Partidos de oposição pretendem cobrar explicações do empresário Edison Lobão Filho, suspeito de ter usado laranja para esconder dívidas milionárias. Lobão Filho, que se prepara para assumir a vaga do pai, Edison Lobão (PMDB-MA), escolhido para assumir o Ministério de Minas e Energia, deve ter de responder aos futuros colegas sobre o episódio, revelado em reportagem de VEJA desta semana. Lobão Filho ainda terá de esclarecer uma segunda suspeita contra ele.

No caso do uso de laranja para esconder as dívidas, Lobão Filho admitiu a VEJA ter usado o nome de uma empregada doméstica -- deixando os problemas da empresa de bebidas Bemar a Maria Lúcia Martins, que trabalhava para uma ex-sócia da distribuidora. Em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, ele deu outra versão, dizendo que suas ações na Bemar foram transferidas a um ex-sócio. Lobão Filho afirmou que mostrará ¨provas¨ de sua versão nesta segunda-feira.

O suplente de senador dá pistas de que colocará a culpa num ex-sócio, tentando escapar de uma possível investigação no Senado. O PSDB e o DEM, porém, já pediram a Lobão Filho uma explicação sobre o episódio. O problema do filho de Edison Lobão não se resume ao caso de uso de laranja. Ele também é citado em uma investigação a respeito de supostas irregularidades no uso de concessão pública de emissoras de rádio (Curimã) e TV (Difusora), de sua família.


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A emissora de televisão teria sido arrendada de forma ilegal a uma ONG chamada Idetec. Lobão Filho informou, através de assessores, que só entregou a área comercial e não a parte de programação. O PSOL estuda a possibilidade de abrir uma representação contra Lobão Filho. O senador José Nery (PA) encomendou um estudo jurídico a respeito das suspeitas antes de fazer o pedido de investigação. A representação seria aberta quando Lobão Filho assumisse a vaga.

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