A intenção de levar o jogo de abertura da Copa do Mundo de 2014 para Belo Horizonte fez 17 deputados federais de Minas Gerais retirarem suas assinaturas do pedido de criação da CPI mista que pretende investigar Corinthians e MSI. O Estado foi o campeão de “desertores�, seguido por São Paulo, que teve 8.

O requerimento para abertura da CPI mista foi protocolado terça-feira, mesmo dia em que o Brasil foi anunciado como sede da Copa de 2014, com assinaturas de 209 deputados federais e 38 senadores. Após pressão da CBF, 71 deputados e três senadores retiraram suas assinaturas, como mostrou lista publicada ontem pelo Estado.

Além de São Paulo e Minas, parlamentares de todos os Estados voltaram atrás. Rio de Janeiro (5), Paraná (5), Bahia (4), Santa Catarina (4), Maranhão (3), Ceará (3), Amapá (3), Rio Grande do Sul (3) e Roraima (3) também ajudaram na tentativa de esvaziamento da CPI.


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“O Aécio Neves foi pressionado pelo Ricardo Teixeira, que deve ter prometido a abertura da Copa em Minas�, atacou o deputado federal Silvio Torres (PSDB-SP), um dos articuladores da CPI.

O partido de Torres foi um dos que mais colaboraram para sepultar a CPI mista. Oito deputados tucanos retiraram suas assinaturas. Mas o partido campeão foi o PMDB, com 15. O PR teve 12; DEM e PT, 10 cada um.

Quem também trabalhou contra foram Renildo Calheiros (PC do B-PE) e Sarney Filho (PV-MA). O primeiro é irmão de Renan Calheiros. E o segundo é irmão de Fernando Sarney, um dos vice-presidentes da CBF. Somados, o PV e o PCdoB retiraram 8 assinaturas do requerimento.

Surpreendeu o fato de o deputado Aldo Rabelo (PCdoB-SP) não ter apoiado a CPI. Ele presidiu a investigação sobre a CBF e a Nike em 2000. Paulo Maluf (PP-SP), Clodovil Hernandes (PR-SP) e Frank Aguiar (PTB-SP) apóiam a CPI mista.

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