Privadamente, lideranças da própria oposição ruminam dúvidas quanto à fidelidade de seus pares. No DEM, diz-se que o governo dará com os burros n’água nas investidas que faz sobre a senadora Rosalba. Mas não há a mesma segurança em relação a Campos e Pinheiro, que têm interesses na liberação de verbas orçamentárias. Especialmente no DINIT, o órgão federal que cuida da recuperação de estradas.
Embora penda para uma decisão colegiada de rejeição à CPMF, que espera seja seguida por todos os seus senadores, a cúpula do tucanato já não tem dúvidas de que, frustrada a tentativa de entendimento, o Planalto exercerá pressão sobre Teotônio Filho. E admite, entre quatro paredes, que Tenório, atado aos interesses do governador, pode engrossar o cesto de votos do governo.
No dia do julgamento do processo da senadora, o ministro Direito, dono de uma reputação de homem direito, nem votou. Já não compunha o plenário do TSE. Ainda assim, Rosalba foi absolvida por quatro votos a dois. Hoje, diz ao seu partido que se sente liberada do compromisso que assumira com Mares Guia. Sempre que inquirida sobre o seu voto, diz que seguirá a orientação do DEM, que fechou questão contra a CPMF. A despeito disso, a senadora continua freqüentando a lista do Planalto.