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Irregularidade atinge 28% das entidades de assistência social
07/12/2007 - G1

Pesquisa revela perfil das entidades de assistência social sem fins lucrativos. Sudeste concentra 51,8% dessas instituições, segundo IBGE

Levantamento realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE ) mostra que 28% das entidades de assistência social sem fins lucrativos que funcionavam no Brasil até o ano passado não estavam adequadas à legislação.

Segundo a Pesquisa das Entidades de Assistência Social Sem Fins Lucrativos (Peas 2006), divulgada nesta sexta-feira (7), 72% das instituições analisadas no ano passado tinham inscrição no Conselho Municipal de Assistência Social, conforme estabelece a Lei Orgânica de Assistência Social. O restante - quase um terço do total - não seguia completamente a legislação.


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O estudo revela que o país tinha 16.089 entidades de assistência social sem fins lucrativos em 2006. A maior parte estava localizada no Sudeste (51,8%). Na lista das regiões, aparecem em seguida Sul (com 22,6% das entidades), Nordeste (14,8%), Centro-Oeste (7,4%) e Norte (3,4%). Só o estado de São Paulo abrigava 29,6% das instituições.

Voluntários

Entre as pessoas que atuavam nessas entidades, 53,4% faziam trabalho voluntário. São Paulo era o estado com o maior número de voluntários (19,9, em média), seguido pelo Ceará (19,4) e Rio de Janeiro (18,7).

Atendimento

O instituto mostra ainda que 51,7% das entidades direcionavam o atendimento aos jovens com idade entre 15 e 24 anos, mas apenas 39 (0,24% do total) se definiram como ¨centro de atendimento ao adolescente em conflito com a lei¨.

Entidades voltadas a minorias étnicas e ex-presidiários somavam apenas 1% do total.

Mais de 9,4 mil instituições (ou 59% do total) atendiam pessoas ¨vulnerabilizadas ou em situação de risco social¨.

Financiamento

De acordo com o IBGE, 59,5% das entidades de assistência social sem fins lucrativos eram financiadas principalmente por recursos privados até o ano passado; 32,6% tinham recursos públicos como destaque entre as fontes de financiamento; 2,1% recebiam primordialmente verbas de outros países e 5,1% eram financiadas por outros tipos de recursos.

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