso. Ele está solto após se beneficiar da delação premiada.

  

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