capa | atento olhar | busca | de última! | dia-a-dia | entrevista | falooouu
guia oficial do puxa-saco | hoje na história | loterias | mamãe, óia eu aqui | mt cards
poemas & sonetos | releitura | sabor da terra | sbornianews | vi@ email
 
Cuiabá MT, 12/10/2024
comTEXTO | críticas construtivas | curto & grosso | o outro lado da notícia | tá ligado? | tema livre 30.826.543 pageviews  

De Última! Só lendo para acreditar

DE ÚLTIMA!

Bancos no País cobram juro até 10 vezes maior que no exterior
07/04/2009 - Agência Estado

A taxa de juro real anual cobrada por um banco no Brasil pode ser até 10 vezes maior do que a praticada pela mesma instituição no exterior, de acordo com levantamento Transformações na indústria bancária no Brasil e suas implicações no cenário da crise atual, realizado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Para se ter uma ideia, o juro cobrado na primeira semana de abril deste ano pelo HSBC no Brasil era de 63,42%, enquanto o mesmo banco, no Reino Unido, sede da instituição, trabalhava com variação de 6,60%.

No caso do Santander, os porcentuais para o mesmo período eram de 55,74% no caso brasileiro e de 10,81%, no espanhol. O Ipea apresentou ainda a diferença na atuação do Citibank, de 7,28% nos Estados Unidos contra 60,84% no Brasil. Vale destacar que a taxa básica de juros brasileira, a Selic, atualmente está em 11,25% ao ano.

De acordo com o levantamento, para empréstimos à pessoa física, o diferencial chega a ser quase 10 vezes mais elevado no Brasil em relação ao crédito equivalente no exterior. "Para empréstimos à pessoa jurídica, a diferença de custo é menor, mas mesmo assim quatro vezes mais alta para o brasileiro", ressalta o levantamento.


PUBLICIDADE


Segundo técnicos do Ipea muitos consideram que os efeitos da crise financeira internacional no Brasil são uma prova da qualidade do sistema bancário brasileiro e de seus mecanismos de regulação. "De fato, quando são comparados os resultados obtidos no Brasil com os países da América do Norte, Europa Ocidental e Japão, no momento atual, essa constatação é de difícil refutação. No entanto, ao considerar dados sobre a disponibilidade de crédito barato e de atendimento da população, o cenário se torna significativamente diferente. O crédito é caro e o atendimento é precário em vastas regiões do Brasil", observam os técnicos.

A avaliação do documento é a de que, quando os efeitos mais graves da crise forem superados, o problema de acesso ao crédito será recolocado e representará, novamente, um obstáculo para atingir um padrão de crescimento econômico mais elevado. "Mesmo que a crise tenha forte componente bancário, o crédito continuará sendo a força motora mais essencial para dar sustentação ao crescimento e gerar a sua transformação num ciclo virtuoso de desenvolvimento", afirmam os técnicos do Ipea.

Enfraquecimento

Além disso, o Ipea associa a crise ao enfraquecimento dos bancos públicos no cenário internacional. O Instituto identifica um processo de "financeirização" do sistema, redução da presença das instituições financeiras públicas e concentração bancária.

"A atual turbulência internacional inscreve-se no contexto geral de fragilidades e crises especulativas geradas pela atuação da indústria bancária no mundo", informam os analistas do Ipea. Eles atribuem a perda de espaço das instituições públicas ao "predomínio da visão sobre a superioridade das forças de mercado e a ineficiência dos bancos públicos".

O Ipea verificou queda na participação dos bancos públicos no total de ativos bancários de todas as regiões do globo, de 1970 a 1990, sobretudo na América Latina (recuo de 37,5%) e no Leste Europeu (44,4%).

De 1987 a 2003, mais de 250 bancos foram privatizados no mundo. No Brasil, de acordo com dados o Banco Central (BC) analisados pelo Ipea, a participação de instituições públicas, como Banco do Brasil (BB) e Caixa Econômica Federal (CEF), caiu de 51,6% do mercado, em 1993, para 29,6% em 2006.

As operações de crédito também passaram a ser feitas na maior parte por empresas privadas. Se em 1996, os bancos públicos eram responsáveis pela maior fatia dos empréstimos concedidos no País - 58,1% contra 41,9% dos privados -, em 2006, a situação inverte-se.

As instituições públicas passam a responder por 31,9% da concessão de crédito, enquanto as particulares, por 68,1%. Movimento semelhante ocorreu com os depósitos. O setor privado, que, em 1996, recebia 40,9% dos depósitos, é destino, dez anos depois, de 65,2% dos recursos. Os bancos públicos, porém, encolheram o porcentual de 59,1% para 34,8% no mesmo período.

  

Compartilhe: twitter delicious Windows Live MySpace facebook Google digg

  Textos anteriores
23/04/2023 - Vergonha! Lula foge de solenidade do Dia dos Cravos
17/01/2022 - LEGENDAS TORRAM VERBA DO FUNDO PARTIDÁRIO
17/01/2022 - Investigado, governador do Acre atribui aumento do patrimônio à inflação
25/12/2021 - JORRA DINHEIRO PELO LADRÃO NO PALÁCIO ALENCASTRO
23/12/2021 - AO TODO FORAM LAVRADOS 14 AUTOS DE INFLAÇÃO
23/12/2021 - Exportação de jumentos para China cresce no Nordeste em meio a fome, caça e animais contaminados
18/12/2021 - É DO BALACOBANCO (OPS!, BACO) A FACÇÃO MANO VÉI
16/12/2021 - ORCRIM DO PALETÓ TEM ATÉ ASSALTANTE DE BANCOS
13/12/2021 - ROUBAR MUIIITO COMPENSA!
10/12/2021 - Proposta trata garimpeiro e pecuarista como comunidades tradicionais, igual a indígenas e quilimbolas
08/12/2021 - MP aponta prescrição e opina por arquivamento de denúncia contra Lula no caso do triplex do Guarujá
05/12/2021 - Fiscalização flagra infrações em mais de 60% dos postos de gasolina. Veja como escapar de fraudes
05/12/2021 - Fiscalização flagra infrações em mais de 60% dos postos de gasolina. Veja como escapar de fraudes
25/11/2021 - Ministério diz que EUA ensaiaram ataque nuclear contra a Rússia neste mês
24/11/2021 - ORCLIM MUNICIPAL TOCAVA ESQUEMA PAPA-DEFUNTOS
23/11/2021 - Ação apreende produtos irregulares para alimentação animal
02/11/2021 - QUADRILHAS ATACAM NAS BRs E PROPRIEDADES RURAIS
02/11/2021 - MST fala em fim de trégua e retoma ocupações de terras
30/10/2021 - Novo golpe do PIX pode levar empresas à falência; saiba se proteger
29/10/2021 - Vetado PL que criava auxílio financeiro para órfãos da Covid-19 em MT

Listar todos os textos
 
Editor: Marcos Antonio Moreira
Diretora Executiva: Kelen Marques