Reclamando de cansaço, os deputados da Assembléia Legislativa de Mato Grosso aprovaram a compra de cadeiras que fazem massagem lombar, ao preço de R$ 3 mil, cada uma.

Segundo dados divulgados pela Transparência Brasil, a Assembléia Legislativa de Mato Grosso é uma das quatro mais caras do país. O orçamento generoso permitiu no ano passado melhorar o padrão da frota oficial. Foram comprados 24 Toyotas Corolla, no valor total R$ 1,4 milhão.

Preocupação com o bem-estar até no plenário. Depois que deputados andaram se queixando do incômodo durante as sessões de passar horas sentados em poltronas pouco confortáveis, a mesa diretora resolveu investir numa solução terapêutica e polêmica.


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Em pouco tempo de convivência, os parlamentares já se sentem à vontade com as 24 poltronas adquiridas, no valor total de R$ 79 mil, R$ 3 mil cada uma. Não são modelos comuns.

Elas têm um dispositivo que emite ondas magnéticas que fazem o assento vibrar. O dinheiro para o conforto dos deputados veio de um negócio fechado com o Banco do Brasil.

Em troca da folha de pagamentos dos funcionários, o banco pagou por uma série de benefícios para a assembléia, incluindo as poltronas massageadoras.

“A polêmica toda está em torno de 60 reais por cadeira, que podem trazer um conforto para o deputado. Amanhã ou depois ele ter uma trombose�, diz Edemar Adams, secretário geral da Assembléia Legislativa do Mato Grosso.

Nem todos os deputados parecem à vontade com a novidade. ¨Eu acho que, qualidade de trabalho tudo bem, mas foi um exagero, mas agora vamos fazer o quê? Vamos usá-la. Vamos sentar, vamos sentar na cadeira famosa, aí¨, diz Ademir Brunetto, deputado estadual pelo PT-MT.

Não é o caso do deputado Adauto de Freitas que aprovou a compra. “Tenho certeza de que a sociedade matogrossense respeita, reconhece que seus líderes podem estar sentados confortavelmente para tomar as decisões�, diz Adalto de Freitas, deputado estadual pelo PMDB-MT.

Ele faz questão de mostrar os benefícios da poltrona. É um conforto para poucos. Em repartições estaduais a realidade é bem diferente.

¨No meu caso eu tenho dois metros e a perna tem que ficar embaixo da cadeira, então quando você levanta, tem problema nas pernas porque ela está toda dormente. Se fosse um trabalho, seria muita folga¨, diz o servidor público Virgílio Corrêa.

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