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Crise no Irã terá destaque na cúpula do G8 na Itália
25/06/2009 - Folha Online com agências EFE e Associated Press

A Cúpula de ministros de Relações Exteriores do G8 (grupo dos sete países mais ricos do mundo e a Rússia) recebe a partir desta quinta-feira na Itália 27 delegações que tentarão chegar a acordos para a estabilização do Afeganistão e do Paquistão, mas sem esquecer a atual crise no Irã.

A situação no país persa após a eleição presidencial do último dia 12 de junho se tornou um dos principais assuntos que, mesmo fora da agenda oficial, serão abordados pelos ministros.

No entanto, a reunião não contará com representantes de Teerã -- que foram formalmente convidados pelo governo italiano, com aprovação dos Estados Unidos.


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O porta-voz do Ministério de Relações Exteriores iraniano, Hassan Qashqavi, responsabilizou nesta quinta-feira a Itália, anfitriã do encontro por ocupar a presidência rotativa do G8, pela decisão do país de não participar.

Segundo Teerã, o governo do primeiro-ministro Silvio Berlusconi "não cumpriu" os compromissos como a realização de reuniões bilaterais prévias entre especialistas de ambas as partes.

A justificativa da ausência iraniana é diferente da oferecida na última segunda-feira (22) pelo chanceler italiano, Franco Frattini. Ele disse que considerava declinado o convite ao Irã perante a falta de resposta das autoridades do país.

A presença de Teerã era vista como necessária para abordar o assunto da estabilização do Afeganistão e do Paquistão, países fronteiriços com território iraniano. Porém, a crise gerada após o resultado oficial da eleição ser divulgado fez com que o Irã assumisse o posto de protagonista na reunião.

Agenda

Além da crise iraniana, a agenda do grupo de ministros está totalmente centrada em solucionar a instabilidade no Paquistão e Afeganistão.

Temas como a ameaça terrorista, mas também o desenvolvimento econômico e a imigração nos dois países centrarão as discussões de delegações que abordarão, além disso, a não-proliferação de armas nucleares e a pirataria.

Na agenda da cúpula está incluída também uma coletiva de imprensa nesta sexta-feira do chamado Quarteto para o Oriente Médio, formado por União Europeia (UE), ONU (Organização das Nações Unidas), Rússia e Estados Unidos.

Uma das grandes ausências da reunião será a da secretária americana de Estado, Hillary Clinton, que não irá por estar se recuperando de uma operação no cotovelo.

"Lamento que minha colega Hillary tenha fraturado o cotovelo, é de verdade lamentável. Nós trabalharemos de todos os modos com os EUA, que obviamente estará bem representado em nível político", comentou Frattini, em referência ao subsecretário de Estado, William Burns, que representará Washington.

Está previsto também um encontro entre representantes do Quarteto para o Oriente Médio e países da Liga �rabe presentes na cúpula, entre eles Arábia Saudita e Egito. Eles irão discutir a questão dos territórios palestinos.

Pela UE, participarão do G8 seu alto representante para a Política Externa e Segurança, o espanhol Javier Solana, e a comissária de Relações Exteriores, a austríaca Benita Ferrero-Waldner.

A delegação da ONU será liderada pelo secretário-geral, Ban Ki-moon.

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