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Grampo da PF flagra sobrinho de ACM. Rondeau pode ¨rodar¨
21/05/2007 - Marta Salomon, Ranier Bragon e Josias de Souza - Folha de S.Paulo e Folha Online

Conversas telefônicas interceptadas pela Operação Navalha revelam pagamento de R$ 20 mil ao deputado federal Paulo Magalhães (DEM-BA), sobrinho do senador Antonio Carlos Magalhães.

Segundo a PF, o deputado teria recebido o dinheiro pessoalmente de empregado da construtora Gautama no início deste mês, em seu gabinete.

A escuta telefônica da Polícia Federal flagrou conversas do deputado com Zuleido Veras, apontado como líder da organização criminosa. Procurado pela Folha ontem, o congressista não se manifestou.


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O relatório da PF mostra que Veras e Magalhães conversaram por telefone duas vezes no dia 4 de maio. No segundo contato, pouco depois de 17h30, Paulo Magalhães confirma que recebeu a visita de Florêncio Vieira, empregado da Gautama, encarregado de lhe entregar ¨o material¨.

Florêncio Vieira também foi preso pela Operação Navalha. Nos textos da PF, aparece como autor de saques em agências do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal. Cabia a ele transportar dinheiro ¨para os lugares onde seriam consumados os pagamentos¨.

Na segunda conversa do dia, depois da entrega do dinheiro, ¨Zuleido diz ótimo¨, registra a PF na transcrição da conversa, encerrada com o acerto de um encontro pessoal entre o deputado e o dono da empreiteira.

Nessa conversa, há uma menção truncada a ¨obra de Brasília¨. Magalhães diz que quer ver Veras pessoalmente para fazer uma avaliação porque ¨meu amigo¨ perguntou para ele se tinha alguma e ele respondeu que do conhecimento dele, não.

O relatório das escutas resume: ¨Zuleido fala sobre pagamento de 20 mil reais ao deputado, os quais foram entregues pessoalmente por intermédio de Florêncio no dia 4 de maio de 2007¨. Não há referência precisa, na transcrição das escutas, ao objeto de negociação entre a Gautama e o deputado.

O nome do deputado foi omitido do relatório parcial de inteligência policial da Operação Navalha porque isso implicaria a transferência das investigações para o STF.

O relatório sigiloso da PF também levanta suspeitas contra o ex-deputado e ex-presidente do PP Pedro Corrêa, cassado no escândalo do mensalão. Ele faria ¨tráfico de influência junto ao ministro das Cidades, Márcio Fortes, e ao secretário-executivo, Rodrigo Figueiredo¨ para liberar dinheiro para a quadrilha.

O ministro, também do PP, disse à Folha, por meio de assessor, que Corrêa tinha credencial para ser recebido, por ser presidente de partido, mas que todas as liberações de recursos pelo ministério atenderam ¨a critérios técnicos previstos nos manuais e programas¨. Ressaltando que o ministério não se relaciona com empresas, afirmou que ¨não se responsabiliza pelo eventual uso indevido de seu nome¨.

Pedro Corrêa seria responsável por ¨agilizar e facilitar o recebimento de verbas públicas por parte da organização criminosa comandada por Zuleido¨, diz o relatório da PF.

Assim como Corrêa, o ex-deputado Humberto Michiles (PL-AM) é mencionado no texto como ligado ao lobista Flávio Candelot -pessoa que, segundo a PF, intermediava ¨pagamento de vantagens¨ em nome da Gautama. Michiles teria recebido dinheiro da empreiteira por meio do filho Tasso.

Outro ex-deputado, Ivan Paixão (PPS-SE) é acusado pela PF de obter recursos federais do Ministério da Integração Nacional para obra da adutora do rio São Francisco, executada pela Gautama.

Ministro Rondeau pode ¨rodar¨

Em viagem a Assunção, no Paraguai, Lula trocou um telefonema, na noite deste domingo, com um assessor que ligou de Brasília. Falaram sobre o noticiário envolvendo o nome do ministro Silas Rondeau (Minas e Energia). O auxiliar do presidente disse que, na sua opinião, a situação do ministro tornara-se “muito complicada”. Depois de inteirar-se de tudo o que fora divulgado, Lula disse que pretende discutir o caso do ministro assim que retornar a Brasília.

Silas Rondeau foi guindado à Esplanada por indicação do senador José Sarney (PMDB-AP). Sobreviveu à reforma ministerial do segundo mandato graças à renovação do apoio de Sarney. O inquérito da Operação Navalha acomoda-o agora na corda bamba. A documentação enviada pelo procurador-geral da República Antonio Fernando de Souza ao STJ diz, sem meias palavras, que o ministro recebeu propina de R$ 100 mil.

Neste final de semana, a Folha (assinantes) noticiou que o ministro encontrava-se sob investigação da PF. Na noite deste domingo, detalhes do inquérito policial foram divulgados em reportagem exibida no programa Fantástico, da Rede Globo. Rodaram-se diálogos captados pela PF por meio de grampo telefônico. Exibiram-se imagens registradas pelo circuito interno de TV do Ministério das Minas e Energia (assista). A PF logrou documentar, com fotos, áudio e vídeo, toda a trajetória dos R$ 100 mil que teriam sido entregues a Silas Rondeou.

A propina que a PF diz ter sido paga a Rondeau serviu para premiá-lo por supostas vantagens oferecidas à Gautama, do empresário Zuleido Veras, numa licitação do programa Luz Para Todos, destinado a levar luz elétrica a zonas rurais. Antes do pagamento, o próprio Zuleido esteve na pasta das Minas e Energia. Reuniu-se com o ministro e com o diretor do Luz para Todos, José Ribamar Santana.

A saga da propina começou em Salvador. Os R$ 100 mil foram sacados numa agência da Caixa Econômica Federal na capital baiana por Lourenço Vieira, funcionário da Gautama. Seguido por policiais a paisana, ele voou para Brasília. No aeroporto da Capital, entregou o dinheiro a Tereza Lima, secretária particular de Zuleido Veras, o “chefe dos chefes” da máfia das obras públicas, na definição da PF.

No último dia 13 de março, Fátima Vieira, diretora Financeira da Gautama, foi ao Ministério das Minas e Energia. Portava um envelope pardo, recheado com a propina de R$ 100 mil, de acordo com a PF. Entrou pela porta reservada às autoridades. Subiu pelo elevador privativo do ministro.

No andar de Silas Rondeau, a emissária de Zuleido Veras encontra-se com Ivo Almeida Costa, assessor especial do ministro, preso pela PF na quinta-feira da semana passada. Filmados, entram por uma porta que, segundo a PF, dá acesso ao gabinete do ministro. Meia hora depois, Fátima e Ivo cruzam a mesma porta. A imagem mostra que, a essa altura, o envelope pardo já estava com Ivo. Despedem-se. Ivo retorna ao gabinete de Rondeau. E sai sem o envelope.

Para desassossego de Lula, Silas Rondeau é um dos integrantes de sua comitiva na viagem ao Paraguai, que prossegue nesta segunda-feira. Ouvido em Assunção, o ministro classificou de “mentira” a versão sustentada pela PF no inquérito da Operação Navalha. Disse que vai provar sua inocência. E afirmou que sente-se à vontade para permanecer no cargo enquanto Lula achar que é merecedor de confiança.

  

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