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Paraguai está ¨devastado¨, diz presidente eleito
08/08/2008 - BBC

O presidente eleito do Paraguai, Fernando Lugo, que toma posse no próximo dia 15, denunciou nos últimos dias um plano para ¨desestabilizar¨ seu governo.

Em entrevista exclusiva concedida por telefone à BBC da capital paraguaia, Assunção, Lugo deu detalhes do suposto plano, falou sobre as prioridades de sua gestão e sobre os planos de renegociar termos do Tratado de Itaipu, que deu origem à usina hidrelétrica de mesmo nome construída em parceria com o Brasil.

Veja abaixo os principais trechos da entrevista:


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O senhor denunciou um plano para desestabilizar seu governo. Quem está por trás desse plano?

- Conforme as informações e os indícios que temos, são pessoas que detiveram o poder durante muito tempo, um poder fático do país. Não querem que a mudança pela qual o povo votou em 20 de abril se realize de forma tranqüila, de forma progressiva.

Há pessoas que estão mantendo conversas, reuniões nas quais se incita a desestabilizar, a criar um clima de protestos, de sabotagem. Inclusive aqui temos a informação de que a Petropar, que é a importadora de petróleo, pode estar desabastecida. O mesmo (ocorre) com os insumos de saúde.

Esses são ingredientes que podem fazer com que a população reaja. É nesses termos que temos denunciado que há toda uma orquestração para que o novo governo não tenha a capacidade de fazer as mudanças com tranqüilidade e transparência.

O senhor tem provas disso?

- Temos. Aqui houve regulações na distribuição de petróleo. Há duas semanas o combustível não está chegando como deveria, não estão sendo feitas as licitações para os implementos e os insumos que estão em falta nos hospitais. Isso não é uma simples especulação.

O que o seu governo faria caso se materializasse esse plano que vocês denunciam?

- Em primeiro lugar, estamos fazendo com que esta informação seja conhecida, pedindo a solidariedade internacional, sobretudo dos países fornecedores de petróleo.

Neste momento estamos tratando de articular um acordo com a PDVSA, da Venezuela, para que este fluido energético importante não falte em nosso país. O mesmo com os medicamentos.

Estamos vendo as possibilidades com algumas agências porque aqui tudo passa por licitação e o processo burocrático é lento. Leva de dois a três meses para que se possa implementar. Estamos vendo a maneira de agilizar tudo isso e de que a comunidade internacional possa nos dar uma ajuda nesse sentido.

Quais serão as prioridades de seu governo, para as quais, conforme o senhor afirma, exigirá resultados de seus ministros quando o governo completar cem dias?

- Em primeiro lugar, a luta frontal contra a corrupção, que é como um câncer que corrói toda a sociedade.

Os cem (primeiros) dias serão dias de prova, nos quais se possa informar o povo de todos os programas, de redução da pobreza, de assistência médica, programas de emergência médica em diferentes regiões, sobretudo para os grupos indígenas que estão vivendo na extrema miséria, sem comunicação, sem medicamentos, sem educação, sem roupas, sem trabalho, sem alimentação.

Estamos encontrando um país devastado, sem instituições. A primeira coisa que vamos exigir é que se normalize a funcionalidade e a institucionalidade da República.

O senhor fala de corrupção. O Paraguai tem a duvidosa honra de encabeçar a lista dos países mais corruptos do mundo. Como o senhor pretende enfrentar um problema que parece endêmico no país?

- A primeira forma de lutar é com o exemplo e que a cabeça (do Estado) não esteja envolvida em temas de corrupção. Vamos exigir transparência em todos órgãos do Estado, dos ministros, do presidente da República, e um grande controle por parte da população.

Uma pesquisa da Transparência Internacional indica que para os paraguaios os principais desafios de seu governo serão, além da corrupção, o desemprego e a insegurança. Como o senhor pretende enfrentar o desemprego?

- Há a possibilidade de criar e apoiar e pequena e a média empresa, com crédito, assistência técnica, oportunidades de mercado e também a construção de infra-estrutura.

Os ministérios têm a possibilidade de grandes e pequenas obras em todo o país. Um pequeno dado: o Ministério de Obras Públicas já levantou a necessidade de 1.5 mil pontes em todo o país. Eu creio que há necessidade de mão-de-obra.

A geração de emprego estável se dará estabilizando a economia. A criação de emprego se fará de maneira privada, estatal ou internacional. Eu acredito que a segurança jurídica, a ética da administração pública e a seriedade do governo são ingredientes indispensáveis que vão garantir os investimentos.

O senhor prometeu uma ¨reforma agrária integral¨ que, segundo afirma, não é uma mera distribuição de terras. Como e quando será feita essa reforma?

- Já tivemos as primeiras reuniões com diferentes segmentos da sociedade. O sistema de cadastros nacionais é um desastre. Há terras com dois ou três títulos e outras que não têm nenhum.

Há uma grande quantidade de agricultores que adquiriram terras, mas não tiveram os créditos e a assistência técnica.

A reforma agrária integral vai ocorrer mediante um diálogo aberto dos diferentes segmentos da sociedade que estejam interessados de alguma forma: os sem-terra, as instituições estatais, os técnicos, os donos de grandes extensões de terra, para criar um modelo de consenso que convenha à maioria.

Será, então, um processo longo?

- Sem dúvida. Nós sempre prometemos que iríamos iniciar um processo de reforma agrária. Temos a experiência de outros países, que levaram até 15 anos.

Não é uma fórmula milagrosa de fazer mudanças estruturais. As mudanças estruturais são processuais. Dissemos durante a campanha que vamos iniciar com a ajuda da população uma democracia participativa de todos os segmentos da sociedade. Isso dará garantia ao processo e à realização dessa reforma agrária integral.

O senhor disse que vai exigir do Brasil um preço mais justo pela energia elétrica que o Paraguai vende. Qual seria um preço justo, na sua opinião?

- Há um preço comparativo dos principais produtos energéticos. Eu acredito que os mesmos técnicos não concordam nos números.

Nós tivemos uma primeira aproximação na última sexta-feira. Foi a primeira reunião de técnicos e assessores de política internacional do presidente Lula com a equipe (paraguaia) da renegociação do Tratado de Itaipu e de Yaciretá, aqui em Assunção. Nós apresentamos seis pontos de reclamação da sociedade paraguaia que eles aceitaram serenamente. Esse é o primeiro passo.

Caso o Brasil não pague o preço que o senhor considera justo, que passos o seu governo seguiria?

- Nós esgotaríamos todas as instâncias de diálogo com o irmão e vizinho Brasil. No Mercosul, o tema de integração energética nos interessa a todos. Aqui em casa, serenamente, maduramente, com racionalidade, podemos remediá-lo e receber o melhor preço do Brasil.

A coalizão de governo, a Aliança Patriótica para a Mudança, é formada por partidos de orientação política distinta. Já houve desacordos por causa de nomeações para cargos. Este é um sinal de que o senhor terá um problema de governabilidade?

- Eu acredito que há um consenso, uma matriz comum. Há seis eixos programáticos de nossa política dos quais ninguém pode desviar (reforma agrária, reativação econômica, recuperação da institucionalidade da República, Justiça independente, plano de emergência nacional e recuperação da soberania).

Creio que a execução desses seis eixos programáticos será a garantia da unidade e da governabilidade dentro do governo.

  

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