O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta sexta-feira o mais importante índice de inflação do país relativo a 2007. O �ndice de Preços ao Consumidor Amplo (IPC-A) fechou o ano passado em alta de 4,46%. O índice é a referência oficial de preços no país, usado como alvo das metas de inflação pelo governo federal. A meta estabelecida para 2007 era de 4,5% - acima da inflação medida no ano, portanto.

Porém, a evolução dos preços em 2007 revelou a quebra de uma tendência de queda registrada nos últimos cinco anos. Após alta em 2002, os anos seguintes revelaram uma inflação decrescente: 9,3% em 2003, 7,6% em 2004, 5,69% em 2005 e 3,14% em 2006.

Alimentos - Para o cálculo do IPCA, os técnicos do IBGE observam o a variação média do custo de vida nas 11 principais regiões metropolitanas do país entre as famílias com renda entre um e 40 salários mínimos. O resultado ficou abaixo da previsão de vários analistas de mercado, que apostavam em uma inflação de 4,5%.


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A inflação de 2007 foi sensivelmente alterada pela aceleração de preços ocorrida em dezembro, com 0,74% - ante 0,38% do mês anterior. Foi a maior alta mensal do ano passado. Segundo o IBGE, o resultado se deveu principalmente à alta dos alimentos. Esses preços, por sua vez, foram influenciados por condições climáticas desfavoráveis, preços elevados dos produtos cotados no mercado internacional, aumento das exportações, redução de safra por baixa remuneração em períodos anteriores e aumento da demanda por alimentos.

Carne - O grupo alimentos e bebidas teve alta de 10,79% em 2007. Somente em dezembro, este grupo teve alta de 2,06% - o maior crescimento desde janeiro de 2003. Dessa forma, os alimentos se tornaram responsáveis por quase metade da variação do IPCA, com 2,21 ponto percentual de contribuição. Segundo o IBGE, os alimentos têm peso de 21,44% nas despesas das famílias.

O produto que mais pesou no bolso do consumidor foi a carne, cujo preço subiu 22,15%. Outros itens que colaboraram foram leite e derivados (alta de 19,79%) e feijão (109,20%). Os produtos não-alimentícios subiram 2,83%, menor aumento desde 1998. Por outro lado, o item energia elétrica teve deflação de 6,16% em 2007.

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