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DE ÚLTIMA!

Recrudesce a truculência chavista
26/05/2009 - O Estado de S.Paulo

Diante do impacto da queda abrupta das cotações do petróleo sobre as finanças venezuelanas e a capacidade do presidente Hugo Chávez de influenciar governos latino-americanos a peso de petrodólares, a sua reação tem sido a de ampliar o controle do Estado sobre a economia nacional - agora com repercussões na região - e intensificar a repressão ao que resta no país de instituições e forças sociais independentes, como imprensa e os sindicatos (ele pretende substituí-los por conselhos de trabalhadores que se reportariam ao partido chavista). Mais do mesmo, portanto.

Segundo dados oficiais, nos dois últimos anos a participação estatal na economia aumentou de pouco mais de 25% para perto de 30%. O setor privado, que soma hoje cerca de 7 mil indústrias, tinha 11 mil quando Chávez chegou ao poder, em 1999. Nesse período, o número de empregados da área pública saltou de 1,2 milhão para 2,1 milhões. Há pouco ele resolveu à sua maneira o problema dos mais de US$ 10 bilhões em dívidas do governo com dezenas de empresas prestadoras de serviços petrolíferos: expropriou-as.

Na semana passada, o chavismo atravessou a campanha para as eleições de 28 de junho na Argentina, quando serão renovados 1/3 do Senado e metade da Câmara dos Deputados. A disputa antecipa a sucessão presidencial de 2011 e ameaça privar o governo de Cristina Kirchner, com a popularidade em baixa, da maioria no Congresso. Na última sexta-feira, um dia depois de Chávez anunciar de inopino a estatização de três siderúrgicas da multinacional portenha Technit instaladas na Venezuela, as seis maiores entidades empresariais argentinas exigiram da presidente providências para reaver as empresas. Até mesmo a peronista Confederação Geral do Trabalho (CGT) condenou as encampações.


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Autoridades do governo prometeram "proteger os interesses nacionais" respeitando embora as "decisões soberanas" da Venezuela. A Casa Rosada teve ainda de adotar uma posição defensiva diante dos crescentes rumores de que estaria planejando a "chavização" da economia argentina. Um dos principais nomes da oposição, a ex-candidata presidencial Elisa Carrió, da Coalizão Cívica, denunciou "o modelo de populismo confiscatório" de Chávez que o governo estaria se preparando para adotar. "Acreditamos em um capitalismo nacional, mas não vamos sair estatizando empresas", desmentiu um ministro.

O caudilho venezuelano deixou Cristina numa situação difícil. Ou ele a teria avisado da iminente nacionalização - o que o governo desmente, para não ser acusado de omisso - ou ela foi colhida de surpresa, numa evidente falta de consideração. O problema de fundo é a dependência argentina, inaugurada pelo então presidente Néstor Kirchner, do muy amigo venezuelano. Chávez comprou US$ 9,2 bilhões em títulos da dívida pública portenha, cobrando juros de 14%. (Imediatamente os repassou para a banca local, deteriorando o valor dos papéis no mercado secundário.)

A soberba, a rigor, é a marca da ação política do coronel Chávez. No plano interno, é sinônimo de truculência, como a exibida na sua sistemática perseguição à imprensa. A TV Globovisión, que se opõe à tirania que ele vem erguendo passo a passo, foi acusada de "terrorismo midiático" pouco depois de Chávez ameaçar as estações opositoras com "uma surpresinha". Ele costuma cumprir as ameaças que faz. No ano passado, uma sequência de intimidações contra a RCTV, a mais popular do país, no ar desde 1955, culminou com a sua recusa de renovar a concessão da emissora.

Na quinta-feira passada, a polícia fez uma razzia na casa do proprietário da Globovisión, que também é sócio de uma concessionária de veículos, apreendendo "uma grande quantidade" de carros que não teriam os documentos em ordem. A Organização dos Estados Americanos (OEA) e um relator da ONU acusaram Caracas de promover um ambiente em que "o direito à liberdade de expressão é seriamente limitado". É o ambiente que ele fomenta na região. Chávez e o equatoriano Rafael Correa propuseram à União das Nações Sul-Americanas (Unasul) a criação de um organismo que "defenda os governos locais dos abusos da imprensa". A história mostra que, na América Latina, a imprensa é que tem sido obrigada a se defender dos governos cujos abusos denuncia. É o que acontece sempre onde a democracia não sucumbe aos seus inimigos.

  

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