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Cristina Kirchner enfrenta protestos em Buenos Aires
12/12/2007 - Ansa

Milhares de pessoas protestaram em frente à sede do governo da Argentina, em Buenos Aires contra a fábrica de celulose Botnia, instalada no Uruguai, a exploração estrangeira das minas do país e a contaminação ambiental, na primeira mobilização popular pedindo soluções à presidente Cristina Fernández de Kirchner, em suas primeiras 48 horas de mandato.

O governo de Cristina enfrentará na quinta-feira a primeira manifestação marcadamente opositora de sua gestão, convocada por organizações sociais, sindicais e partidos políticos que reclamam a re-estatização do petróleo argentino.

O principal grupo presente na manifestação desta quarta-feira foi a Assembléia Ambiental de Gualeguaychú, que protestava contra a fábrica de celulose instalada sobre a margem uruguaia do Rio Uruguai, na fronteira com a Argentina.


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O grupo elogiou o pedido direto que a presidente Cristina dirigiu na segunda-feira a seu colega uruguaio, Tabaré Vázquez, durante a cerimônia de posse, mas esclareceu que ¨existem muitos deveres pendentes¨ da parte do governo argentino.

¨Apenas os mal intencionados podem dizer que a Botnia não contamina¨, reclamaram os protestantes, que vieram em caravana da cidade de Gualeguaychú, localizada a 223 quilômetros a noroeste de Buenos Aires.

Além da questão da fábrica de celulose, os manifestantes também se manifestavam contra ¨a exploração estrangeira da terra e das minas e a contaminação ambiental¨.

Segundo os organizadores, cerca de 200 organizações participaram da manifestação, incluindo uma denominada ¨Assembléia Regional do Uruguai¨.

Entre os participantes estavam a central sindical CTA, o Movimento Territorial de Libertação, grupos indígenas e partidos de esquerda.

A maioria destas organizações voltará a se reunir nesta quinta-feira com o aniversário do centenário do descobrimento do primeiro poço de petróleo na Argentina, para exigir o cancelamento das concessões e a recuperação do patrimônio petroleiro.

Esta mobilização deverá começar no Congresso argentino e terminar em frente à sede da petroleira Repsol, que em outras oportunidades foi apedrejada por militantes de esquerda e desempregados.

Pedindo ¨a recuperação soberana do petróleo e do gás¨, participarão do protesto o movimento pela recuperação dos hidrocarbonetos liderado pelo ex-candidato presidencial, o cineasta Fernando Solanas, a central sindical CTA e partidos de esquerda.

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