O governo da Venezuela iniciou nesta sexta-feira uma "ocupação temporária" por 90 dias de uma fábrica de massas pertencente à multinacional americana Cargill. Segundo o governo, a medida foi tomada porque a empresa produzia menos produtos com preço tabelado do que o estipulado por lei. A ocupação ocorreu na planta da Cargill em La Guaíra, ao norte da capital do país, Caracas.

O vice-ministro de Alimentação, Rafael Coronado, que comandou a operação, disse que aplicou a medida depois que uma inspeção oficial realizada na quinta-feira constatou que a planta produzia menos que 70% de massas com preço regulado, conforme lei vigente no país desde março do ano passado.

Na inspeção, verificou-se que apenas 41% dos produtos em estoque se referiam a produtos com preço regulado.


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As inspeções em fábricas produtoras de massas que operam na Venezuela foram iniciadas nesta semana, depois que o governo detectou, segundo Coronado, uma suposta "falha de abastecimento de massa alimentícia regulada".

Não se trata da primeira instalação da Cargill ocupada pelo governo venezuelano. Em março do ano passado, uma planta de beneficiamento de arroz foi expropriada pelo presidente Hugo Chávez pelo mesmo motivo da ocupação de hoje. Além de arroz e massas, a empresa americana ainda produz no país azeites, farinhas, açúcar, café, leite, margarina, fermento e rações para animais domésticos.

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