A Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) aprofunda as perdas verificadas pela manhã, em meio às incertezas generalizadas sobre a aprovação do pacote anticrise nos EUA. Na Europa e nos EUA, as Bolsas de Valores também operam em terreno negativo nesta quarta-feira. E no mercado de câmbio brasileiro, o dólar atinge R$ 1,94.

O Ibovespa, principal índice de ações da Bolsa paulista, retrocede 3,66%, para os 47.772 pontos. O giro financeiro é de R$ 1,76 bilhão. A ação preferencial da Petrobras despenca 4,70%, enquanto a ação da Vale do Rio Doce cai 4,8%.

O dólar comercial é negociado a R$ 1,943 na venda, em um aumento de 2,04% sobre a cotação de ontem. A taxa de risco-país marca 340 pontos, número 11,47% mais alto que a pontuação anterior.


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As principais Bolsas européias abriram em alta, com investidores animados pela expectativa de que um novo projeto de lei, baseado no plano de US$ 700 bilhões, seja aprovado ainda hoje no Senado. Esse relativo otimismo não durou muito, o que fez os mercados inverterem tendência: em Paris, a Bolsa local perde 0,12%; em Frankfurt, o índice de ações Dax cai 0,79%. A exceção é Londres, onde o índice FTSE sobe 1,37% Nos EUA, a Bolsa de Nova York, que tem repercussão global, sofre baixa de 1,53%.

Incertezas

Na segunda-feira (29), a rejeição do pacote de US$ 700 bilhões na Câmara dos Representantes (deputados) gerou a derrocada generalizada dos mercados financeiros. Enquanto a Bolsa de Nova York registrou o pior tombo de sua história, a Bolsa brasileira despencou 9,6%, não sem antes cair quase 14%.

Desta vez, o Senado tomou a liderança do processo e prevê votar ainda hoje, provavelmente no final do dia, um projeto de lei revisado sobre o plano anticrise, invertendo em caráter excepcional o processo legislativo nos EUA.

¨Ficou determinado, em nossa opinião, que a melhor coisa a fazer é seguir adiante¨, disse o líder da maioria no Senado, o democrata Harry Reid, segundo o diário americano ¨The New York Times¨ (¨NYT¨). Depois de um dia de negociações de bastidores, o texto a ser levado ao Senado deve incluir descontos de impostos para empresas e ampliação das garantias do governo a depósitos bancários, dos atuais US$ 100 mil para US$ 250 mil, diz a reportagem.

O plano do secretário do Tesouro americano, Henry Paulson, redigido após longas negociações entre parlamentares de ambos os partidos e o governo Bush, foi rejeitado devido, principalmente, à oposição da maioria da bancada republicana.

Ontem, o presidente dos EUA, George W. Bush, pediu urgência ao Congresso. Hoje foi a vez do presidente do BCE (Banco Central Europeu), Jean-Claude Trichet. Ele afirmou que o Congresso americano deve ¨salvar¨ o pacote de resgate financeiro que deve restaurar a confiança no sistema financeiro global.

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