O meia Ronaldinho Gaúcho teve de dar explicações à diretoria do Milan por ter passado a madrugada seguinte ao jogo contra a Bolívia, no Rio, numa festa, da qual só foi embora na hora do almoço - ele embarcou para Milão na noite de quinta, chegando sexta à tarde.

Em reunião com o vice-presidente Adriano Galliani, o craque confirmou que esteve na festa, mas jurou que foi embora às 2 horas e que às 2h30 estava dormindo. Galliani engoliu a versão de Ronaldinho, se bem que para ir embora às 2 horas ele teria de ficar cerca de meia hora na festa, que foi realizada num sítio em Jacarepaguá, zona sul do Rio.

O jogo contra a Bolívia foi no Engenhão, que fica na zona norte, e os jogadores deixaram o estádio por volta de 0h45. O departamento médico do Milan chegou à conclusão de que Ronaldinho precisa melhorar a resistência e, por isso, fez um plano especial de trabalho para ele.


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Por causa disso, é possível que sua volta seja só no dérbi contra a Internazionale, no dia 28 - antes o time jogará, amanhã, contra o Zurique, pela Copa da Uefa, e contra a Lazio (domingo) e Reggina (dia 24), pelo Campeonato Italiano.

Empate bem comemorado

Para celebrar mais uma curta passagem pelo Rio, alguns jogadores da seleção brasileira passaram toda a madrugada da última quinta-feira num sítio localizado numa área de difícil acesso, na Estrada do Pau Ferro, em Jacarepaguá, zona oeste da cidade.

Logo após o vexame do empate entre Brasil e Bolívia, no Engenhão, Ronaldinho Gaúcho comandou uma roda de pagode, num clima de muita animação e sob um esquema de segurança bastante rigoroso.

Ninguém podia entrar no lugar com bolsas e celulares. Uma medida para manter a privacidade dos atletas. Ronaldinho foi um dos últimos a deixar a festa, quase na hora do almoço. Três dias depois, no domingo, atuou pelo Milan (derrota para o Genoa por 2 a 0, pelo Campeonato Italiano) e acabou substituído no intervalo, pois teve rendimento apagado no primeiro tempo.

Mas, no pagode, o meia-atacante nem parecia o jogador de pouca inspiração na partida disputada horas antes, pelas Eliminatórias da Copa do Mundo de 2010, que terminou sem gols e sob intensa vaia do público, e deixou o técnico Dunga em situação muito complicada na equipe. O craque da seleção cantou pagode, dançou e, como de costume, usou seu charme para impressionar as moças mais bonitas que circulavam pelo sítio.

De acordo com o gerente de um restaurante vizinho ao local da festa, uma outra grande estrela do futebol brasileiro também teve tempo de curtir alguns momentos agradáveis da ´reunião´ antes de seguir para o Aeroporto Internacional Tom Jobim, de onde viajou para a Europa.

¨Gastei R$ 250 com ingressos para assistir junto com a minha família ao péssimo jogo da seleção contra a Bolívia e eles fazem festa, com direito a churrasco, bebidas, tantas coisas. Eu estou revoltado¨, declarou o gerente, que pediu anonimato.

Polêmica

Em outubro do ano passado, alguns jogadores da seleção se esbaldaram na boate The Catwalk, na Barra da Tijuca (zona oeste), com a presença de várias convidadas, depois da vitória do Brasil sobre o Equador (5 a 0), no Maracanã, pelas Eliminatórias.

Pelo menos três atletas do Brasil, entre os quais Robinho e Ronaldinho Gaúcho, estiveram na casa noturna naquela ocasião. Desta vez, a opção foi por um lugar bem discreto, distante dos centros mais badalados da cidade.

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