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Bernardo defende taxa sobre a poupança e diz que vai impactar poucos
15/09/2009 - Lorenna Rodrigues - Folha Online

O ministro Paulo Bernardo (Planejamento) disse nesta terça-feira que é preciso mudar o rendimento da poupança pensando no "médio e longo prazo". Para Bernardo, as taxas de juros deverão continuar caindo.

"Vamos ter no próximo governo taxas (reais) de 2%, 2,5%", disse.

Bernardo admitiu que a proposta do governo de taxar o rendimento de aplicações acima de R$ 50 mil para tornar a poupança menos atraente a grandes investidores pode não surtir efeito com taxas de juros mais baixas, já que o rendimento da poupança é, por lei, 6,17% mais TR.


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"Talvez lá na frente tenhamos que discutir outra coisa. Temos que fazer esse debate", afirmou

O ministro disse que não há previsão de arrecadação com a cobrança de Imposto de Renda sobre a poupança, mas disse que deverá ser pouca, já que o número de cadernetas com mais de R$ 50 mil é pequeno.

"A poupança vai continuar com todas as garantias que ela tem, 99% [das cadernetas] continuarão do jeito que estão hoje. Vai haver uma mudança para um pequeno número de aplicadores", reiterou.

Bernardo disse ainda que o governo fará um trabalho de convencimento no Congresso Nacional para a aprovação do projeto. Ontem, o ministro Guido Mantega (Fazenda) disse que o projeto que taxa rendimentos de aplicações acima de R$ 50 mil deverá ser enviado ao Congresso Nacional ainda nesta semana.

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