capa | atento olhar | busca | de última! | dia-a-dia | entrevista | falooouu
guia oficial do puxa-saco | hoje na história | loterias | mamãe, óia eu aqui | mt cards
poemas & sonetos | releitura | sabor da terra | sbornianews | vi@ email
 
Cuiabá MT, 23/11/2024
comTEXTO | críticas construtivas | curto & grosso | o outro lado da notícia | tá ligado? | tema livre 30.915.417 pageviews  

Curto&Grosso O que ainda será manchete

DE ÚLTIMA!

Ex-militantes do MST coordenam núcleos do Incra
29/06/2009 - Roldão Arruda e José Maria Tomazella - O Estado de S.Paulo

Os três coordenadores dos núcleos de apoio do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) no Pontal do Paranapanema, região que concentra o maior número de assentamentos rurais no Estado de São Paulo, são ex-militantes do Movimento dos Sem-Terra (MST) e já exerceram funções na Cocamp - cooperativa do MST cujo nome é citado em inquéritos policiais e processos sobre mau uso de dinheiro público. Os salários dos três não são pagos diretamente pelo Incra, mas pela Fundação de Estudos e Pesquisas Agrícolas e Florestais (Fepaf), instituição sem fins lucrativos situada no centro de uma pesada polêmica que vem sendo travada entre a direção do Incra em São Paulo e entidades de representação dos funcionários da casa.

As entidades suspeitam que o superintendente regional do Incra, Raimundo Pires Silva, esteja utilizando a Fepaf para a contratação de pessoas ligadas ao MST para atuar tanto nos assentamentos quanto na sede da instituição, em São Paulo. O dinheiro é repassado à fundação por meio de convênios.

Em documento encaminhado dias atrás à presidência do Incra em Brasília, os representantes dos servidores disseram que Silva conduz um acelerado processo de terceirização no quadro de funcionários da superintendência regional. Pelas suas contas, enquanto o número de servidores públicos do Incra-SP gira em torno de 120, os terceirizados, remunerados via Fepaf, somam mais de 400.


PUBLICIDADE


A Fepaf era uma instituição praticamente alheia às atividades do Incra até 2003 - ano em que Silva assumiu a superintendência. Em 2004, ele celebrou o primeiro convênio com a fundação, para a contratação de estagiários, no valor de R$ 10 mil. No ano seguinte, porém, o valor dos convênios com a entidade saltou para R$ 6,2 milhões. E dali para a frente a escalada não parou mais. No ano passado o valor bateu em R$ 16,9 milhões. Neste ano, os números disponíveis, ainda provisórios, chegam a R$ 16 milhões.

A quase totalidade do dinheiro, cuja soma passa da casa dos R$ 60 milhões, é destinada ao pagamento de pessoal, em atividades como vistoria e avaliação para análise cadastral de imóveis rurais, obtenção de terras para a reforma agrária, manejo de recursos naturais em assentamentos, assistência social e jurídica às famílias acampadas, assistência técnica e qualificação de trabalhadores rurais. Regularmente são publicados no Diário Oficial da União termos aditivos com a renovação desses convênios.

Representantes dos servidores estranham que todas essas atividades fiquem nas mãos de pessoas que não prestaram concurso público. E estranham mais ainda a presença de pessoas ligadas ao MST à frente delas, por se tratar de atividades que envolvem conflitos de interesses, opondo de um lado os sem-terra e, de outro, proprietários rurais.

José Nilton do Amaral, conhecido como Mossoró, coordenador do núcleo de apoio do Incra em Mirante do Paranapanema, e Edenilton Henrique Batista, o Musgão, do núcleo de Presidente Epitácio, eram da linha de frente do MST na década de 90, quando as atividades da organização explodiram no Pontal, com 300 fazendas invadidas. Mais tarde eles foram para a Cocamp, a polêmica cooperativa de onde já saíram vários funcionários que hoje estão entre os contratados da Fepaf.

Outro que se enquadra nessa situação é o coordenador do escritório regional do Incra em Teodoro Sampaio, Sidnei Macedo, o Piu, também ex-Cocamp. A prática se repete em outras unidades do interior. Funcionários do núcleo de apoio do município de Iaras, como Henri Alexandrino de Souza, contratado pela Fepaf, são ligados à Cooperativa de Comercialização e Prestação de Serviços dos Assentados da Reforma Agrária de Iaras (Cocafi), do MST.

A sede do Incra em Iaras virou reduto do MST, segundo o assentado Eraldo Pedroso da Silva, titular do lote 21 no Assentamento Zumbi dos Palmares. "O Incra e o MST aqui são a mesma coisa. Só quem reza na cartilha do movimento é atendido."

Em Itapeva, a vereadora Ãurea Aparecida Rosa (PTB) pediu à Polícia Federal que investigue convênios entre o Incra e o Instituto Técnico de Estudos Agrários e Cooperativismo, ligado ao MST, cujos integrantes prestam serviços à Fepaf. Segundo a vereadora, a fundação contratou Maria de Fátima Matheus, mulher do dirigente estadual do MST Delweck Matheus, para atuar na coordenação do escritório do instituto.

Após receber as reclamações dos representantes dos servidores, a presidência do Incra encaminhou ao superintendente de São Paulo um questionário sobre o assunto, que Silva está respondendo. Em maio, ele foi condenado em Presidente Prudente por ter autorizado, em 2003, a assinatura de convênio ilegal com uma cooperativa de assentados da reforma agrária, ligada ao MST.

  

Compartilhe: twitter delicious Windows Live MySpace facebook Google digg

  Textos anteriores
23/04/2023 - Vergonha! Lula foge de solenidade do Dia dos Cravos
17/01/2022 - LEGENDAS TORRAM VERBA DO FUNDO PARTIDÃRIO
17/01/2022 - Investigado, governador do Acre atribui aumento do patrimônio à inflação
25/12/2021 - JORRA DINHEIRO PELO LADRÃO NO PALÃCIO ALENCASTRO
23/12/2021 - AO TODO FORAM LAVRADOS 14 AUTOS DE INFLAÇÃO
23/12/2021 - Exportação de jumentos para China cresce no Nordeste em meio a fome, caça e animais contaminados
18/12/2021 - É DO BALACOBANCO (OPS!, BACO) A FACÇÃO MANO VÉI
16/12/2021 - ORCRIM DO PALETÓ TEM ATÉ ASSALTANTE DE BANCOS
13/12/2021 - ROUBAR MUIIITO COMPENSA!
10/12/2021 - Proposta trata garimpeiro e pecuarista como comunidades tradicionais, igual a indígenas e quilimbolas
08/12/2021 - MP aponta prescrição e opina por arquivamento de denúncia contra Lula no caso do triplex do Guarujá
05/12/2021 - Fiscalização flagra infrações em mais de 60% dos postos de gasolina. Veja como escapar de fraudes
05/12/2021 - Fiscalização flagra infrações em mais de 60% dos postos de gasolina. Veja como escapar de fraudes
25/11/2021 - Ministério diz que EUA ensaiaram ataque nuclear contra a Rússia neste mês
24/11/2021 - ORCLIM MUNICIPAL TOCAVA ESQUEMA PAPA-DEFUNTOS
23/11/2021 - Ação apreende produtos irregulares para alimentação animal
02/11/2021 - QUADRILHAS ATACAM NAS BRs E PROPRIEDADES RURAIS
02/11/2021 - MST fala em fim de trégua e retoma ocupações de terras
30/10/2021 - Novo golpe do PIX pode levar empresas à falência; saiba se proteger
29/10/2021 - Vetado PL que criava auxílio financeiro para órfãos da Covid-19 em MT

Listar todos os textos
 
Editor: Marcos Antonio Moreira
Diretora Executiva: Kelen Marques