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PF prende filho do governador de Rondônia na Operação Titanic
07/04/2008 - Marcelo Auler - O Estado de S.Paulo

A Polícia Federal prendeu nesta segunda-feira, 7, durante a Operação Titanic, o filho do governador de Rondônia, Ivo Cassol (sem partido). Além de Ivo Junior Cassol, foram presos o sobrinho do governador, Alessandro Cassol Zabott e o ex-senador e atual suplente do senado, Mário Calixto Filho.

O envolvimento do governador Cassol, assim como do seu secretário de finanças, José Genaro de Andrade, com as fraudes na importação de veículos de alto luxo pela importadora TAG não está descartado, mas terá que ser investigado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), já que o governador tem direito a foro privilegiado.

A TAG, cujos proprietários Pedro (pai) e Adriano Scopel (filho) foram presos nesta manhã em Vitória, é oficialmente uma empresa de Rondônia, mas tem apenas uma sala comercial no Estado, localizada no centro empresarial em Porto Velho.


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A empresa goza de regime tributário diferenciado e, graças a uma negociação feita por Adriano Scopel com o ex-senador, o filho do governador e o próprio Cassol, ela tem direito a crédito de 85% do valor do imposto devido pela saída interestadual de mercadoria importada. O problema é que as mercados jamais passam por Rondônia.

Ainda em Rondônia, foram presos o auditor da Receita Federal, Edcarlos Tibúrcio Pinheiro, o amigo dele, Reginaldo Aparecido dos Santos - titular das contas bancárias nas quais era depositado o dinheiro para Edcarlos e os dois empregados da TAG, Ronaldo Benevidio dos Santos e Rogério Moreira. Todos os presos serão levados para Vitória ainda nesta tarde.

Espírito Santo

No Espírito Santo, a PF prendeu, além de Adriano e Pedro Scopel, mas 14 pessoas envolvidas no esquema de fraude. A operação envolve ainda três em São Paulo.

Adriano Scopel resistiu à prisão e os agentes tiveram que fazer uso de uma marreta para entrar em seu apartamento, no edifício Paládio, na Praia da Costa. Entre as prisões ocorridas na cidade de Vitória, estão a de três auditores da Receita Federal. Entre eles, o casal Max Pimentel de Almeida Marçal e Leisa Cristina Ortega Amaral, que, segundo as investigações, receberam dinheiro da firma chefiada por Adriano Scopel para liberar carros de alto luxo e motos potentes importadas com o valor subfaturado.O terceiro auditor preso é Alberto Oliveira, que, segundo a PF, também estaria envolvido no esquema.

As importações de carros eram realizadas junto a duas empresas estrangeiras que exportavam os veículos e motos com documentos adulterados, reduzindo o preço de venda para conseqüentemente reduzir os impostos a serem pagos no Brasil. Uma delas é a Global Business, do Canadá, chefiada pelo brasileiro Eduardo Sayegh, que estava em São Paulo, onde foi preso. A outra é a americana E&R Logos Companie Inc., cujo proprietário é Clenilson de Farias Dantas. A PF ainda não explicou se há mandado de prisão contra ele.

Também foram presos no ES a contadora Aldeni Avelar Portela Silva, da Zip Assessoria Contábil, que cuidava das fraudes na contabilidade da importadora de veículos Tag, de propriedade da família Scopel. Outro detido foi Jorge de Oliveira, corretor de valores, que fazia as remessas ilegais de numerário para o exterior. Dos empregados ligados à Tag foram presos em Vitória Aguilar de Jesus Bourguignow, uma espécie de gerente da empresa assim como Maurenice Gonzaga de Oliveira. Outro empregado preso foi Rodolfo Beligo Legnaioli.

Na lista de presos estão ainda Alessandro Stockl, proprietário da oficina onde ficavam guardados os carros importados ilegalmente, e Fernando Silva do Couto, um empregado que emprestava o seu nome para lavagem de dinheiro ou de bens adquiridos irregularmente pelo dono da Tag. Há ainda a participação de um brasileiro residente nos EUA que colaborava com a emissão de documentos de exportação de veículos subfaturados.

Adriano e Pedro Scopel ganharam notoriedade em 2006 ao levarem ao Salão de Automóvel em São Paulo seis carros italianos da marca Lamborghini, que foram apreendidos por estarem em situação irregular. Eles também foram acusados de ter adquirido a lancha que era de propriedade do narcotraficante Juan Carlos Ramires Abadía.

PF suspeita do governador

A procuradora da República Nádia Machado Botelho informou que cópias de toda a investigação da Operação Titanic, realizada pela Polícia Federal, foram remetidas à Procuradoria Geral da República em Brasília para análise da situação do governador de Rondônia, Ivo Cassol (sem partido). No momento, ¨não há elemento que indique a participação dele¨, afirmou em entrevista coletiva nesta segunda-feira, 7.

O filho do governador, Ivo Junior Cassol, foi preso nesta segunda por envolvimento com as fraudes na importação de veículos de alto luxo pela importadora TAG, junto com o sobrinho do governador, Alessandro Cassol Zabott e o ex-senador e atual suplente do senado, Mário Calixto Filho.

Durante um período de férias em janeiro deste ano o governador Ivo Cassol e o filho estavam no Rio de Janeiro com a família e tomaram café da manhã com um dos principais envolvidos na quadrilha presa. A informação foi confirmada por um dos advogados de Ivo Júnior, Guilherme Erse, que é genro do governador e também estava presente. Sobre esse encontro, ele disse que apenas tem conhecimento de que era uma negociação para comprar um veículo.

Guilherme definiu o episódio da prisão preventiva como ¨estar no local errado e na hora errada¨. O advogado França Guedes, que está à frente da defesa da família Cassol, embarcou para Vitória, para tomar mais conhecimento sobre as acusações a que respondem Ivo Júnior e o sobrinho do governador, Alessandro.

A defesa de Ivo Júnior acredita que a prisão será relaxada imediatamente após o primeiro depoimento. No entanto, não sabe dizer como os dois se conheceram, apenas se limitou a dizer que o filho do governador sempre participou de eventos de Fórmula 1, e que por isso, pode ter sido apresentado à ele. ¨Não tem como sair pedindo CPF de todo mundo que se faz uma negociação¨, disse Guilherme.

O advogado ainda criticou o trabalho da Polícia Federal. ¨É um absurdo que um advogado tenha que sair do Estado para ter conhecimento da prisão do cliente¨, disse. Na manhã de hoje, o governador Ivo Cassol esteve na sede da PF em Porto Velho, e negou a participação do filho em qualquer esquema criminoso.

Foragido

Ainda na coletiva, foi informado que o filho do empresário Antônio Oliveira Santos, presidente da Confederação Nacional do Comércio, é uma das duas pessoas procuradas pela operação que ainda não foram localizadas pela Polícia Federal. Antônio Oliveira Santos Júnior, mais conhecido no Espírito Santo como Baducho, teve a prisão temporária decretada por ter feito remessas ao exterior sem o conhecimento do Banco Central através de Adriano Scopel, proprietário da importadora de veículos TAG.

Segundo informações passadas pelo delegado Honazi de Paula Farias na entrevista coletiva ocorrida nesta tarde na Superintendência da Polícia Federal em Vitória, Baducho remeteu ao todo R$ 32.500 ao exterior em duas operações. Para isso, Adriano Scopel fraudou documentos de importação fazendo crer que o dinheiro enviado era para pagar os produtos importados. No total, a PF expediu 23 mandados de prisão temporária, dos quais 21 foram cumpridos.

Na mesma entrevista, as procuradoras Nádia Botelho e Luciana Furtado Moraes esclareceram que os mandados de prisão atingiram apenas três auditores das Receita Federal - dois do Espírito Santo e um de Rondônia. Contra a auditora Leisa Cristina Ortega Amaral não houve mandado de prisão, apenas de busca e apreensão.

Contudo, o marido dela, Max Pimentel de Almeida Marçal, também auditor, e que ocupava cargos de chefia justamente no setor de liberação de veículos importados, é um dos presos na operação.

Embora tenham dito que as prisões são temporárias e servem para aprofundar a investigação em torno dos presos, as duas procuradoras adiantaram que já possuem condição para denunciarem a maioria dos envolvidos.

Cassol diz que filho foi usado*

O governador de Roraima, Ivo Cassol, deu uma entrevista coletiva no fim da tarde desta segunda-feira, 7, na própria residência, para explicar o envolvimento do filho na operação Titanic. Segundo ele, o filho foi usado pelos empresários denunciados para chegar até o pai com intenção de instalar uma montadora de veículos no município de Guajará-Mirim, fronteira com a Bolívia. Ivo afirmou que o filho conheceu os outros envolvidos em um evento de Fórmula 1 em São Paulo. Passado o primeiro contato, os empresários convidaram Ivo Júnior para conhecer o empreendimento deles no estado de Espírito Santo, que foi aceito.

Depois disso, os envolvidos procuraram Ivo Júnior no município de Rolim de Moura para tentar usar a influência do filho para desbloquear os incentivos fiscais da empresa TAG. A empresa TAG funciona em Porto Velho uma sala comercial no centro da cidade e é beneficiada com um programa de incentivos estava com o incentivo bloqueado, mas Cassol não soube precisar o motivo desse bloqueio.

Segundo o governador, outras 14 empresas também recebem esse incentivo em Rondônia. Cientes de que Ivo Júnior era filho do governador do estado, os empresários tentaram negociar que este incentivo fosse liberado, em troca de um barateamento na compra de um veículo, o que foi recusado.

De acordo com Cassol, o outro encontro com os empresários foi durante um almoço em uma churrascaria no Rio de Janeiro, quando Ivo Júnior pretendia comprar um carro importado. Em 2003, um acidente destruiu uma Pajero Full, que era de Ivo Júnior, que estava na lista de compradores do carro modelo Cherokee, mas não chegou a ser pago nem entregue.

O advogado de Ivo Júnior está em Vitória, e o pai descartou a possibilidade de ir até a capital do Espírito Santo. ¨Ele está tranqüilo, espero que ele possa prestar os esclarecimentos para que volte logo¨, disse.

Cassol disse estar convicto da inocência do filho e que pretende tomar providências no sentido de reaver a imagem do filho perante a mídia, juntando jornais que publicaram o fato para que haja retratação. ¨A gente que é inocente é que tem que provar a inocência¨, lamentou. Além disso, Cassol afirmou que vai continuar incentivando empresas que queiram se instalar em Rondônia. ¨Só não compro mais carro importado¨, brincou.

...

*Gabriela Cabral

  

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