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Pagot provoca bateção de boca entre Mercadante e Renan
22/09/2007 - O Popular Online

PT e PMDB, dois principais partidos da base aliada do governo, estão em pé de guerra, faltando poucas semanas para que o Senado discuta a prorrogação da CPMF até 2011. A crise eclodiu depois que o senador Aloizio Mercadante (PT-SP) não compareceu ao plenário para votar a indicação de Luiz Antônio Pagot para a direção do Departamento Nacional de Infra-estrutura de Transportes (Dnit), na quarta-feira (19).

¨Foi um ato da guerra criada entorno da permanência do Renan na presidência. Só que ele [Renan] só sai morto. E, até lá, vai ser muito difícil que as votações sejam retomadas no plenário¨, confidenciou um dos principais aliados do presidente do Senado.

Rompimento<


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O grupo do senador Renan Calheiros interpretou a atuação de Mercadante como uma declaração de rompimento e vai além: dissemina a informação de que o petista coordenou uma retirada do plenário ¨simbólica¨ para demonstrar que o Senado não vai funcionar enquanto ele se mantiver à frente dos trabalhos. Nenhuma matéria foi votada nesta semana, nem mesmo a indicação de autoridades, que encabeçam a pauta de votações. Enquanto isso, cinco medidas provisórias trancam a pauta e o caminho para que a CPMF seja votada fica cada vez mais tortuoso.

O senador Aloizio Mercadante (PT-SP) negou veementemente que tenha saído do plenário com o objetivo de se aliar à obstrução oposicionista. “O que agrava a situação é a crise do mandato do Renan e a presença dele na presidência. Isso é cortina de fumaça�, disparou Mercadante. O petista e o presidente do Senado ainda não se falaram depois do episódio em plenário.

Numa reunião na noite de quarta (19), a tropa de choque de Renan escolheu Mercadante como o alvo a ser atacado. Avaliaram, inclusive, que ele não está sozinho dentro do PT na tática de mostrar ao presidente do Senado que sua posição é frágil. O foco seria facilitar a vida do governo na hora de negociar a aprovação da CPMF com os partidos de oposição.

Voto aberto

Para Mercadante, a crise começou na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). O PMDB não teria aceitado um acordo liderado por Mercadante com o presidente do PSDB, Tasso Jereissati (CE), para que a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) terminando com a votação secreta em processos de cassação fosse votada em plenário em troca da liberação da pauta, obstruída desde a semana passada. “Jamais vou fazer uma obstrução sendo da base do governo�, disse Mercadante, que foi líder do governo durante todo primeiro mandato de Lula.