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Bovespa cai quase 7%, impulsionada por ¨pânico¨ na Europa
21/01/2008 - Agência Estado

Medo dos efeitos de uma recessão nos EUA leva bolsas européias à pior queda desde o 11 de setembro

Os investidores não se libertaram do medo de uma recessão na economia dos EUA abocanhar outras partes do mundo nesta segunda-feira, 21, mesmo com o feriado de Martin Luther King Jr. mantendo os mercados norte-americanos fechados. A Bolsa de Valores de São Paulo caiu quase 4 mil pontos desde a abertura. Às 14h58, o principal índice caía 6,89%, aos 53.544 pontos.

Perdas pronunciadas se espalharam pelos principais mercados de ações do globo. Na Europa, algumas bolsas atingiram perdas semelhantes às verificadas no 11 de setembro, quando houve o ataque terrorista contra os EUA. Em Frankfurt, o DAX chegou a cair mais de 7% pela manhã e falou-se em pânico na Europa. No período da tarde, o índice tinha queda de 6,57%. Em Hong Kong, a perda foi de 5,5%.


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Anúncios de baixas contábeis pelo alemão WestLB e especulações sobre a possibilidade de o francês Société Generale e do Banco da China, maior banco chinês em ativos, realizarem movimentos semelhantes deram rotação ao ciclo vicioso de nervosismo e insegurança.

A percepção de que o pacote anunciado pelo governo republicano de George W. Bush será insuficiente para desviar os EUA da rota de recessão e o rebaixamento do rating da seguradora de bônus Ambac pela Fitch também seguiram ecoando nesta segunda.

Euro

Com a onda de pânico nos mercados, os ministros das finanças de 15 países que utilizam o euro vão discutir as expressivas perdas desta segunda nos mercados de ações europeus, afirmou a ministra das Finanças da França, Christine Lagarde. Questionada por repórteres sobre se estava preocupada com as quedas nos mercados acionários, ela respondeu: ¨Vamos discutir justo agora¨.

O ministro de Finanças da Espanha, Pedro Solbes, disse a jornalistas que os investidores parecem retirar as ações do impacto que a desaceleração econômica nos EUA terá nos lucros das companhias. ¨Estamos preocupados¨, informou. ¨Estamos acompanhando os desenvolvimentos atentamente¨.

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