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Mercado eleva tensão e Bovespa cai 3%; dólar marca R$ 1,81
23/01/2008 - Epaminondas Neto - Folha Online

Durou pouco a ¨euforia¨ com a ação de emergência do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) em cortar os juros para deter uma possível recessão na maior economia do planeta. Após a abertura das Bolsas americanas, os mercados reforçaram o tom negativo dos negócios, operando com perdas, sem a exceção da Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo).

O Ibovespa, principal índice de ações, desvaloriza 3,02%, aos 54.404 pontos. O volume financeiro é de R$ 1,46 bilhão --ontem, após o anúncio do Fed e puxada pela Petrobras, a Bolsa brasileira fechou em alta de 4,45%.

O dólar comercial é negociado a R$ 1,810 para venda, com avanço de 1%. A taxa de risco-país marca 282 pontos, número 4,44% mais alto, em seu maior nível desde maio de 2005.


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Na Europa, a Bolsa de Londres retrai 3,11%, enquanto o mercado acionário de Frankfurt sofre perdas de 4,33%. Nos EUA, o índice Dow Jones, da Bolsa de Nova York, mostra queda de 1,71%. Antes disso, na �sia, as principais Bolsas de Valores mostraram recuperação.

Profissionais de bancos e corretoras não vêem chances de melhora na volatilidade dos mercados no curto prazo. Hoje, ganhou força a opinião de que, se o Fed agiu de forma extraordinária como ontem, o quadro econômico ainda pode apresentar indicadores de piora ainda não percebidos pelo mercado.

O anúncio do BCE (Banco Central Europeu), de que não vai seguir o exemplo do BC americano e manterá os juros no mesmo patamar, foi um recebido como um reforço para o mau humor dos investidores.

No front doméstico, os agentes financeiros operam sob expectativa do final da reunião do Copom (Comitê de Política Monetária), sendo o principal destaque de uma agenda econômica relativamente esvaziada nesta quarta-feira. Após o fechamento dos mercados, o Comitê deve anunciar se mantém, reduz ou eleva a taxa básica de juros brasileiro, hoje em 11,25% ao ano. O mercado, em sua maioria, espera que o Comitê mantenha os juros.

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