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Senador do PSDB negociou emenda para ambulância
03/09/2006 - Leonardo de Souza - Folha de S.Paulo



Antero Paes de Barros tratou liberação com a pasta da Saúde na gestão de Serra. Duas cidades beneficiadas por emendas do senador foram contempladas com ambulâncias vendidas por empresas do grupo Planam.

O senador Antero Paes de Barros (PSDB-MT) tratou diretamente com o Ministério da Saúde, na gestão do também tucano José Serra, a liberação de emenda para a compra de ambulância em licitação depois vencida pelo grupo Planam, da quadrilha dos sanguessugas.


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Pelo menos dois municípios indicados por Antero em emendas da bancada de Mato Grosso no Congresso foram contemplados com ambulâncias vendidas por empresas do grupo Planam. Os documentos complicam a defesa do senador na CPI dos Sanguessugas, incluído na lista dos investigados após o empresário Luiz Antonio Vedoin, da Planam, acusá-lo de participar do esquema.

Em 2000, a bancada de Mato Grosso incluiu no Orçamento da União emenda coletiva dos parlamentares do Estado, no valor de R$ 3 milhões, para a compra de ambulâncias. Na ocasião, o coordenador da bancada do Estado era o deputado Pedro Henry (PP), apontado por Vedoin como um dos colaboradores da quadrilha.

Naquele ano, Henry enviou para o então secretário-executivo do Ministério da Saúde, Barjas Negri, braço direito de Serra, ofício com a indicação feita por cada um dos parlamentares da bancada sobre os municípios que deveriam ser atendidos pela emenda. Antero escolheu três municípios, com R$ 80 mil para cada um. A cidade de Dom Aquino foi uma das agraciadas. A licitação foi vencida pela Santa Maria (empresa de fachada da quadrilha), com a venda do veículo tendo sido fechada em 19 de abril de 2001, ao preço de R$ 79.950.

Um mês antes, Antero e outros dez parlamentares de Mato Grosso haviam escolhido Lino Rossi (PP) como novo encarregado de indicar os municípios a serem contemplados por uma segunda emenda da bancada, inicialmente de R$ 5,6 milhões (o valor sofreu cortes depois). A decisão foi comunicada ao então ministro José Serra em ofício enviado em 9 daquele mês. Além de Antero, cinco signatários da carta foram denunciados ou investigados pela CPI: Celcita Pinheiro (PFL), Pedro Henry, Ricarte Freitas (PTB), Wellington Fagundes (PL) e Teté Bezerra (PMDB), além de Lino Rossi.

Em entrevista à ¨Veja¨ no mês passado, Vedoin disse: ¨O acordo era para a totalidade das emendas da bancada, que somavam R$ 3,8 milhões. Antero apresentou R$ 400 mil, e tínhamos de dar R$ 40 mil de comissão. Ele pediu para passarmos o dinheiro diretamente para o [deputado] Lino Rossi [PP-MT], que, naquele tempo, era do mesmo partido que ele [PSDB]. Todos ali tinham consciência do que estava fazendo¨.

No dia 25 de maio, Rossi encaminhou para Barjas Negri um ofício com as indicações dos municípios escolhidos pelos parlamentares, também com a destinação de R$ 80 mil para cada cidade. Antero selecionou quatro. Entre as quais, Nossa Senhora do Livramento.

Dois meses depois, em 25 de julho, Antero enviou ofício ao secretário-executivo da Saúde reforçando o pedido de liberação do dinheiro a Nossa Senhora do Livramento: ¨Esclareço, ainda, que o município faz parte da minha relação de beneficiários dessa emenda, sendo R$ 80.000,00 a quantia indicada¨.

Assim como no caso de Dom Aquino, a Santa Maria venceu a concorrência em Nossa Senhora do Livramento, com a venda concretizada em 15/8/2002.

À CPI, Antero negou envolvimento com a quadrilha. Afirmou que, em novembro de 2001, mandou suspender todas as indicações para a compra de ambulâncias, apesar de não ter documento oficial que prove sua versão. Disse que o dinheiro liberado para Nossa Senhora do Livramento não seria de sua responsabilidade. A justificativa não cabe, no entanto, para o caso de Dom Aquino, pois a venda da ambulância para o município, em abril de 2001, ocorreu antes da alegada decisão de suspender as verbas.

  

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